Música

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Gotas de luz entre o caminho que (se)reluz



Vai além do espelho
Das gotas de chuva que marcam
O chover do rio mais velho

Olha desde o outro lado
A luz que por dentro
Tens em teu peito aninhado

A força da delicadeza – leveza e pureza que se movem entre as montanhas mais altas, entre as pedras – esbeltas e brancas – que no alto sol se banham…

Águias que seu voo levantam… ninhos antigos, apelos vivos – como canto que nos trespassa… 

...que ilumina o coração e o faz ser compaixão, entre a neblina e a sombra que passa….

Altas veredas nos contemplam – ali onde nada tem nome e onde ninguém mais tema – liberdade, verdade, vida plenas - apenas – ali onde a alma se estende – com alvas penas reaprende – e se transforma no ser vivente, eloquente, pairando entre o que sonha e o que a transcende… 

luz branca e pura… entre chama vera que tempo algum apura

Que por dentro irradia e nos inunda…

Ser no ser que comunga, sagrada união entre o sempre e o nunca…


Ali onde o canto de luz se forja… 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Textos Simples



(depois da tempestade - a bonança - ler depois do que é dito com queixa de ser humano criança)

E começa comigo – contigo
Irmã
Irmão

Que existe outra via
Outro caminho
Que não implica revolução

Que não "lhes" dês tua força
Nem tua dedicação

Que lhes vires costas
e ignores a sua antiga
e corrroída organização;

Que lembras
a outra antiga
 tradição

que te fala da tua terra
Das tuas gentes
Das cantigas que não mentem

Das gentes que sabem
( e ainda omitem – por medo e por opção);

Que as dignas mentes latentes
 – se juntem nesse eterno presente
– para ver mais além:

Do que nos está a conter
E assim saber bem;

O potencial que por dentro nos vai

E que o tal império tolo
Estava continuamente sugar

Com apalavra “tripálio” - trabalho
“que era forma de torturar”

Que existem os tais meios
Que nos vieram tirar

Lê a história ao contrário
Retira réis, tiranos,
estátuas de deuses vários

E começa a dar a tenção ao essencial
Ao teu coração ao meu
e ao quanto ainda tem por nos ajudar
a ver e a concretizar


Que juntos temos o potencial
Para descobrir novas vias
Para abrir vias antigas

Para desbravar veredas vivas
Onde veredas houver a encontrar

Para resguardar o tesouro vivo
Que se estende
Nesta nossa área do "graal"

E que assim
Pouco a pouco

Devagar

Se erga de novo
Um estandarte
Sem simbolo
Sem outra arte
Que não a de amar

A terra
A gente o lugar

e o sopro do vento
da maresia

Entre o monte que se alumia
Nas noites de festival

Entre os jovens
Que se encontram
Para assim descobrir o portal

Entre quem assim já de si brilha
Por ter passado além da linha
Que a força lhe queria vincar

E esses que ajudem filho e filha
Irmãos de tempo imemorial

Partilhando beijos puros
Beijos que vão além do que é duro

Beijos que se tocam
De coração em coração

Se evocam além da opção
nos ajudando lentamente a erguer

Lentamente
Por nós mesmos a crer

Lentamente a saber,
Sem saber

A ouvir e sentir
 as vozes do vento
o eco das pedras lavradas
o seu lamento:

As destruídas
As reerguidas
E as protegidas ou veladas

Nas águas do próprio mar a ecoar
Quanta dessa vida
Esse império se esqueceu de apagar

