Música

domingo, 24 de agosto de 2014

Tempus Fugit...



Victor – Médico Cirurgião – Voluntário da AMI – em Dili – 2005
Sala do Hospital Nacional de Timor

“É o tempo e a dedicação que deste à tua Rosa que fez a tua Rosa Especial” 
– in – Principezinho de S. Exupery

(se o podes dizer por palavras tuas - estás à espera de quê? 
de ir a Timor e ver 
o que tens em teu próprio lugar à espera de acontecer?...)

Cuidar significa, traduz, identifica:

– dar atenção – qualificar…

tu
o teu objecto de atenção
Humanidade a dealbar


(coloca aqui a tua foto - entender que o reflexo de quem és é aquilo que estás a ver)


Se as latas por uma razão – têm causa para se manifestar


gerar tempo para ter tempo para se partilhar


Palavras para quê, se amar é dos simples a fé…

O tempo e a qualidade
Do que pudemos partilhar
Dá origem ao mundo novo

que tu também podes criar…

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A estrela da noite... a irmã da Manhã....

Assim o teu gesto fale – daquilo que o mundo cale…
Assim algo que se diga – poesia em si se escreva – mais não maldiga – a luz viva que em nós mais não cabe…
E se mostre e revele
Além do que o tempo em si concede
Tempo além tempo

E entre tanto tempo
O fundamento de quem entregue
De si
Além tortura ou tormento
A alegria de encontrar novo sustento

Entre essa luz que nos une e ampare...

domingo, 17 de agosto de 2014

ágape




O que nos une…

Constante…
Se respira
Como uma suave nostalgia
Nos liga…
Silente
Se sente
E nos anima…
E ao mesmo tempo
É presente
Mesmo que mais ninguém no-lo diga…

proposta a Um Jornal Local - "Latas" de Timor a Portugal (Timor é aqui) - artigos para publicar por "uma causa"







Como pode ser a Chuva “sinónimo de água e Vida” – tão festejada – quando esperada e assim – como se vê – acolhida – sinónimos de “Humanidade” – que se captam enquanto se passa – Timor também é aqui – enquanto se desfaça esta estranha Fumaça – assim veremos –e m mim e em Ti – eles assim nos dizem – sem falar – em cada foto assim to mostram – sem sequer te deixar duvidar… ver e sentir… Timor também é aqui – por mim… e por ti…


Junto se envia proposta de edição de episódios com base de experiência em território internacional – através de missão afim;

Procura-se dar a entender a afinidade entre povos – entre as Humanidades que se encontram – de um ou outro lado de um véu “aparente” –invisível quando temos bem na frente – que “Timor também é aqui”:

 –nas pessoas que sentem e vivenciam aquela mesma essência – pura e fina – que o Timorense da “Montanha – de um enclave de uma terra “esquecida” em si – por nós/ para nós – traduz e anuncia.

- Que ainda se ouvem em eco, em lugares além pensamento – como no profundo deste Minho desde onde escrevo e medito: nesses lugares de portas abertas e olhares de luz desperta – que – quando se passa – nos dizem “olá” sem nos conhecer ou duvidar… simplesmente por ser tradição do lugar, desses sítios, para onde se vai… caminhando e alguém nos faz entrar, nos oferece pão, ou leite, e nos apresenta à família que lá estava passar… num certo caminho hoje de ouro – por tanto que passe à procura do seu interno tesouro…

Lugares de tradições milenares – serras D’Arga, São João e cantares, lugares de "Soajos" – de tradições antigas onde namoros são além do que se faz depois nas outras novas tradições, os ecos das antigas desfolhadas – na estátua de pedra de Senhoras do Minho em pedra lavradas…

Lá – como cá – os ecos da vida  - em primavera investida – irmanam povos… em aparência vidas distintas, separadas… pela mesma Humanidade em comum – assim irmanadas… basta ver, sentir… olhar… vivenciar – em cada recanto desta “nossa” terra especial…


