Música

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Por aqui - ou além - não sabe bem quando - nem quém...



o que quer que seja necessário...
ou quando o coração ressurja
deste seu sonho estranho

estarei aqui
esperando...













Ainda que os tempos mudassem

Ainda que a luz e o sol deixassem 

de brilhar

Ainda que as forças mais obscuras

Parecessem 
imperar

Não deixaria de te lembrar

Nem por entre os laivos de luz sem cor
Nem por entre os risos sem mais primor

Do que dor…

Serias
E seguirias
Sendo 

inspiração maior…

Assim ficas
Até o dia

No que mo digas
De forma igual
mente
superior…

terça-feira, 27 de maio de 2014

Poesia Bruta - como cantar duas línguas numa mesma canção...



O lume interior
verdade
louvor
verdadeiro amor
além do medo
do tempo
e do desvelo
de querer
sem sabê-lo

de ser
sem ainda ter
em si o Ser
que nos faça assim crer
e assim viver...
e percorrer
o mundo
desde o alto ao fundo
para o encontrar




No percurso
horas quentes e frias
peles fugidias
de todos os dias
feita uma só
para assim congregar
um abraço
que se sente
e viva
desde o coração
nos anima
além do que agente diga
além do que se pensa
ou do que se possa assim ousar ou duvidar...

entrega
além do que o tempo ceda
além do que se tema

entrega
para assim poder
caminhar...


Além do medo - existe o segredo
de poder confrontar
a sombra que por dentro
nos pretende separar
e triunfar um momento
é demonstrara esse medo
que a sua força
e a sua essência
se pode assim fazer convergência
a verdadeira luz
enfim
mostrar

E entre linha e linha
existem pedaços de nós ainda por iluminar

são as forças vivas
que assim poderemos demonstrar
desafio vivo
em cada passo
assim sustido

trazer vida nova
aonda mais ninguém mora
e fazer
de repeente
essa luz
entre nós presente...
ir além e voltar
num abraço inteior
encontrar o confim a se chegar

e trazer de volta essa esperança
qeu se esvai
neste ou noutro lugar
essa força viva
que entre nós 
fará a vida 
assim 

ter lugar...

e se se esvai - vai tu mais longe - vai
e traz a luz de volta de onde se pretendia apagar
a chama de entre as cinzas
acendas
e a ave do peito faças assim de novo voar

crer
que se pode
mostra dia a dia
que não morre
é essa a luz
do amor
sem fim
que late
em ti
e em mim...





sábado, 24 de maio de 2014

Complenamentalidae - PT II - uma via, uma vida, passos a ecoar - RECORDAR


na métrica - o fogo do céu
algo que ninguém leu ou escreveu
que quase todos sentiram e viram


Haviam os cantares, os encontros – além dos bares…

Os momentos de olhares… de partilhares…

Haviam as luzes do céu para doares…

Para ver fogos de artifício celeste
 – sem nada pagares –

horas e horas deitados, 
juntos ainda não misturados


pedes-me o momento
entrelaças as palavras

vais além do tempo
pois tempo não é'nada

levas a terna cidade
solta além do cabelo

brilhas em sintonia 
pois é essa a alegria
que é comigo sentida

sentimento
do

eterno
momento


Contemplando 
entre as ervas

de costas
molhados

Sem mais nada
Meditando

Dando tempo ao tempo
Nesse fogo brando

Esse algo que cresce
E por dentro nos aquece
e mais não se esquece

Assim nos chamando
encantando

Que arrefece se se deixa

De olhar…






poesia viva
além do que agente 
outra
diga

em ti
e em mim

contida
esperando
um certo dia

sem pauta definida

para se mostrar
e assim poder
vingar...

o tempo que o tempo unia
o que por fora assim se dizia
ser caminho de vida
para o novo e eterno lugar...




Suspirando…

Simplesmente estando
Partilhando

Pouco a pouco
Juntando

O que une por dentro
E por fora se mostra
em vivo canto...

Se sentia e unia 
O que por fora
Ainda tremeluzia
Naquilo que se estava olhando

Tempo passado
presente preservado
um momento que se evoca
em cada passo dado

ecos do tempo
em espelhos vivos 
guardado

eco do firmamento
em ti
e em mim
preservado


Mostrar o teu valor
assim fazer sem mais temor
ser e viver
com ardor
a tua própria rima
em forma de flor
se exprima...




