Música

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DEVOÇÃO


O "Truque" da música está logo no início... depois é um continuar do "segredo" revelado ao começar:

"Love... Devotion...
Feeling... emotion"

Já sabemos - emoções... de "emovere"... é o movimento da vida... é a cor garrida - que encanta e espanta e que atrai a criança que inicia o seu caminho desde o além para o Grande (A)Mar...

Sentimentos... pontes de estabilidade... nesse mar de cores - arco íris para a eternidade...

Agora... a devoção...

A vista clara - olhar singelo e simples - ver por dentro... o "cor"... o centro...

...coração...

Devoção - o olhar a virtude, a vida, a verdade - para além dos véus deste maravilhoso mundo: aqueles que nos envolvem enquanto a vida parte... se "emove"... o caminho traçado nos céus desta nossa esmeralda vivente...

...ecos de um momento - passado... eternamente presente... que levam do transparente cristalino às cores sorridentes... ou do seu vigor pristino ao centro puro e pungente do radiante destino que mantém este nosso mundo em harmonia transcendente...

Do mar do ruído às suas vagas ordenadas... das palavras rudes e sem sentido ao canto harmonioso que o peito afaga... do ronco urro do que perde o juízo à voz suave e sentida da eterna criança...

Das mil e uma formas garridas ao caleidoscópio mágico que lhes dá vida, cor e ser... dos reflexos vibrantes nas paredes cristalinas ao feixe luminoso que nos transparece para reviver...

Para além do branco negrume e do negro fulgor - está a vida que se consome em chama pura de ardente esplendor... ouro sublime, mistério guardado - para que na devoção do ser simples possa ser encontrado;

Das formas puras ao seu conteúdo subtil... da gema timbrada ao mel dourado que as faz refulgir...

Do calor que emana - neste nosso chão que passa - em nós entrelaçado nos dias de Verão
Ao corpo que enrijece - triste solitário que envelhece - num estio sem fim rumo a uma infinita ilusão.

Esferas que se abraçam - espaços abertos que se reconhecem - essências que se mesclam... fazendo mais puro aquilo o que o tempo não envelhece...

Essa voz anterga - que te fala desde dentro... a ti... e a mim...

Esse diamante pristino que se revela em cada encruzilhada de um caminho no que soubeste dizer o teu não... afirmando assim teu verdadeiro "SIM"!;

Da palete de cores - garrida que gira  sem cessar... estando os seus limites traçados neste chão que a vida pretende semear - branco eterno se olhares sem questionar...

 - até ao centro imóvel... esfera cristalina: que se entre-cruza e ilumina - neste teatro de luz e de sombra de papéis representados sem delonga... correndo... desesperando... esperando que os papéis representados nesta divina comédia desenhados sejam a verdade que ecoa no coração...

E sabes tu... sei eu... sabe o mundo inteiro de antemão:

 para além do espelho... detrás das cortinas deste mundo velho - novo templo desvelado - se esconde o que contempla e sorri em cada gesto de graça - aquilo que eleva e abraça, o que revela de relance o reflexo distante da alta colina inflamada no espelho do peito a ferro e fogo gravada pela verdade que se não apaga...

tocando-nos em cada gesto - em sublime segredo que deixa atrás o medo - revelado mão em mão...


That's not the beginning of the end
That's the return to yourself
The return to innocence
Love - Devotion
Feeling - Emotion 


Enigma - Return to Innocence

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TE QUIERO! LIBRE!...





Sem estar encadeada a tua virtude pelo falso brilho do Ouro dos loucos... o vil metal que impressiona, a falsa sensação de poder que atrai... a ilusão da imagem que seduz...

Mas pelo firme valor do teu ser, pela opção serena de ser quem és... para além das correntes que nos levam ao falso mar: não aquele que se escreve com ALFA GIGANTE - que implica a firme e decidida VONTADE de se querer - AMAR - entregar...

Quero-te!

Oh como te quero - como quero essa tua VIDA - essa TUA LUZ... se espalhando LIVRE - não porque a tenha eu tomado ou feito Minha - mas porque tu me viste e assim ma deste!...

Assim te quero - mulher virtude!

LIVRE!

Não porque te engalanaste para encontrar meu olhar - sim porque me encontraste quando me olhaste - e lá no fundo reconheceste o teu mesmo ser... o teu mesmo olhar!...

Não porque te menti - com palavras vãs - fruto do tempo no que: FULGENTE - o Sol se ergue no seu Meio dia: queimando a flor branca e esguia com sua puçante força sem par...

sim porque te vi - serena, viva: singela... o mistério velado pela luz de teu fado que o véu da vida nos vai ajudar a descortinar...

Como o mistério do ser que te fala, daquele que embala - tuas noites com o suave calor do seu estar... os teus dias com sorrisos sinceros e mágoas que juntos podemos curar...

Sim - branca te quero - como a flor de azahar... para: confiante, livre : VERDADEIRA - possas esta terra voltar a plantar - de sorrisos cristalinos, de gestos meigos e traços finos: do teu suave toque sobre a rude casca desta árvore no vento a dançar...