As espigas – vermelhas, das desfolhadas – tão velhas – como a história do milho neste lugar… e a do linho ainda a antigo e da vindima e do que se partilha… assim nos tem amostrar… o tesouro – deste vale d’ouro – recai… nas pessoas, na cultura, na tradição do lugar… encontra-se em detalhes – como este que se recolhe ao passar – que a vida se anima – ali onde houver Vida a se animar… Timor é aqui – nesses precioso lugar – onde se guarde em estima, a tradição a raiz do que nos anima de tudo o que a possa vincar…


Que as nossas mesmas gentes – umas culturas tão distantes como aparentemente diferentes – aos olhos de coração de quem vê – traduzem a Humanidade comum que se procura e que algum ser humano também crê…

Que essas gentes – ainda vivas – iluminam e traduzem as nossas próprias vidas… assim vistas – de uma outra perspectiva – mais além daquela que nos é dada, transmitida, relatada – à luz da informação de todos os dias – assim pautada, marcada ou vincada…
Vendo com olhar do coração, conhecendo – estando e vivenciando além da simples razão – dá uma imagem geral de algo grande e sublime – essa Humanidade com “H” capital;

Essa é a “lata” – de se ver, sentir e vivenciar todo o valor de um povo, de uma mesma Humanidade a se partilhar – e de tão óbvio que possa parecer – nem se ver, nem se sentir ou se deixar esmorecer;

Uma lata – que começa esta série – esta “lata” de se transmitir, evocar e partilhar algo que poderá ter uma outra forma de se ver, sentir e vivenciar;

Vivenciar para quem puder, quiser, ousar – ir lá ver – ou aqui procurar…

Entre pessoas ainda vivas a se mostrar, entre lugares, outeiros, tradições – carvalhos e espigueiros… e cantares, tantos como os que evocam uma certa “carolina”…

A que se partilha nesta zona (sejam as Humanidades antigas mais além das novas e finas) e que fala de tanto, de tanto que se conserva  - em boca de povo – mais além do que o pedagogo lê ou escreve ou reproduz – em cada tempo – à luz da sua própria luz se escrevendo;

pessoas sem portas fechadas para nos receber, ouvir e aconchegar:

– sem portas fechadas de coração e olhar
– de braços abertos, mãos para partilhar as alegrias, os dias, os trabalhos e monotonias e assim se / nos tocar;
– lacradas pelo medo, pela duvida… pelo que ainda é cedo para lembrar… Timor é ali… Timor é aqui… Timor onde a Humanidade – com A grande – ainda sonhe, viva e fale de “amor”…


Timor é aqui – onde se encontrem gentes que Amem – com todo o vigor – além da idade… sem se retirarem – de um tecido social – Vivo – com Vida de verdade – com tempo para mar, para se dedicarem… a serem como são, a serem o que são – com “H” grande de Humanidade…


Timor é além, é aqui – sem duvidar...
Timor é onde ainda Houver Humanidade, tempo de qualidade..
Para em verdadeira Humanidade celebrar…
A primeira lata – provocar… opinião ou forma de ver a mesma questão baixo um outro olhar…
A segunda lata – para mostrar – laços comuns, metas comuns de Humanidade ainda por se reencontrar…
Falar acerca de cooperar – com seres Humanos iguais – tantos objectivos, tantos artigos de legislações mais… e os Humanos – de uma certa montanha – em lata “contados” – quando lhes disseram que – sendo primos, irmãos e irmanados – usariam papelitos de cor – uns dizendo Indonésia e outros dizendo Timor – acontecia no enclave… onde se via a mais jovem nação do mundo explicar – como as legislações e opções se não impõe sobre a tal palavra “Amar”…

Enquanto as gentes da “Montanha” de Timor – existirem e foram prova viva de tudo aquilo que – vocês que lêem – por aqui virem – então haverá espelho veraz – para mostrar certamente – além do ponto assente – repetido de forma e feitio – de maneira a que pareça a realidade de um mundo despido – Timor é aqui – além das guerras, dos noticiários dia a dia servidos – esse “Amor acontece” – em cada lugar que se lembre e que assim prevalece…

