Música

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Sin Miedo a Nada

Quando vem a mentira e nos cega... nos sibila ao ouvido todas as sombras que reconhece... obstruindo a luz que Une e Liberta e deixando entrever aquilo que ela planta como semente no coração humano:

dúvida, falta de fé... Medo;

Medo de agir... medo de arriscar... medo de abrir as asas e voar...

Medo de assumir, de se comprometer, de se entregar...

Ás vezes confrontamos a mentira com o "ignorar"... outras - nela somos mergulhados até que a rotina se transforma na "Santa mentira" e começamos a desculpar-nos... e inventamos:

dessensibilizados, podemos ir onde quer que seja...

Os não humanos, quando não lutamos por aquilo que é mais sagrado ou venerado, perdemo-nos no labirinto dos dias e das horas vazias - iguais a todas as outras horas do dia; predados pelas compulsões sem alvo ou destino, das situações sem jeito que emanan da mente doentia separada da sua fonte intrínseca... a razão de viver:

amar Integralmente...

A mentira - que está em todos nós - da social à elaborada, da política à dos média... passando pelas relações a meias entre casais e todo o corolário de um rio pleno de lixo vai sem vida - esmorecendo sua água poluída - baixo os condicionamentos do momento... transformando a vontade no ser animal que vai em direcção a um Mar que se encontra no Sul da nossa existência... o local onde a Luz nunca se ergue e tudo é cinza e igual...

Eu não quero que te percas nesse Mar - tu que lês, tu que sabes... tu que amas... tu que me vês...

Entre os cegos que guiam Cegos:

porque nunca lá chegaram... porque em si não têm gravados os símbolos Ígneos da sua iniciação; vamos navegando no universo das loucuras sem razão... dos desatinos e desvios que nos invadem constantemente... que fazem da "normalidade" um aproximar da "normatividade": e o ser que é gerado para a liberdade e o amor é condicionado e subtilmente encadeado na ditadura normativa e no conceito de normalidade..

Números meus caros!... Numeros!

Agora:
haverá uma força o suficientemente poçante que estilhace desde dentro os espelhos de mentira que encadeiam a consciência a um espectáculo contínuo de prestidigitação da existência?

Haverá uma luz dourada que eclipse as luzes que - sonâmbulas - se passeiam com todo o seu fulgor - guiando - como fogos fátuos - o Viajante nas florestas da vida, perdendo-o sem verdadeiro amor?

Haverá um compromisso mais alto - que fale de Verdade - do que ser entregue: para além de qualquer dúvida - para o ser amado?...

Nos tempos que correm o humano é enganado com o caminho monástico de muitos que cederam...

Alguns -os que IMAGINARAM que conheceriam ágape - o grande mar - sem aprender a se molhar: sem e viver Eros no seu sentido original - a parte de um todo único;

 arco íris de vida - que guarda e guia o caminhante no seu regresso ao paraíso original...

Quantas mais provas serão precisas para se saber que estamos a ficar CARENTES de vida verdadeira, de AMOR pleno, de VERDADE em relação e de seres humanos LIVRES dos grilhões que se nos impõe treinando-nos que nem um cão para exercitar a Razão como se fosse esse o nosso maior valor...

Desperta ser! O que te faz valer é a presença aqui, é o teu espaço ao existir, é o teu mundo maravilhoso em sintonia com todos aqueles que querem se guiar... enlevar... descobrir... vivenciar - a verdade do ETERNO RETORNO...

Olha bem para os que pregam nos altares - da ciência, do poder, da religião... olha bem...

Quando falam de amor - são secos e mortos, quando falam de justiça a palha cresce na sua boca, quando falam de liverdade são luzes vagas que se acendem nos seus cérebros lavados pela máquina de limpeza geral...

Quando lês estas linhas - sentes dôr: nem sempre te posso prometer que o amor liberta sem que haja momentos nos que a pele aperta ou que os dias se façam mais cinza do que poderiam ser...

A viagem é mesmo assim - ser que está em mim: há dias de nevoeiro - e custam! Há dias de chuva intensa que nenhuma roupa e nenhuma protecção consegue amparar... que entra dentro da pele e se faz frio e regela a alma.... e podemos andar, caminhar, e até correr - que a coisa não sai!

Há dias no que o caminho parece longo... um recta interminável: sem referências exteriores que marquem uma diferença, sem uma árvore para sentar baixo o Sol puçante... sem uma voz humana para ouvir ou um ser que contenha o nosso sentir...

Por isso - aferra a mão que te é dada; escolhe essa mão como se a última esperança... porque - literalmente - o humano está a morrer em ti! E em mim...

Quando desisto, quando falho - do olhar iluminado, do fazer, dizer e sentir apaixonado... quando me habitua a ser "mais um".... estou a afundar comigo todo o outro ser humano que crê e existe para marcar diferença - pois se assume na sua pura e ÚNICA identidade: aquela que nos pretende roubar um sistema que - na mais tenra idade - nos prende e nos treina para nos comportar-mos como se espera de uma boa peça na maquinária geral...