E quanta mais
Está para chegar

Quando sol e luar
Sejam um só
se unifiquem já mais sem cessar

Como era intenção primordial
E mais não se critiquem
Como é a intenção actual

Dividir e vencer ou unificar

desde dentro
e assim poder

Existir e Ser…
Esta na tua mão
Está na minha mão…

No silêncio do teu "quarto":
 – entra e ouve com atenção

Uma voz viva e plena
Late ao ritmo do teu coração

o que diga e contenha
É a tua própria oração

o resto são ecos vários:
de outros mundos

De outras forças
De outras quimeras…
De outras "cousas"
para "nós" não

A tua está tão peito
Tão simplesmente
de peito aberto…

Encontrar esse lugar
reunir quem assim
quiser estar

Deixar-se ouvir
Deixar-se iluminar

E por dentro
Ir renascendo
Pouco a pouco
E devagar

Até de dois
serem um cento
Num lugar certo
Sem relógio
Ou pauta a invocar

O momento
De se encontrar
De partilhar
a vida e o fundamento

Sem cerimónia ou padrão a marcar
Simplesmente libertando,
vivenciando

Sendo e estando...
"algo" que a todos
nos pode unificar



Cada qual o seu elemento,
cada qual semente a se dar
Cada qual uma flor viva,
de semente garrida
Ainda apor germinar

O tempo de qualidade
Que te é dado
Vai mais além da idade:

 – tem cuidado
(se por cuidado entendes - cuidar... dar atenção, estar atenta, atento - ao fermento, à planta no teu jardim acrescer... à água que o oleiro verte no barro que esta pelas suas mãos a se refazer...)

Há seres que já o são
Sem terem a aparência
Daquilo que te cabe na mão

Há seres que vêm
Desde além
Para orientar

Sem se impor, sem sequer
os "outros" se precatar

Há seres que se erguem de novo
Para os espelhar

Esses que tragam  mentira
Será sua sombra reflectida
E devolvida,

O círculo protegido estará
Por ser o que porta a sombra devolvido
se não estiver disposto
disposta
a se deixar tocar

E por dentro - lavada
lavado
assim de novo se unificar
nessa força "estranha"
que abraça
desde dentro
sem te prender ou comandar

que te convida em cada momento
a cresceres
ao ritmo que tens partilhar

e assim entrar na roda
e na roda de novo "dançar"



E há outros "fortes"
Que vem para colocar
pilares de ouro forte
Valores da semente a proliferar..

E tantos, tantos outros
Uns que vêm para sarar
Pelo seu toque
Pela presença
Por aprenderem as elevar

E outros a orientar
No caminhoa seguir
E nas reviravoltas que o mesmo caminho
poderá comportar

E assim se divertir
 enquanto seguem a ir
Até passar...

 a ponte que leva

A outra verdadeira fonte
Da vida original…

Fica a charada
Mais ou menos lacrada
De certo descifrada:

Por quem – por dentro – não tem mal:

Nada teme
Em si concebe
Esse mundo novo
Renascendo afinal

Entre tanta tortura fria
De informação que o desdiga
Alguns crerão de forma mais firme
que o próprio betão

Esses percorrendo os mundos
entre mundos anunciarão
observando
resguardando
as sementes a despontar
sabendo onde crescem
e quando irão
de sua luz se mostrar


Alguns fixem o eco
que do outro lado
a essência nos dá

Sem forma
Que se descreva
Sem essência
que assim se empodera

Sem se impor
Sem se “manifestar”

Contando plenamente
Contigo
Comigo
Para se dar

Sem ordens a desenvolver
Sem comandos a gerir
Sem escalões de poder
Passíveis de se perverter
Ou ruir

A essência pura
Que assim se assegura
De unicamente libertar

Estando sempre presente
Impregne
Entre nós
Desde já

Assim sendo aceite
por dentro
um carteiro
certeiro
nos vai vislumbrar
e em carta personalizada
única
e bem lacrada
nos assim vai convidar

Alguns de nós já o são…
Quem e como
Sem saber...
Através da intuição;

Alguns transcrevem
Outros descrevem
Outros guiam os "pequenos irmãos";


Quando nascidos
Nesta realidade reunidos
Quando tudo em redor ainda diz “não”...

Os que ouvem e sentem e aprendem
Como essas vivas sementes
Ainda em negação

E os jardineiro pacientes
Que assim cuidam com devoção
Até verem
esse conteúdo latente
estar entre nós
em plena comunhão...


