Música

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Dois a dois - quando todos formos Um




Ainda há quem lembre, ainda há o que recorda: como os dias simples eram claros, como o tempo dava-o Deus de graça e como a graça é a de estar juntos sem estarmos sós


Estar dentro da esfera infinita, da eterna chama: que derrete o medo e queima a dúvida
Estar amparado nos braços do Amor Maior: no qual o frio não entra e a dúvida é mera ilusão



Estamos na terra das barcas que cruzam o rio para regressar
Na terra dos reflexos dourados – que se estendem eternos – sem crepúsculo nem ocaso


Onde o dia e a noite se esvaem como num abraço,
Além de braços que abracem ou daqueles que se deixem abraçar…

De mãos dadas, sem haver quem dê ou receba,
a força dos muitos é maior do que a força de um só


Agora, no despertar da aurora
A noite faz-se dia e nele se renova
Baixo a mesma luz, passamos além das guerras
Encontrando o que nos Une e Liberta



A pedra de fundação deste templo está encontrada
Cada pedra uma canção de Amor
Cada pilar um ser firme que se ergue
Cada nova obra um eco de passos para andar


E ainda temos muito que encontrar – tu e eu
Dois a dois, já não há passos solitários
Neste nosso vagar, neste caminho que se faz eco ao passar
Cada estrofe um verso, já não há palavras a meias…




Já nada falta por rimar


(Fotografias: Montedor; Gelfa; Caminha; Seixas e Textos originais do autor)

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