Desperta! Este é parte do Mal!

Há uma tendente força Branca que entende que é o alinhamento sem reservas com uma certa harmonia que se "sente" no silencio e na serenidade que nos pode trazer o deleite de estar integrados num "SER MAIOR"...

Esta força viva e os que nela pairam - assumem que a coisa humana se deve modelar aos padrões que lhe são propostos com vista à sua "elevação" ou refinamento do ser que lhe é outrogado por direito de geração...

Há uma tendente força Negra que assume o humano como receptáculo do dom mais sagrado que o universo pode conter - o dom do livre arbítrio, a força de vontade e o poder de escolher; Essa força assume o humano como livre para o engano e livre para trilhar o caminho com o seu próprio suor. Espera - que os que cheguem ao fim da linha - sejam seres plenos que olhem nos olhos as Moiras do Destino e com as próprias mãos desprendam as cordas que lhes foram dadas a viver...

Há um outro poder... subreptício e de extrema inteligência - que se vai infiltrando entre os que permanecem inertes... o que não se alinham ou simplesmente desesperam por falta de sentido num mundo de luzinhas que correm demasiado depressa ara que o seu ser as possas sequer conceber...

Estes - dia a dia - estão a perecer...

Um mal estranho que torna o brilho do olhar baço e que tolda de indiferença a ligação intensa que cada coração lhe deve a outro coração...

Um poder oculto, um buraco negro cerrado - que sorve a vida e o mundo e deixa em seu lugar um lago gelado...

Os seus serventes são vários - tremem perante o som mais elevado, ficam confusos com perguntas mais complexas, deixam de parte as tarefas mais básicas e fojem ao se aproximar qualquer besta que ameace a sua existência - pois já nem dela se valem...

Estes seres aspiram drogas para se manter vivos, consomem relações para emular a liberdade que outrora sentiram como seres humanos de verdade... Zumbies dos nossos dias e vítimas dos erros passados acumulados...

Quem entronizou a cultura lixo que hoje se estende de Les  LÉS... quem repetiu a mentira, a tranformou em coisa garrida e a fez ser adorada em altares privados em cada casa ou simplesmente tolerada nos trabalhos onde se procura dar o melhor para produzir mais?

Ó ratinhos dentro de uma roda que gira - tão depressa, tão depressa - como tu e eu a quisermos acelerar...

É essa a mentira que deves ver em primeiro lugar - a roda apenas está acelerada porque - é o teu e o meu sangue que a alimenta e dá vida...

Muda o filtro! Encontra a tua prioridade!

Deixa as mentiras da indústria, do marqueting e do negócio de lado - a enfatuação do teu ego pisado - e ouve a voz que surge em cada batimento cardíaco que sentes ao lado do ser amado... peito em peito encostados...

E - vai mais longe - de mãos dadas - partilha um momento único... singular.... cada dia te oferece o poder de o concretizar! Que esperas para começar a voar?

Diziam que uma pedra nunca moveria uma cidade... ai não se não move!
Se o destrutivo Plutónio pode - não poderão dois seres humanos que se amam?

Não poderá o teu rosto iluminar-se de vida por adorar o sorriso do ser amado e sentir que é o resultado da tua devoção incondicional?...

Não poderemos quebrar os grilhões do lucro desmedido, ou da actividade pensada para ser amada transformada na tortura do dia a dia? Porquê? para chegar ao fim da labuta e teres tempo de recolher uma flor - com primor - e a dar ao teu ser querido... ao teu par...

Quanto mais estarás disposto a dar?

A tua articulação lombar? O funcionamento Renal? A salubridade mental?

Quanto te vai custar a entender - SE NÃO ÉS AMADO NÃO EXISTES!

Quanto vais demorar a compreender que dentro de ti está o ser mais evoluído deste plano e que esse ser apenas precis de ser alimentado com a força que a outra força transgiversa - que o "fuel" que te revive é o amor que dás e recebes de forma espontânea... em gestos tão simples como o abraço, o aconchego, o mimo, a compreensão... o estar presente... a devoção... tudo filhos do vínculo... do mergulho inquestionável no compromisso indispensável para ter chão firme e não se deixar levar...

Nesse rio de lixo que jorra de forma parciimoniosa e lenta... essa mancha negra que oculta e desalenta o brilhar mais forte do pulsar esperança de dourado contraste e bem forte...

Esse é o teu ser... a tua VERDADEIRA VIDA... o teu VERDADEIRO QUERER!...

Que as tuas múltiplas cores germinem e se fundam numa luz dourada... mão em mão com o ser que contigo há de morar... nesse único lugar - onde o amor impera e a razão serve todos os caminhos que o amor liberta para que possamos caminhar em paz...

Vamos caminhar?

Irmão?...

Irmã?...

AMOR?...

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