No que aquele céu estrelado dizia
Para quem assim – por dentro revia

Quem ali
Assim
Tinha ao lado

Revivia lento
quem assim
dispunha O tempo 






mil fogos ardem se se ver
no fogo da luz
além do querer
mil fogos em ti
e em mim
mil fogos que nos levam
além 
mais além
do fim...


O que importava nesse tempo 
que o a vida marcava
Era o amor que por dentro dizia
o que por dentro nos animava


Se fosse um dia o teu olhar
nas tuas mão o bem
se fosse o dia a respirar
para alem daquilo que o mundo tem...

Céu estrelado
entre nuvens de sol velado

ser encontrado
entre a luz do dia
assim 
Dizer
assim Ser
assim fazer
mais além do medo
de falhar
ou perder

ou deixara tua rima
ou poesia
em mãos de alguém...


aquilo que o ser maior dizia
e que se reflectia
em quem assim contém
a vida inteira
num só dia
numa nova forma de dizer



evocado




E assim vivia o fundamento
Em quem vivia o momento
E além do tempo entrevia
O que está além do tempo…

Aquilo” que se não "coisifica"
Aquilo que não se explica
Aquilo que é magia expedita

Feita métrica rima descrita
Num momento de prática
Dita... assim feita...


uma forma nova
que  assim
mais não se explica

Uma gloriosa chama
por dentro de Nós Clama

E reclama
Que mostres
Sejas e vivas

O que realmente
AMAS...



segura o mundo
a eternidade
na palma da mão

e a infinidade
num segundo vivo
do teu eterno coração

assim contido assim sustido
assim liberto por gesto vivo...


Assim em ti
De forma própria
Indefinida

Por ti mesmo
Em ti mesma

Assim feitos
escrita Incontida
Como a Rosa fina
que no deserto nos anima


maná do deserto
rosa viva
em peito aberto

algo por dentro de ti clama
´Voz Maior"
que desde o teu interior
reclama

a vida que se traduzia
no dia que se repetia

e que agora
livre
na tua 
Viva voz 
Se 
Anuncia




que entre a areia vibra
de coração e peito aberto

Assim reflectida…
Como num espelho
De areia fina feito

transformada em melodia
que vibra e se anuncia
desde o profundo do peito

o teu poema secreto
de vida reflectida
em cada dia
em cada passada


Uma rosa diferente
mais não cantada
encantada
de repente
sentida e vivida
desde o nascente
ao poente



única
mais
não 
repetida





Essa a transparente chama…
Que em ti clama
É a tua essência viva
Entre nós lacrada



Rosa viva
além do que o tempo diga
entre fachos de luz sustida
assim recordada
a própria vida
assim selada






Reclama:

Um certo lugar especial
Para descobrir
Sem duvidar

Entre os cinemas e as cartas amenas
Que se escrevam em ecrã virtual

Num minuto
com um dedo
Sem mais duvidar

Enviar E apagar…
Pessoa nova a colocar
Na lista de pessoas a se cativar…



fogo renascido
lume de luar apagado
linha de morte vencida
ou sonho
aparente
mente
"olvidado"

fontes de vida
dos sonhos esquecidas
entre contos de fadas prezados


Complementar…
Complenamentalidade

Além do que comanda a idade
Além do que diz o ser “actual”

“normal”… nominal

Vindo de números e letras 
e de espaços virtuais a pautar




luz de fogo
em noite fria
noite que ao mundo diga
a vida que em ti
em mim
em 
nós latia



Mostra


O que ainda tens a mostrar
Esse algo que em ti late
Num espaço especial
Num tempo sem tempo
Sem que ninguém saiba
Bem qual o seu Fundamento

Nem onde vai enfim repousar
Nem onde se mostra
Nem de que forma
se poderá assim encerrar


temas sem fim
pedidos internos eternos
de quem ainda
se não pode ver
ouvir
e sentir



Nem quando
Nem quem
Poderá – por ti, por mim – assim demonstrar…

Antes era o tempo de devoção, de tempo e atenção
Hoje a intensidade a se manifestar
Espaços de tempos e tempos a se encontrar

Complementar…

Haviam os tempos de se entregar
A uma conversa
Simplesmente
A passear

A explorar
Uma certa ponte
Num certo lugar

E apreciar os passos
E os espaços

Além de todo o confim
escrever traduzir
o que se pode assim transmitir
e viver por dentro
o que por fora
mais ninguém
como numa ode
nova vida assim reflectir...


