Música

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ilhas no grande AMAR... gotas perdidas à espera de despertar

  





 isolados 
- pequenas ilhas... 
todos lixados...


Dos milhentos textos recriados... nesta mente feitos ecos pelo vento levados - gera-se sintonia zero... talvez porque não venda, não cole, não se entenda.. 

...a pessoa está tão inerte que passam motoristas em corridas de motas entre as crianças filhas de quem vê... e quem lá está presente apenas nota "vem os das motas!"... entre a ironia e a admiração... e as crianças soltas - da mão de quem zela... e já nem liga... caminham  meninas no mesmo asfalto onde ninguém telefona à polícia para avisar... tantos carros a passar... muitos olhares a ver... 

entendes o que te quero dizer?... 

que ninguém está a ver o que está a olhar...

 Morre-se assim por dentro... devagar... ainda que se mantenha - aparente -  o caminhar...

Morre-se quando pensamos que já nada fazemos, que não marcamos a diferença, que não contamos...


que estamos esgotados entre quinhentas obrigações que são peso pesado e não são reais.. 

o mundo - ao lado - vai circulando... 

e nós já lá não estamos para o notar...



Há que
RENASCER.. 

ressurgir... 
reviver

Sem o amor de quem acredita em nós:

quem nos compreende ou simplesmente apoia e não fica indiferente 

- estar vivo é quase como não viver...



Ouve-se assim a voz que crê... 
que ama..
confia... 
que te lê... 
quem verdadeiramente recria 
aquilo que a tua mente vê:

 Relativamente ao que dizes - há um exemplo que te vou contar:

O meu Sifu tem de limpar - de forma mais ou menos constante - a urina de um "dos que anda perdido" e que não cede espaço à vida para a vida o preencher - urina na esquina das escadas da nossa sala de privilégio... o nosso espaço de mérito através do esforço e da vontade...

No outro dia estava a limpar... a lavar mais uma das "prendas" que esse ser humano perdido se lembrou de lhe deixar...

Lembro que - fomos buscar algo de água - alguém deu ideia de como se enchia melhor o balde (desatarraxando o chuveiro e fazendo a água jorrar directa)... alguém deu a sua força para a transportar...

O meu sifu - que é sifu /mestre - queria fazer a coisa só... alguns de nós ofereceram-se a ajudar...

A questão veio no fim, no que alguém se lembrou de repetir o que ia dentro da alma a ecoar:

Aquele que urina tem uma só bexiga... nós temos duas mãos para limpar... e ajudar... se mais duas mãos se juntam - não há bexiga que aguente tanta mão a lavar... se as mãos forem muitas então a sujidade nem tem tempo de pousar...

E assim ficamos... sentindo que quando nós - seres humanos - queremos... e ouvimos esse "vento" que nos sopra por dentro... algo novo e belo pode vir a acontecer... crer é poder... (e deste vez sem erros de escrita)... sempre que seguimos os passos dessa música interior - esta nos faz ser...




RENASCER...

Falta é a sintonia "mano" - se nos dispersamos - ficamos isolados - e caímos... e assim perdemos a "fé"... 


nesse algo que nos anima - que vai mais além do que  mente domina e que liberta:

 se o medo, a cegueira e a pasmaceira deixarem caminho aberto ao bem querer...

Está na tua mão - na minha - e na de quem queira assim ver suceder...

Entre os ruídos do mundo há um som de fundo - que orienta as águas, os ventos e nos eleva além do firmamento: a esse lugar onde tu e eu sabemos pertencer...

Quem sabe existam tantos mais... tantas gotas da água que nos faz ser.. que assim vejam.... e - sem pensar - estejam assim... já... a despertar?...


Um abraço em tom de poesia - falando de algo que se partilha...

Saudade... 




Saudade de ver a nossa pureza renascer... 
e a vida assim nos convida 
- além da mente que a domina - 
em verdade - a florescer...

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