Seres semente

De gérmen presente

Desse algo que desmente
Muito do que nos está afazer definhar…

E há os que fazem
a verdade latente regressar

Devolvendo a harmonia evidente
A que era em nós -  de repente
De novo alegria a se notar

E as rimas falam
De forma célere

Transcrevem
De repente
Transcendem a parede

E a vida nova que terá lugar

Recorda:

Onde houver ignorância
Iluminar
Onde houver falta de esperança
Brilhar
Onde houver lugar – perseverar
E esse lugar apontar
Aquém do lugar – em verdade perseverar

Onde houver quem aguarde – aguardar
Onde houver quem não fizer parte – respeitar

Onde houver quem persiga – esquivar
Deixar vazia a linha
Que te pretendia de encontrar

Onde houver tempo
E espaço
Para divulgar

Falar pouco do denso e baço
E muito da promessa que está
– por dentro a nos tocar…

E deixar os estados de animo
Que nos possam ofuscar

Transformados em ritmos em vida, e
Em formas criativas
De Convidar a celebrar


Dançando nós de vida
Entrelaçando-a em palavras
Para que as palavras se possam soltar

Por dentro de quem as sente
possam assim despertar

No coraçao de quem as leia
Ou de quem assim as possa lembrar

Pois as palavras ecoam
e não têm pertença ou lugar

Estão em sintonia
com a Harmonia
Da quee stamos aqui a falar

essa que tu
na tua própria ousadia
uma certa noite
um certo
dia
verás desde dentro para fora
assim se manifestar

suave e sem se ver
com a força de unificar além do querer
o Ser e o Estar


Esta (harmonia) é ser peculiar
Cada um de nós um mundo
Um universo:

Entre universos q
que não param de se tocar

De reforçar
De espiralar
De gerar novos mundos
De sonhos -  que em si mesmos – são olhos
Vivos e iluminados pela luz do amanhã

E onde houver cinza ou cinzento
de dourado ou prateado o pintar

Lembrar que aprata é só
Que o dourado dá fruto
E que é no silencio
que nos vamos harmonizar

Nem se sabe quem começa, nem quem vai terminar
nem qual o tema da peça
nem qual o seu palco nem qual o seu lugar

E se ainda se achas que podes fazer pouco
Que nada há que possas tu inventar

Seja uma forma de história apara com outros partilhar
Seja uma forma de memória, para trazer de novo ao lugar

Sejam as razies e as pedras
e árvores velhas
que marcam outeiros a erguer devagar

Sejam as outras – tantas – veladas
Esperando a festa gerada
´pelo nosso comum bem-estar

Quando se terminem os intermediários
E olho no olho
Coração em coração
nos possamos tocar

Por amor e devoção
Fé dos simples
A nos guiar

Não necessitas saber muito
Para a pureza poder achar

Um olhar de virtude
É sempre esse mesmo olhar

Reflectido em quem assim alude
Dois reflexos – virtude a espalhar

Eis o dom de curar
De entre a duvida
O medo
E a falta de perspectiva
Do como
Do quando
De que forma encontrar

Basta teres encontrado uma vez
de a alimentar
de a cuidar como semente que és
para poderes assim germinar

Que seriamos nós cegos
Se nunca tivéssemos visto
Sentido
Vivido
Essa roda viva que te digo:

Dança em círculo
De amiga
De amigo
Sem mais desejar

Simplememnte o estar
Como crianças
Voar

Deixar atrás o mundo
E estando nesse/ neste mesmo mundo
O mundo assim iluminar…

Desse algo que se recorda e se evoca
Ao recém nascido pegar

Desse algo que nos expande
Nesse monte
Em nós a suspirar

Quando nos toca a brisa
Somos nós na brisa a tocar

Quando a luz do Sol nos trespassa
Luz somos nós também a se manifestar

E é também nosso o brilhar
é quando estamos entre o Luar

De floresta consagrada
E dançamos
Sem notar

E pairamos
E assim nos deixamos levar

Sem medo, sem degredo
que da harmonia
nos possa assim separar

Somos também esse algo
Que nenhum ecrã virtual
Poderá algum dia imitar

Somos a vida em essência
Somos vida em geral

Somos dons e frutos
E consciência

Em corpo Humano
A crescer devagar


Expandindo a vida que prezas
Para esta nova era a vivenciar

Indo além do que impera
Do medo
Da dúvida
Que gera
A qualidade do tempo
a se fragmentar