Timor – é aqui – uma série com “latas”, para mostrar o que nos bata e o que nos desperte para algo essencial – a informação que se repete, a visão que se intromete – pode este “nosso” mundo mudar…
Dai uma da intenção destas “latas”… que se dê voz a tantos/ tantas que – sem voz se manifestam -  dia a dia – por mim, por ti, por “nós” – Humanidade com “H” grande antes de se esvair entre tanta publicidade de um “mundo virtual gigante”…


Aqueles passaram – quando nós os apoiávamos – eles viram, seguiram – e ali estavam… nós com eles.. sentindo… vibrando.. quase ecoando… a mesma música, os mesmos valores que nos elevavam… “Glória ao povo e aos Heróis, da nossa livr”i”iiii, livriiii nação”
(pede-se desculpa pela transliteração de “Livre” – o Português fala-se quando se entende.. e ali entendia-se bem por fazer ecoar corações independentemente de quem ouvisse ou compreendesse a linguagem de Camões…)



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Poesia sem brida - parte primeira de poesia escolhida

Querida alma irmã:

Não tanto no amando,
no sendo, no estando,
nesse sonhar
Um amanhã
Que seja além
deste que se nos está mostrando
Dia a dia manifestando
Assim nos elevando
Outros assim fascinando
Como devido ser de voar

Sejam as nossas forças vivas

De novo
Por sempre reunidas
para o bem da Harmonia
essência de vida
entre o dia a dia

Recordando essa Melancolia
Entre essa melodia antiga
É em nós, assim despida
E assim contida
Esperando o
seu despertar
nesse certo dia
quando
Por dentro
Assim se faça anunciar…

De momento temos a opção
entre o tempo
que nos é dado para caminhar
Escolher
partir ou ficar

Indo – para esse “outro lugar”
A surgir
Esse que mais nada pode atingir
Quando por dentro
Nos atrevermos a nos entregar

Ou permanecer,
no dia a dia
empalidecer
deixar esmorecer
sementes de vidas
de mundos
de sonhos
por nascer

As responsabilidades
De escolhas por fazer
Essas que pautam
as pautas do mundo
que poderemos
Num dia
Sem dia
certo momento em magia

De novo
Em conjunto
Reviver

Ajudar a nascer
Transparecer
dia a dia
Da forma à sintonia

Entrelaçares em e mais querer
Assim te doares
E uma vez ali se chegares
De uma vez
ali se manifestares

essa luz em nós a palpitar
A esperar o seu tempo
O seu lugar

A se deixar notarem cada gesto desprendido
Entre amiga ou amigo
ou desconhecido

E ir mais além do que digo
E ir mais além…

Do que se sabe
Do que sei

Do que sabes seres tu também…

E mostrar o refugio antigo
O tal por ti prometido
esse ainda entre nós escondido
Esperando o seu legítimo abrigo
para pouco a pouco
Se manifestar
ou desvanecer
de vagar

Se não houverem
Os Tripulantes
que barcos novos
veremos arribar
A este nosso porto
De graal lugar

Que nos novos habitantes
veremos
Em nos renascer

Que flores de vida
Valor e virtude
poderemos nós aspirar
a assim proteger?...

Enquanto o tempo nos convida
em vida vazia repetida
A crer no que se diga
E esquecendo
Esse algo “silento”
Esse algo atento
Que nos motiva por dentro

O de fora ainda obriga
ó de dentro já mais castiga
ânsia da gaivota ferida
esperando
esperanto seu dia
para suas novas asas
essas as graças fugidias
Assim de novo estendidas
Crescendo entre o rumor dos dias
Até para além do sol transparecer…

E assim sendo
assim contendo
Assim sabendo
Por simplesmente
O ir reconhecendo

Assim acontecendo
na estrada dos dias anoitecendo
pequenos milagres
 pequenos novos cantares

e os silenciares
sem os ouvires
seremos pares

Esses milagres
de beijos sem se ver
de sorrisos cristalinos
Marcando o ritmo o brio
para não mais se esquecer

E assim celebrar
ó rever
no espelho de prata pura
que tempo algum apura
a nossa verdadeira face a transparecer