Para que - sublime - seja mais sólido que o diamante a firmeza da mão que comparte o caminho da vida que a dois se faz par;

Que os ventos dos dias se marchem... longe a qualquer parte - e que deixem o sereno vislumbre do nosso abraço mais puro e das mãos dadas: companheiros - de um mesmo caminho a trilhar;

domingo, 9 de dezembro de 2012

Tempestades... barcas e estrelas de esperança




Que fazer? Quando as marés dos dias parecem passar sobre a barca dos sonhos como negras sombras ou mostrengos medonhos... e nem a perícia do navegante, nem a dureza das tábuas bem alinhadas deixa entrever esperança entre a força do mar rugindo de profunda raiva?...

É ai quando me precato da fragilidade deste meu barco, das suas intenções marcadas a leme, das estrelas da vida semeadas no chão daqueles que se ame e se tem em mente...

É nestes momentos, nos  que tudo treme... nos que me sinto vazio ou desprotegido e as referências válidas se esvaem para longe do meu pequeno e esquálido navio navegando águas antigas procurando a estrela da esperança para a trazer de volta ao meu povo sofredor...

Entre tanto desvario - um abraço - um eterno abraço - simples, abrangente; transparente pertença do regresso - ao Um que era dois... que se reencontra enrolado, num ventre apoiado, numa calidez viva amparado... sendo um novamente e recuperando - célula a célula - todos os tecidos rasgados, os tendões rebentados e os ossos moídos... as ideias exauridas e as emoções presa do medo e da falta de sentido para rumar neste mar vil... sem estrelas, sem sol, sem luz, sem lua - que apenas pretendeafundar minha pequena barca que ruma para o grande e amplo amar...

Assim - obrigado pelo teu terno sorriso, pela presença simples, pela brincadeira entre nós inventada... porque me fazes humana pertença... me trazes mais perto da graça e essência de estar humano e de sorrir assim - simplesmente - por te sentir;

Obrigado

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Esferas de vida que se entrecruzam num ponto de luz


Partilar o interior de outro ser humano... por dentro acariciá-lo...
Unir o mais sagrado do que é meu a aquilo que é teu...

Essencia feita toda uma - ponte de ternura, devoção - entre e atenção

E estar tão perto de si, consciente - como duas esferas que entrelaçadas - são três

Vês...? vês a terceira esfera no ar a pairar? 
Sabes, sentes, és - a única esfera que se vê por detrás?

Essa que se mostra em outro rosto, outras formas, outras maneiras de ser e de falar:

Gotas de chuva - preciosas... filamentos dispersos do nosso grande Mar- 

contas de vidro garridas - vestes etéreass de verniz imbuídas, rodopiando sem fim num jogo de harmonia sem igual...

Trocarias tu a pristina essência cristalina dessa tua esfera a habitar colocando nela todo o ruído de fundo - o barulho confuso do muno - se podes - em verdade, em vida, em clareza - entrar na sintonia mais pura - na simetria verdadeira - e ser parte da dança da vida de forma desperta - serena - exemplar?...

Onde parecem dois - são três...

E onde parecem três - é UM

Eis a responsabilidade: de decidir o rumo da tua esfera e de ser parte de uma esfera maior...










segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Laranjeira - flor nobre, estival e de forte cerviz




De um ser de Lua ouvi o canto: sereia que às praias me aproxima - eu marinheiro dos dias -para o além vogando... ouço, considero... dura sina!

Outrora houve os tempos, nas que as árvores de prata se entreteciam - nos dourados raios da luz da Aurora - e nem havia estrelas que se assemelhassem a luzeiros... nem manhãs estrondosas que serenos fogos fátuos destruíam...

Certo que - neste mundo que agora corre - andam deus e o diabo, procurando uma melodia que os transporte, para o mesmo céu tantas vezes sonhado - que um e outro deixam de lado - pelos frios e ardentes raios e labaredas que nos consomem as vidas e as fazem veredas - de espinhos sem rosas, de cardos sem prosas: de dias e horas vazios preenchendo trabalhos esquivos para pagar outras tantas fúteis verdades;

Dito isto de início - fica bem o perguntar - se a tua alma é assim tão doce, teu sentir tão simples - teu sonho tão ousado de sonhar: porque a tua barca voga - constante - para águas de assustar:

se o rio da vida flui de mansinho para todos os que escolhem a verdade no seu vogar;

Simples, puro e transparente - eis o abraço de um irmão... como somos seres que se entendem - de onde virá essa incompreensão?...

Sabemos que os corpos clamam - pelo calor que os faz vingar... tal como sonhos requerem outros sonhos para em vida se transformar;

Se - a chama da vela - queima tua graciosa mão ao te aproximar: por muito que gostes da sua luz sagrada - não será mais fácil tua mão afastar?

E - se na noite escura - te falta a estrela guia... se teu norte aponta ao chão, ao ar... ou ao imenso mar: recorda que os passos concretos de uma vida simples são sempre passos serenos para ao cimo chegar;

E - quando sobes um monte - que é o teu mais: aquilo onde podes e queres chegar - lembra que há passos... tantos passos! que custam imenso a se caminhar...