Dedicar-se
Com devoção

Ao caminho
Ao caminhar

Encontrar em ti o dom
E vivê-lo pleno
sem duvidar:

para outros
Que são como tu
Assim promover
Assim potenciar
Assim reviver
E reverberar

E expandidndo
Perseverando
Subindo

Esse monte
Que leva ao teu centro
primordial

Encontrarás
Na subida
Amigos
amigas

E será o teu próprio passo a pautar
Como um coração vivo
Que vai segredando o que te digo
Na tua própria linguagem original…

E ao chegar – já lá estás
E o caminho de espiral
Que fizeste
Que subiste
E que deste
E descobriste
Foi o que deixaste antes atrás

Ao vir e te manifestar
Como pequenas pedrinhas
Brancas
Ou de cores finas
Para te lembrar

o caminho de regresso
puro e vivo
Que trilharias
Junto de amiga
Ou amigo

Se juntos regressamos
Ao nosso grande lugar

As portas abertas estarão
Por se notar:

Que não abdicamos de dar a mão
De ser coração em coração

Além do que a aparencia poderia pautar…

Um abraço de irmão
De irmã

Desde a “curiosidade do despertar”

Até ir descobrindo que a essência
transcende essas questões da ciência

E é como a água e o ar

Que sendo una
É múltipla
E é água – a mesma essência afinal…

Daquilo que papita la no fundo

 além da definição que se lhe dá

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Esposas e rebentos novos fundamentos - linhagens antigas esquecidas despertando de entre as sombras onde estavam sumidas....


onde foram as "ents" esposas?...
de jardins de flores e frutos
e maças de rostos vermelhas
pelo sol de um Agosto perdido...


Onde os rebentos novos...
como dantes
agora para sempre esquecidos...

Um povo velho
de velhos rendidos...
um povo de raízes fortes
para sempre esquecido

foram para o Sul...
ficaram num lugar perdido

e as linhas
e as famílias
das árvores vivas
deixaram de dar importância ao sucedido

Esvairam-se assim os sonhos...
as esposas e os olhares ornos
e os rebentos risonhos
entre o frio desse algo
que se tinha estendido

entre a luz e a Sol velado
entre o seu clamor roubado

entre as árvores de um outro tempo
dourado

no que prata e ouro
eram canto acompassado

mais do que linhas e fronteiras
divisórias e perspectivas
e o poder e o querer
e obter o que se poderia ser...

Sendo, desde já assim existindo
desde já assim sorrindo
desde já assim partindo
pela vereda dessa porta fora
indo
em busca do sol
da vida
da senhora escondida
que está
banida pela nossa consciência dormente
assim velada quando vai estar presente

além de tudo isto, além do jogo da mente
existe um sentir maior
que se sente
que trespassa como luz vivente
que te oriente
que me oriente
num caminho
de louvor,
de valor
que parte desse algo maior

que vela a entrada
que vela a estrada
para quem assim quiser percorrer

que vela a chegada
para quem assim
puder vir a reconhecer...



existe a ponte
arco íris simples

Existe o tempo
a opção o momento

quando

num certo tempo
também tu o viste


sábado, 19 de julho de 2014





Povos de irmãos
Entre luzes
E mãos

Que reluzem ao compasso
Inscrito no coração amigo
De rosto assim enlevado

Assim sentido, visto e vivido
Além do que era prometido
Assim vivenciado,

Tal como pensavas ter imaginado
Tal como sonhavas (a)guardado

Quando
Criança
Crianças falavam
Sem palavras mostravam

Entre círculos dançavam
Sem saberem se unificavam
Sem saberes
Tu então
De mais nada…