E assim deixar de ouvir
ás vozes
tantas
mil
que obrigam a desistir

Dessa porta d’aurora
desse ser brilhante
além de senhor
ou senhora

dessa harmonia que chora
e sorrindo nos congrega
e mais não se ignora…

Como quando te entrelaças
na brisa…
e por entre o vale
em brisa passas

Como quando te esvais
em plena fumaça
De nevoeiro que passa

Como quando te enrolas
nesse mar que chora
a rocha feita em pó
filigrana de pureza
filigrana de pura riqueza
de cristais biselados
tão pequenos
como ignorados

Fazendo do som
– esse latir sereno –
de um eterno Coração pleno…

Que assim se espalha
Se espraia
que assim abraça
e não para

Nos embala
nessa eterna graça
E nos fala
Em linguagem
Que é viva
Que é sentida
para que seja assim
compreendida


E que dizer
da ave que paira
sobre o rio sem saber
que és tu que pairas
quando assim a sentes
e a consegues em ti viver…

E que fazer
com os milhões de vozes
a entretecer
com as múltiplas vozes

A se mostrar
Lentamente
Devagar

Sem saber ainda falar
Berrando
 como bebés em pranto
esperando o mamar
´dessa harmonia
Já em nós tanto
canto em esperanto
que nos ilumina
e motiva por enquanto

Promessa de sonho
que se vai transformando
Promessa devida
que se vai materializando

Entrelaçados na força da vida
Jorrando
como rio sem brida
Vogando

para esse eterno mar
se elevando
como espirais que não vês
e nas que – no entanto – crês…

Como esse fogo fátuo
 não mais escondido aparato
Sim a água que tu és…

Pairando entre o mar
se partilhando
se respirando
´se espiralando
dentro de ti
e desse outro
entrando
mesma água
a mesma vida
a que ainda não vês….

Como ignorar a solidez da rocha – ateus pés
A solidez da própria vida que tu também és

E o calor de vida
pelo sol aquecida,
por ti enriquecida
milhares de melodias e harmonias
sintónicas de ti – tu Vida
Assim entrelaçando, através de ti espiralando
te regenerando sem mais se saber
como esses cristais puros e vivos
uns caminhando
outros cativos
esperando
o seu dia
de reverberar a melodia
a antiga sintonia
que nos amparava e protegia
como redoma esquecida
de um céu de transparente perspectiva

de um campo vivo que por nos latia
que em nos convergia
como espirais de ventos que mais
que vivos rodopiavam como iguais
Por estas ladeiras antigas e derradeiras
pelos verdes de pastos de vidas tão cheias
por entre as rochas antigas e as notas colcheias
de tons de escalas esquecidas…

Por serem ensinadas
Apenas gravadas
pelas vidas em vida
assim invocadas
pela própria Vida
assim lacradas
esperando ser
como nós
desatadas

Entrelaçadas
em novas cadencias
que rompam estas antigas e velhas frequências

despertares
de borboletas milenares
asas ao vento
não mais temendo
se elevarem
se manifestarem
sendo o que são

Sem mais opção
do que se darem
de puro e fiel coração
brotarem
e assim animarem
de novo o antigo mundo a ser
Em pares outros
antigos e belos
e esquecidos
e inauditos
cantares

Sentidos
Vivos
Desde todos lugares
ouvidos…

Esses que intuis e não vês
E que tu – tu também és

Essas melodias surdas
que te despertam
recordações mudas
que latem por dentro

sem tu te aperceber
para que o Ser maior
quem se faça
– lentamente –
assim acontecer…

E ouves e o sabes
Sem saber o vês

Sem sequer
te aperceber
te precatas

Sem se notar é

E deixas tudo o resto
O peso do entulho passar

E és libre
e libre libertando
e libre sendo
libre te mostrando
candeia sobre monte
sobre o monte brilhando
verdadeiramente assim
purificando