Simplesmente por se partilhar
Assim sempre novos
Se assim se aprendia a olhar

E a ver
E apreciar…

Havia momento complexos
Difíceis de se atravessar

Cabos de boa esperança
Vida inteiras a se encontrar

Como rios submersos
Um mesmo rio a se entrelaçar

Pelas voltas de uma barca
Que tem apenas de regressar

Desde os lugares mais escuros
Para os que ainda há a mostrar

Dois pequenos lugares,
um mesmo fogo a lembrar


Uma quilha bem Fininha
Muitas e muitas entrelinhas

E de entre as águas que “ferviam”
E as pesqueiras que nos queriam pescar…

Coisas que hoje em dia
Parece impossível






já se recordar
de se fazer valer
Viver e amar


entre as vivas chamas
e os nomes queme chamas
entre as fendas mais profundas
e oq ue em ti
ocultas
ou assim
como barca das eestrelinhas
aqui
comigo fundas

entre o canto das sereias frias
e as rochas mais antigas
assim nós encontramos
o caminho
no que digas
o que se oculta
para além do tempo...

simples
mente
completa 
mente

canto em português
numa voz
que ninguém fez...










domingo, 18 de maio de 2014

A Ti que me entendes - por dentro - e ainda não sabes que o sentes (eu "ainda" não "sei"...)

Sonhar um caminho
Não mais só…
Indo

Crescer pouco a pouco
Crer e aprender…
Abraçar sem saber 
– e ir aproximando o querer… e o Ser.. e o estar… e o saber…

E – deixar – querendo – pouco a pouco acontecer
Cedendo

A essa vontade de te encontrar
De te conhecer

De te abraçar sem saber…

Por estares
Dia a dia
Presente
Nesse abraço
Que não mente

Nesse caminho
Nesse carinho
Que se faz presente

Obrigado por existir
Mesmo sem te ver
E sem
(ainda)
Te poder sorrir…

Até breve…


(o que o coração diz e a boca  - na voz da alma -  ainda não cede)

sábado, 10 de maio de 2014

Textos secos - tempos sem complementos - tempos que vivemos e que REVIVEREMOS - JUNTOS PODEMOS







Quando encontrar
um elemento
que partilhe a prática
de forma a assegurar

o seu fundamento?

Como encontrar
quem assim possa partilhar,
assim possa viver…
e assim possa perseverar

no caminho de se transcender
– reconhecendo por dentro –
o verdadeiro valor
a se reconhecer
e assim fazer valer?

Como se pode encontrar
– seja homem ou mulher –
que transcenda
o que se vê e acenda
 e ajude a encontrar

– esse caminho que se percorre a pé –
esse que se passa ao ritmo interno
– aquele que mais ninguém vê?...

Onde encontrar
esse sereno lugar
– onde ensinar

e ao mesmo tempo aprender…

e onde plantar
essas sementes
que nos são dadas a partilhar

– sem ninguém mais ver,
sem ninguém mais saber?...

Onde o lugar,
qual a pessoa ao transparecer…

como transformar
esse ideal
– real –

O que por dentro,
dia a dia – se faz querer,
se transforma e me faz
nos faz crescer?

Como seguir essa via
– que por dentro se anuncia –
que trespassa a noite
e acende o dia
– e como seguir e prevalecer –
nessa meta que nos guia,

que por dentro é mais-valia
– e por fora espera o lugar

onde se enraizar,
a árvore firme e viva
por onde nos fazer voltar

 – sendo ao mesmo tempo esquecida –

de todo e qualquer lugar banida
– velada para assim poder continuar…

Desenvolver sua labor
 – por devoção e por amor –
sem mais se dar –
do que o tempo e atenção
qualidades para assim continuar