A mão to dizia
O coração
que por dentro latia
A tua própria passada

Um tempo, a tempo
Que por dentro
Não te engana…

Essa nossa voz amiga
Desde sempre
em nós levada

Que – desde fora
Parece esquiva
Que por dentro

A sombra apaga…




De volta a esse amor
que não pede nada
que nada concede
que em ti é breve
pois nunca mais acaba

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Vínculos de luz pristina - coração a cocração numa nova melodia de vida








Reconhecer o interior e a força maior… congregar “amigos” e “amigas” para a fazer notar.. em ambientes simples – ponde se possa resguardar – a força da vida, a que nos motiva – com todos aqueles que a reconheçam em vida e assim queiram preservar…

Rostos de sorriso, força devida em plenitude
Força que alude ao que por dentro realizou

Força que nos une
Num acto ameno – nos reúne
Até ao momento no que – por dentro
Se faça eco
Do que por fora se mostra
Além de qualquer diferença
Além que qualquer sombra que tape a nossa consciência…


Além do que a indiferença poderia gerir – 
tanta e tanta qualidade dentro de nos para fazer fluir…


terça-feira, 15 de julho de 2014

Diamantes mágicos - estrelinhas do céu brilhando pelos olhos brotando - irradiando luz e calor - não se notando

Nestes dias , nos que o material parece levar a melhor... despertamos...
e sonhamos... com um mundo que nos traga a esperança de algo - que o ser adulto criança - partilha com as rochas, a brisa, o mar, as árvores e todo o ser que - por dentro - voar....

esses que falam a linguagem das crianças, que ouvem sem se importar - que sabem sem saber y utilizam esse saber - para se libertar...deixando atrás o poder - de amarrar - prender ou soltar...
são os que vão caminhando - nesse brando fumo branco - que nos envolve quando quer, que se manifesta quase, quase - sem se ver - que nos liga y nos faz irmãos - mais além de qualquer convenção ... esse "amar" maior - que nasce por dentro para nossa iluminação interior...
um algo que é sentido, prezado, vivido a e amado - pois - desde sempre portado - no lugar consagrado - esse - o coração da vida- velado - em cada um de nós - um troço de cristal sagrado - depositado...

Espero a sintonia - nestes dias precisa-se essa lágrima cristalina - gota de suor por pura alegria...

sábado, 12 de julho de 2014

ESPERANTO


 
 
 
Aquilo que é importante encontrar – encontra-se no profundo do peito e no transparente olhar…

Aquilo como que não se pode brincar – ilumina avida  e faz a roda da vida rodar

Aquilo que nos anima, ativa e garante a perspectiva

De caminho  de vida achar
 

Encontra-se além da linha
que as palavras conseguem rimar
 

Surge pura – do coração que a segura

Surge de onde não se pode cantar
 

Em cantos de vidas
Se entretecem perspectivas
e as vidas assim entrelaçar…

 

E chegar ao despertar
– de uma nova existência –
através de um reflexo simples
Além da ciência
 
Nova consciência
De um simples olhar
A achar...
 

Através do alimentar esperanças

Ali onde onde as esperanças
pareciam se olvidar
 
 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Juntos mais fortes - uma mesma essência que nos conforte...

 
 
 
 
 
E partir, e ir e procurar- outro solo, outras sementes- onde a semente vivente assim poder germinar – o que por dentro ainda é latente e que – premente – espera o seu concretizar… 
Se não há aqui lugar – seja nesse outro lugar- que tem primazia a vida sobre todo o jogo de mundos que quisemos inventar…
E deixar-se transformar: numa marionete vivente -  de um jogo que não se entende -  mas que todos parecem apreciar:
 
 
 –ficar presos – de repente – como num exército sedente - silente – seres cinzentos, cravados como trapos velhos -  na cadeira do nosso lugar a ocupar – na rotina rotineira que nos leva – certamente – aonde todos vão parar:
 
 
 
a odiar a imagem incipiente, que se vai formando por imitar, essa a máscara que se mostra nesse espelho nesse mesmo dia, o mesmo – sempre velho -  no seu final …
e pretender assim enganar  - companheiro ou companheira – com tudo o que por fora se possa assim comprar – enquanto os dias se esvaem nas  mil memórias, de tudo aquilo que não ousamos desbravar… 
 