Esse mundo de tantas ideias
que nos esta afogando
Ocupando canais,
tudo ocupando
querendo tempo e sustento
a tempo inteiro ofuscando
o nosso brilho verdadeiro
com fragmento parciais
que decora e torna especiais
negando a totalidade do ser

mais não mostrando
que está verdadeiramente a contecer
despertar
de seres
que demonstram
na luz do olhar

verdadeiramente luz a se manifestar
cadencias esquecidas
entrelaçadas
e assim
de novo
sendo sustidas
e a redoma
que nos protegia
de novo erguida
e brilharão

desde as ervas
À luz
Ao próprio chão
e caminharão em uma alba
Dos ecos do que nos salva

Essa que assim se mostrando
esses que assim caminhando
mais não o temam
sendo tão poucos
seremos nós tantos…

Ecoando
fluindo como rio de brio
agua de perolas brotando

Entre os seres
– corações perdidos
em redor latejando….
E assim
novo povo
de força e poder investido
Para ser de novo o povo antigo
O que se perdeu entretanto

E as cúpulas serão
Cantando
Como sinos vivos
assim replicando
e a grande luz maior
essa em circulo
nos abraçando

em esfera de branco azul
Pura assim se manifestando

E os fogos regressarão às suas raízes
desde onde viram o mundo azul

tao belo e vasto
e a noite reluzirá

Ressoará

Novo belo agasalho
numa forma veludada
de nos ser tão prezada

E o violeta estará pairando
entre os astros inexistentes
latejando
e o eco dos tempos em nós
relembrando
A via
as vidas
que fomos assim
trespassando

E celebraremos
Mais além dos medos
por saber
quem somos
de onde vimos e onde estamos…

E saberemos assim
Para onde vamos…

Seres de luz ecoando
plenitude e magnitude
de uma mova vibração se manifestando

Harmonia corrigida,
como fénix renascida
assim em fogo e lume brotando
do peito que assim oclude
ainda sua própria essência
se transformando

e latejam alguns já sem querer
quando
tocam esses antigos lugares de poder
quando se tocam sem querer
e se notam se reconhecer
sem ainda se ver ou saber
como ira tudo isto acontecer

E os do medo
ou degredo
vigiam
tementes
ao desconhecer
A campânula de luz
que protegia
o lugar por onde
verdadeiramente nus
passeávamos a prazer

E não reconhecerão os restos dos estragos
que outros vem… e tantos
não velando por inimigo
de imaginação ficarão
Suspirando

Entretanto os outros
Passando
Crendo
Perseverando
Seguirão
e verão
pouco a pouco
essas imagens de onde estão
de quem
do que são

Vida da Vida 
em via de libertação…

De si mesmos renascerão
e como gotas caídas
numa bela poça esquecida
numa lagoa de prata reacendida
se entrelaçarão em vida
E renascerão para a nova vida

E se esquecerão do que eram os fogos da terra,
das premissas antigas,
das regras esvaídas,
de tantas e tantas brigas
sem razão
e apenas serão

Almas puras e vivas
velas na noite
dos dias acendidas

Pairando
Se entrelaçando
de novo evocando
esse nosso mundo
que amamos tanto…

E partirão os da ocupação
Mais espaço não terão…

As sintonias mudam
seus aparelhos emudecem
 e calam
e enlouquecem
é a harmonia triunfa

nova Aurora se anuncia
´para os puros
Os de humilde vida
E humilde via

Os que estão perto da natureza
quase esquecida
essa eu foi banida
que regressa
de novo florida

Tantas e tantas rosas,
flores de luz cristalina
entrelaçadas
na árvore mais honrada
naquela esquecida
entre a dourada
e a prateada

de novo
desde o silencio chamada
crescendo vem
de novo –
por nós advêm

De novo vem os tempos da harmonia
do Aquário que se anuncia
do equilíbrio
e da sintonia
mais não macho ou fêmea
ou letargia ou império
ou deus u deusa o
u ignorância fria

Plenitude – além noite ou dia
pois tudo em redor
em suave candor
´se ilumina

E guiados
E assim
de novo encontrados
mais não esquecidos,
repudiados,
mais não desejados
ou odiados
simples seres
de novo iluminados

ventos livres
entre o sopro maior entrelaçados
notas de luz e de cor
Na grande pintura maior

