Livres para nada... ou a nada de ser livres sem saber para quê...

Livre dos grilhões
de um dia a dia
sem maior caminho
ou ilusões
do que vogar...
vogar...
e vogar...
sem rumo, sem maior futuro
do que continuar
e perseverar

estando só
estando sós...
a quilómetros
nos amar...
e deixar de ver
quem nos é


e deixar de dizer
o que nosso é...
e deixar de sentir
e ver
quem connosco
assim crê...
e deixar

de ser
quem realmente se é..

abandonar...
o caminho
e voltar...
a casa
e descansar
e no dia seguinte
regressar


a esse
em nenhures
lugar

e perseverar
e avançar


estando preso
a esse algo

voar...

 e seguir
no escuro

sm se precatar
do muro
que nos está a tapar
a luz
que por dentro
parece


breve
mente
suave
mente
nos chamar...



e seguir
e seguir a ce«rer

que é esse o verdadeiro caminho
que aqui
a todos
nos veio juntar...