 
E se ergue a nova aurora – algures – talvez não neste vale… e se levantam novos ecos, novos passos para todo aquele e aquela que queira caminhar…
 
 
 
E há caminhos novos a desbravar, pessoas a reconhecer – que mostrem uma imagem de viver – no reflexo que connosco queremos levar..
E sorrir por dentro – e assim rever -a luz que parecia se esgotar – e lembrar que essa luz não morre, apenas se transforma em sombra para quem a sombra olhe – quando o princípio nobre – de ser livre… decai…
 
 
 

terça-feira, 8 de julho de 2014

Destino Em verde - abraço além do nada


fica tão fácil
entregar a alma
a quem nos traga - um sopro
do deserto

se nenhum de nós
se sentisse nunca sozinho

se a tua luz fosse o meu caminho
se nenhum de nós se visse 
mais não estaria...




E se os Postes de Maio fossem as árvores Sagradas - retidas em frente do novo Proprietário?



o abraço
que não se mede
que se sente
desde dentro
quente
e se demonstra
em reflexo
num fluxo inverso
dois seres
que se fazem
na noite
um só...

pois nos toca por dentro
sem nos ter tocado

e se as fitas a entrançar - fossem as verdades vivas - que outrora - nas noites esquecidas - paravam por entre o ar... e se as gentes destas lidas, destas terras - quentes e mais não esquecidas - se estivessem de novo a recordar - das tradições, das linhas, da terra - dos dias - que estão - pouco a pouco -a voltar...

como uma pureza viva - em nos contida - como um novo pulsar - um coração trino - uno - entre quem assim o souber velar...

Sendo essências de cadências - notas da melodia a se entrelaçar- além do que diz a ciência do Homem ou da Mulher a se encontrar - está a luz que reluz por detrás de cada olhar... essa que depois traduz - a luz pura que te estou aqui a comentar...

como vasos tocantes que vibram quando tocados - quando preenchidos dessa água e sendo feitos de cristais sagrados - como os novos templos vivos reencontrados e- entre os amigos guardados - em cantos esquecidos e banidos e em novas letras reinventados... ouve a voz que por dentro te conta o que nenhum livro tem em si traçado...









Sentir que as mãos são pequenas para fazer esta força fluir… deixar que saia pura como pura me toca… e deixar algo de espaço para que cada ser veja, sinta e medite aquilo que nos é dado – a ouvir, partilhar e sentir – ou recordar e evocar desde esse lugar de onde nos animamos a vir….

Encontrar um ser irmão, um cento talvez – em congregação – em reunião – talvez alguns a distância, outros em plena união – que se façam luzes vivas neste tempo de escuridão… que sejam assim lâmpadas frias por irradiar o que antes se não via e que agora rodeia as nossas vidas nas almas de nossas mãos erguidas – asas brancas ao luar…
….seres de vida pura que se encontram a regressar… que despertam por dentro e rebentam o seu confinamento – e vêm o que aconteceu ao seu lar… e saber que hão de voltara dançar- baixo as árvores antigas, as Rochas vivas e o Luar… e que o Sol mais não há de imperar – como única estrela viva que assim se mostre entre a gente que diga que tantas e tantas caminham – ainda – entre nós – sem ninguém as notar…






segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quandoa imagem do espelho - revela a criança




As forças que nos travam – para beneficio de uma força que nos esmaga – as forças que nos impelem e motivam e nos ajudam e dizem – segue! – essa é a nossa força antiga – que nos alerta e afaga…

Hoje entre a romagem, entre a aragem da tempestade – entre o caminho enviesado que leva à cidade – como labirinto feito de novo, como uma galinha mais sem ovo – como algo fechado- por dentro lacrado – que em si mesmo tem a resposta do que esteve – desde sempre – assim oculto ou velado…