Luzindo
Zunindo
uma música e melodia
acorde expandido
de sintonia
Eloquente
Como o canto presente
da grande vaga do mar
a tombar
com toda a sua força
sobre rocha
e com a rocha a entoar
Esse canto profundo…
para alguns iracundo
– parar outros eco do próprio mundo
prestes em pleno a se despertar
e se elevem os montes do seu lugar
e assim iluminados
assim de novo vivos
sejam de novo içados

E os cantos assim acelerados
e os harmónicos assim mudados
ate que os aparelhos neles cravados
cessem sequer deNão tanto no amando,
no sendo, no estando,
nesse sonhar
Um amanhã
Que seja além
deste que se nos está mostrando
Dia a dia manifestando
Assim nos elevando
Outros assim fascinando
Como devido ser de voar

Sejam as nossas forças vivas

De novo
Por sempre reunidas
para o bem da Harmonia
essência de vida
entre o dia a dia

Recordando essa Melancolia
Entre essa melodia antiga
É em nós, assim despida
E assim contida
Esperando o
seu despertar
nesse certo dia
quando
Por dentro
Assim se faça anunciar…

De momento temos a opção
entre o tempo
que nos é dado para caminhar
Escolher
partir ou ficar

Indo – para esse “outro lugar”
A surgir
Esse que mais nada pode atingir
Quando por dentro
Nos atrevermos a nos entregar

Ou permanecer,
no dia a dia
empalidecer
deixar esmorecer
sementes de vidas
de mundos
de sonhos
por nascer

As responsabilidades
De escolhas por fazer
Essas que pautam
as pautas do mundo
que poderemos
Num dia
Sem dia
certo momento em magia

De novo
Em conjunto
Reviver

Ajudar a nascer
Transparecer
dia a dia
Da forma à sintonia

Entrelaçares em e mais querer
Assim te doares
E uma vez ali se chegares
De uma vez
ali se manifestares

essa luz em nós a palpitar
A esperar o seu tempo
O seu lugar

A se deixar notarem cada gesto desprendido
Entre amiga ou amigo
ou desconhecido

E ir mais além do que digo
E ir mais além…

Do que se sabe
Do que sei

Do que sabes seres tu também…

E mostrar o refugio antigo
O tal por ti prometido
esse ainda entre nós escondido
Esperando o seu legítimo abrigo
para pouco a pouco
Se manifestar
ou desvanecer
de vagar

Se não houverem
Os Tripulantes
que barcos novos
veremos arribar
A este nosso porto
De graal lugar

Que nos novos habitantes
veremos
Em nos renascer

Que flores de vida
Valor e virtude
poderemos nós aspirar
a assim proteger?...

Enquanto o tempo nos convida
em vida vazia repetida
A crer no que se diga
E esquecendo
Esse algo “silento”
Esse algo atento
Que nos motiva por dentroexistir
e cessem assim também
esses que os estão a gerir…

E se ergam as águas
para quem mais não as tema
pois sejam esses gotas
de agua mais pequena

E nos recubram da vida plena
de crer além do que se tema…

E se revoltem os ventos sem brida
na intempestiva pauta da nova harmonia
que não se compreende
que não tem eira nem guia
a não ser o próprio sentido

que vida alumia

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Ser mais alto



Seguir e perseverar…
Desenvolvendo:
 a arte que se sabe amar
através da arte que se sabe

que se aprende dia a dia
através essa via
nesta Vida nossa que ensina

a assim perseverar
e seguir
e partilhar

por vezes – demonstrar
em momentos de forte crivagem
Entre os quais
Essa tal “aragem”
De sopro que nos anima por dentro
Parece se ir desfazendo
Em fragmentos
De fumo
Ou de fogo negro

E assim
Iluminando
Por dentro
Evocando
Esse algo
Que nos anima
E motiva
E assim ilumina
Assim se faz nova vida
Entre a triste sina
Que antes
Assim
Se entrevia

Nova aurora dourada
Entre a tragédia anunciada

Subir
Degrau
A degrau
Dia a dia essa escada
Que leva ao interior
Por amor ou louvor
A essa actividade
A essa via
Desde outrora traçada