– e em qualquer idade –
Além da idade
a perseverar…
a treinar aprender e ensinar

E caminhar – para a imensidão
Do amplo Mar
 que se acende no coração

Para o lugar
que – por devoção –
nos foi dado a conhecer

e assim
depois
Ser

E assim
Depois
divulgar


És tu o amigo ou amiga
que me pode acompanhar

És o esteio de vida
que assim
se possa assegurar

De Que todos os que recorrem
Os que à sombra da árvore acorrem

Assim se mantem fiéis
E sem mais
Continuar…


És tu quem

Saiba gerir
Quem poderá
Estar e ir

E quem poderá depois voltar

Se “ali”

Com quem
Não encontrar ninguém
Nem encontrar seu lugar?...

És tu quem ajudará
A caminhar

E a levar

Quem houver a levar

Para esse
Nosso outro lugar?

És tu
Quem perseverará

E esperará
Até receber notícia

De onde
Esse
Nosso lugar estará?

És tu
Quem
Já em mim está?

És tu
Quem
entende
Vive
e sente

E respira e vibra o nosso mesmo ar
Na mesma forma de andar
Na mesma ânsia desmedida
De se fazer voar

Asas de vento e sonho
Em mãos a entrelaçar

Ou

Vivas e livres
e puras e limpas

Asas devidas
Revividas
Para de novo
Nos libertar

Aprender
a se soltar

E se entrelaçar
Em espirais
Que pairam

Além do que se mostra
E aquém do que estar
Em mal ou bem

Mundo nosso novo
Mundo de pequenas gotas
De água

Que são novo povo

Garças
ainda
por se encontrar

E no ar se espalham…
Por todo e qualquer lugar

Onde tu estas
eu hei de estar

Onde tu e eu
Nos havemos
de encontrar

Será esse o lugar
Lembras?

Como eram
As eras
Antes de aqui chegar?

Lembras
Como se torna
Lenta
A quimera
De nos voltar
A abraçar?...

Pausadamente

Nesse
O nosso
verdadeiro
lugar

De novo… novo povo
Além do que o espelho
Nos pretendia mostrar

Consegues
me
Ver
E mais não duvidar?...


Nem novo nem velho
 A essência que te procura
A que tu aqui vieste encontrar?

Lembras
o nosso primeiro olhar?
Lembras o primeiro passo
Que juntos
Ousamos dar

Lembras como foi
o mergulhar

E como prometeste
Que juntos
Iriámos nos erguer
E regressar?...

Lembras a ameaça que pairava no ar
O som do trovão
e a máquina pesada a pairar?

E a fria e fina espada

Na minha mão a pesar

A atitude certa
E a opção a tomar?...

Lembras que subi
Por ti
E seguir
E sai…
E olhei
Sem crer no que vi
E tu me disseste
Mais não vás!

E eu fui
E subi
E segui

E desafiei a sombra
da máquina medonha
que chegava para imperar?...

Lembras como foi
o relâmpago que nos veio cegar?...

Como foi a tua essência
da minha separar

Lembras a luz de sempre
No veludo de um poente
Em purpura a nos embalar?

Eu lembro o canto ridente
Das chamas douradas
Desse outro poente
Que se encontra além
Aquém
Do que alguém
Possa mais recordar

Criança latente
Eterna
Presente

Para

No momento certo
Se evocar
E (nos) libertar…

Encontro abraçado
Abraço irmanado

Sol e luar

Eclipse de vida
Em NOVA VIDA

Se transformar




Doar

Lembras porque nos lançamos
Porque neste plano entramos

Para aqui
Desde aqui
PODER
Voltar?

Lembras onde estará o lugar
De onde se eleve
Aquilo que a voz teme
Aquilo que o tempo cede

Aquilo que por dentro
se atreve
A desafiar
Os limites que nos são ditos
Serem pauta deste lugar?

Lembras além da imagem
O que se encontra
Por encontrar?

Lembras a essência viva
Que nos anima e convida
A perseverar?

Lembras a arte Viva
De devoção singular

Marcial por opção
A que aqui
Nos fizeram descobrir
e encobrir

E a ti e a mim
E no silêncio deixar…

Latente coração presente
Promessa a se manifestar

Um dia certo
Cuja data e tempo
Não sei eu lembrar

Pois caminhos fizeram
Para nos descobrir devagar?