Seja essa a medida que te indique a subida ao teu mais sublime: ser... e estar - pois em cada passo mais perto do cume - é também o teu centro que se está a aproximar...

Agora - jovem donzela - pondera por favor este mal: se corres, se notas já a pradaria imensa e o verde e as flores e a água que se esvai... para esse mar imenso aonde todos iremos um dia navegar - pensa:

estarás subindo ao mais alto de ti... ou corres vereda abaixo de novo para esse vale onde os sonhos se esvaem e a água pura da montanha se faz lagoa ou pântano sem caminho para seguir a seu mar?

Onde - depois do entorpecimento que deixa o embriagamento de um momento... depois das hormonas que dançam sem cessar... de endorfinas que nos preenchem os olhos de febres divinas e de cupidos que nos atravessam para depois nos abandonar: qual o destino na vereda, qual o caminho que te conceda - a graça de seres tu mesma afinal?

Se há caminho... e há!

Se há caminho - o TEU caminho - para o centro do ser que te é dado habitar - lembra que pode haver portas: oh tantas portas! - que, como raios de roda que não se permite o parar - partem dos extremos:

das suas frias periferias... atraídos por emoções ("emovere") que dão lugar a pontes de arco íris de situações vividas e estabelecem sentimentos - mais nobres...

... as lages firmes onde ir pisando - procurando - esse tal amor que: no centro da tua roda - espera e se demora - para te ajudar a encontrar: esse teu verdadeiro ser - que a pressa deste mudo pretende vender, delapidar ou velar...

Tu que despertas - que és sábia nesse teu centro alerta - acorda para a verdadeira vida de estar livre no centro do teu ser singular:

Assim olhando, sorrindo, dando a mão e abraçando - outros que, livres caminhem sem se prender - ao banal prazer, ao habitual correr, ao intenso apelo do imediato desvelo....

Esses, que ignorando o medo, sabendo profundo que não estão sós entre as legiões de seres perdidos neste mundo, dessas grandes almas feitas seres mendigos por venderem sua essência pelo vil pó;

Esses - peregrinos - que a nada mais obedecem do que ao bom, ao belo, à verdade e ao amor espontâneo: simplesmente traduzido no olhar sereno, na postura humilde, no estar atento ao que passa e connosco se alinhe no gesto imenso de se dar a mão:

São esses os que apenas caminham para libertar;

Tantos caminhos - tantas aves e ninhos - tantas cores garridas a admirar e - no entanto - peregrina dos dias - apenas um - um só - é o teu passo e a tua forma de andar;

Não corras como os que mais correm!

Não corras tanto apenas por correr ou não ficar atrás!

Tu sabes onde fica teu rumo, teu destino é teu cume - por isso vai - em passos serenos que demonstrem - dia a dia - quem és;

Nem atrás te deixes ficar - sempre que os que já não correm pretenderem mais - mais adeptos da religião do degredo, da falta de sentido para aqui estar: recorda que um dia entre eles é uma eternidade sem par - e o preço de se perder o rumo é - para sempre - deixar-se ficar...

Tu - decidida - não ignorante nem convencida, tu encontra teu poiso, tua planta a sentir - pé firme neste nosso chão... caminho de vidas antigas que ecoam no coração, de vozes livres entoando a nossa mesma canção:

 que há um sentido presente em cada peito que sente a vida como verdade e a verdade como passos sagrados - em primor partilhados - neste mundo recriado como pano de fundo da nossa divinal peregrinação;

Depois - com determinação serena - dessa que vem do centro da vida e não de qualquer ideia confusa comprada em praça ou arena - shopping moderno para o viajante incauto de visão turva e mente dormente - tu: vai!

Passo a passo - no teu PRÓPRIO ritmo e forma de caminhar.

Pé ante pé - olhar na ponta pousado quando te atreves a subir o cume sagrado desse teu Ser - com o lombo carregado pelas coisas que a vida já se atreveu a te ensinar;

Pé ante pé... desglosando - o termo amar, amigo, simples - cantando: os termos "companheiro", "compromisso" comungando - conceito feito vivência de uma mão dada e de um abraço celebrando...

E assim - sem mais - que a Primavera da vida nesse teu ser de mulher - menina  se faça virtude - Laranjeira em flor que alude - aos sólidos e régios passos daqueles que sobem: com alma e sentir - com firme e esclarecida vontade - caminhando sem descair.

Confio que saberás encontrar a tua estrela guia, a tua serena torre - fortaleza de virtude vivida, o teu próprio ritmo - para além de todas as modas e perspectivas - e o teu próprio lar - objectivo final da vida que te dispões a caminhar;

Um saúdo peregrino, de alguém - cujos passos dividimos neste amplo caminho da vida para o além que nos quer abraçar - ecos distantes que se fazem presença constante e sorriso ameno ao recordar - em segredo - um outro sorriso que me fez iluminar, crer, partilhar:

simplesmente - celebrar - um pouco de vida simples num lugar esquecido entre tanta gente a murmurar;

Ultreya et sus Eya