De ver
Desde a cima
O centro que nos anima
A fonte de onde a agua brota
E desde o qual
Desde a qual
A semente devida
Germina
Assim
Em ti
E em mim
Por igual
Assim
Em mim
Em ti
Diferente
Em forma e cariz funcional

Uma
Arte escrita
Outra
Arte dita
Outra arte fundamental
Uma que ilumina
A vida
E a transforma em movimento espiral
Que se entrelaça
Entre vidas avança
Que trespassa
corações em ondas
De par em par
Que como odes
se elevam
E assim tu podes
Também chegar

Sejam melodias contidas
Ou ondas assim transmitidas
Entre seres de cadência igual

Sejam as vidas assim entrelaçadas
Por serem
Em semelhança geradas
Luzes assim desfiadas
Em novos tapetes
De flores vivas entrançadas

Novas eras
Além das quimeras
Daquilo que pensavas
que eras

Além do que penso
E sinto
Eis o que vai de mim
Para o que de ti sinto

Algo que nos liga
É se traduz
E em silencio
Em prosa em verso
se reproduz
E reverberando
Se faz canto esperanto
Linguagem universal que conduz
de regresso
De volta
por entre o fogo preso
À chama que em nós reluz
A essa viva
E fina luz
Que nos ilumina
E em surdina
por dentro conduz

E nos une e nos liga
E nos respeita
E enina
De forma amena
pura
cristalina
A forma de ser
E star
Em conjunto
De nos saber ver e olhar
Entre mundos
Sem nos tocar

E ao mesmo tempo
Saber amar
Essas ondas que nos estão a ligar

Essas vagas
Entre vagas
Que assim nos ajudam a transformar
A consciência
De tempo ou lugar
A consciência
De Ser e Estar

A consciência
Que em nós está achegar
De regressar à essência
Passando além da ciência
E em conjunto de novo celebrar

Essa existência conjunta
Essa essência de se estar sempre juntos
Sem se separar
E ao mesmo tempo
Na distancia separados
reconhecidos
E não olhados
Sentimos o Ser além
do que ser escravos
Seres livres
Por dentro vogar
Asas ao vento
no sopro do tempo
A se sustentar

Indo além do fog mais lento
Vivo alimento
A chama viva
Que nos anima assim a libertar
Essa luz branca
Em redor sustida
Assim pura ou cristalina
A palpitar
Coração o mundo
Em nos ecoando
Bem fundo
A se manifestar
cada ser uma célula
De algo novo a nos ligar
cada ser uma onda que se celebra
Entre este novo mar a se revelar
Luzes e sombras e ondas
Que nos estão a embalar
E se elevando
Nos levantando
assim se transformando
Em vida nova anunciar
Sem se dizer
Sem se fazer
por ser e estar
nessa cadência
Nessa simples eloquência
De se partilhar
Além do que ditava a ciência
Essa nossa
Nova eterna forma de AMAR

Ágape ao sol ou luar

Chegando suavemente

´quando assim tiver de chegar…

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A força de um canto puro





A força de um cântico de criança
em peito de espr'ança
no coração do guerreiro
sem espada
nem nada
a não ser a Harmonia
escondida
nele

nela
aunciada


Entre a Força da Delicadeza
Eis a Essência a Luz sublime

Transformada de Rosa em espinho
Neste lugar entre o Douro e Minho

Mostrando-se assim humilde em sua mais terna beleza
Trespassando o coração, e sua mais entranhada dureza

Libertando-se assim, Via, opção com a Sua Viva certeza

domingo, 3 de agosto de 2014

A Rosa e o seu Beijo de Vida - entre a água da noite mais fria






Entre a Força da Delicadeza
Eis a Essência a Luz sublime

Transformada de Rosa em espinho
Neste lugar entre o Douro e Minho

Mostrando-se assim humilde em sua mais terna beleza
Trespassando o coração, e sua mais entranhada dureza

Libertando-se assim, Via, opção com a Sua Viva certeza