Lembras como entrelaçar
O sopro do vento
Com o teu a ser a esvaziar

E depois preencher de eterno
O que o tempo
E o vento e a gente
Não consegue mais evocar?...


Lembras como sentir
e desatar
os nós do vento
e do tempo
e ir
e depois voltar?...

E voar
Entre a rocha silente
Esta que te apoia

Sempre presente
Além de toda
E qualquer memória

Entre a vaga a chegar
E a areia silente
Com a água do mar salgado
Corrente
A se entregar
Palavras vivas
De vidas entrelaçadas
Assim sem se notar

Sibilos de areias finas
De vozes esquecidas

Em ti e em mim reflectidas
Para bem mais poder abraçar


Do mar
o ruido estridente

Voz do Amar interno
Grito inteiro
Grito vero
Verdadeiro
Que ecoa
sem se querer
mostrar

Inteiro
Sedente
Dessa vida eterna
Para nós PRESENTE
A se manifestar

E entrelaçar
A vaga
A rocha o mar

E o seu cantar

Em dança
Que é do Universo

E acender a vera luz no final
A subir assim te esvais
Além do medo
E sem mais…

Desde ti a fluir
E subir
Em espiral

E nevoa te ocultar
E assim
Em voo de novo
Regressar

Entrelaçada
Entre o eco distante
De todo um povo
Que te pretende cantar
Encantar e evocar

Ao abrir sua boca
E com coração recordar…

Quem se entrelaça e abraça
O teu e o meu ser
num cântico final

Quem se mostra
Sem se declarar

Que se demonstra
Entre nós
Além de toda a posta
Que quem não crê
Possa fazer ou marcar

Que a força
Que é nossa

Nem se esquece
Nem se pertence

Nem pretende
Se deixar notar

Se deixa ir
Se esvair
Para voltar

Como brisa
Água
Sol e mar
E luar

Reflexos perdidos
Em ti e em mim contidos

Entre ecos perdidos
Entre florestas revividos
Para nos evocar

O eterno retorno
E o nosso avançar
sem cessar

E ir além “mar”
E nessa costa
de morte

Encontrar
o lugar

Perdido
Esvaído
Esquecido

Assim guardado
Assim velado
Prometido

Para quem assim
Souber, quiser e puder
Perseverar…

No procurar
No recordar
No levar
por dentro

A chave

Da porta
Que nunca
se ousou fechar

Sabes tu
Quem sou eu afinal
Saberei
Eu te reconhecer
Se divagar?

Um dia
Num certo horto
Num certo lugar

Encontrando
perseverando
Entre carvalhos
E rochas

De um outro lugar
As madeiras antigas
Nossas

Nosso fogo
Lar a habitar

Para outros ajudar
Para que descanse
Que por ali esteja a passar

E quem vá
Além do riacho vivo
Que é em nos contido
E prometido

Para ser
e partilhar


Receber, albergar
Os peregrinos antigos
Que vagam ainda
Procurando o eterno vale

Por enquanto
medito
o que digo

Partilho
Contigo

Amiga
Amigo

Um sonho
que me foi dado
a “escutar”

E depois
Ainda
me deixo levar

Se me esquecer
Estarás tu lá
Para me recordar…


Sabendo que é esse o lugar
onde podemos ser

E este tempo

de começar a fazer vingar
 a semente que por dentro
deveremos depois plantar

Os ventos se aproximam e esvaem
Os tempos correm e descaem

Novas vitórias e derrotas esperam
Ou simplesmente novas metas

Para partir
E deixar atrás

Os ventos de tempestade
E as gentes sem idade
E os rios
Destes vales

E tudo o que em nós mais não cabe
Para depois poder transformar

Nesse novo tempo
Nesse nosso lugar
E reaprender a ver
o que nos ensinaram
a esquecer devagar

E assim reviver
De novo
O eterno
Por dentro
Por fora
Em qualquer lugar

e assim abarcar
O que por dentro
Por fora
Sem tempo
Ou hora
É para ser
Ser
E ASSIM SABER VIVER
Abraçar
Além do temer
do duvidar

Um momento
além do tempo
Em qualquer tempo
e em todo o lugar

Esperar o que já está em nós a despertar