São essas forças amigas  - bem antigas –que marcam o ponto do dia a dia – essas que – ponto a ponto – por mais que se diga – nos mostram o caminho à casa e ao lugar da vida mais antiga:

 – essa que se convergia, a que se vivia; que se celebrava e nos alimentava – além do que tudo o que o resto mandava – essa não mais escrita – velada – nas pedras vivas - ainda alimentada…

Para quem a sinta, para a gente convidada – a entrar na roda espiralada, na flores guardada, na noite mais escura – por dentro assim iluminada – para que seja dia entre quem caminha na noite mais luzia e não assim pela luz cegada…



Consagrada em excursões apagadas – de gentes que +assam, cabeça baixa – por orgulho desmembrado ou memória de povo velado – dão as voltas não dizem nada
Desde os calvários antigos – debaixo da igreja escondidos – seguem e seguem na sua romagem
E perseguem o que alma pede – aquilo que mais não se escreve e que por dentro nos é revelado…




uma voz de criança, num meio qualquer
uma voz deforma de ser de mulher
que renasce
quando é grande
e se deita
quando se desfaz
uma voz que que se mostra
 quanto tempo é capaz...

e a voz que ouvezsem velho
se faz o que eras em espr'ança




Algo em nós é sagrado
Consagrado à nascença
Depois esquecido
Apagado

Por mais do que a crença
Se mantenha
Quase igual
Em todo o lado

Uma obrigada
A ferro e fogo marcada
A outra escrita

Sem que ninguém
Tenha em si a dita
De a ter ditado

Uma a força da vida
Sem brida
A outra a força de vida lacrada

Uma escrita e repetida
Ladainha assim expedita
em jeito de verso
transformada

Outra a força da linha
Que se faz curva de
jeito espiralado

Que canta e grita e brinca
Em ti
E um pouco por todo o lado

Se estiveres
Atenta
Atento – sentirás e ouvirás
Essa força viva
De que te estou afalar
Como danças com os elementos
Sendo o elemento por eles alimentado

Estando assim no centro
Por eles
Todos eles
Assim centrado


Como pairar
Estando assim parado

Como estar sem estar centrado
Diluindo de olhos abertos
Como o fazes quando
o fazes de olhos fechados…

Esse caminho livre
Lentamente revelado
Vai com os puros
E humildes

Os que o encontram
Por mero acaso
Guardado
Nos seus tesouros escondidos
Não mais vendidos
Não mais tidos
como o tesouro maior
a ser apontado

Com avida toda
Do que nos foi dada
Por senhor ou senhora
Além de qualquer fado
Ou obra completa ou inacabada

Seja a verdade prometida
No teu coração
No meu contida

Esperando um certo canto sagrado
Um certo momento
Um certo tempo

Nunca dantes levantado
Para ser assim rezado
Para ser assim celebrado

Para ser e estar assim solto
Como canto de luz desconsolado

Evocando o tempo antigo
O livre e belo passado

Além das redomas e das cúpulas
Que nos mostram
A pequenos
De antes
A  quem a vê

A tua própria essência que ecoa
Além de qualquer ciência
gerando pontes maiores
Para quem realmente o É….

Verdadeiros primores
Que nos orientam
Até Aquele
Sere(s) maior

Os que por dentro
Ainda
Nos sustentam

E que – encontrando-se
Lado a lado
Reverberam
Como vasos cristalinos
Regenerando
A força viva 
Do mundo anterior
Evocando

O canto vivo
Por louvor
A força anterga
Por Amor Maior

Que se mostra…
Que se esconde
Entre quem assim desmente
E quem assim planta
A devida semente
No seu jardim interior

Esse que desde sempre
Se mais não se nega
Como em certas caminhos
ocos velados escondidos
Como numa certa trégua

Se apostas, se te mostras
Além do que a visão mostra
teu verdadeiro mundo anterior…

Tua visão maior

O ver o monte e subir,
desde a perspectiva
Que pensavas, Mais não existir

Sem querer
 Deixar atrás
o que te fez
num princípio
partir

Para no regresso
Poderes assim despertar

Cantando
Uma mesma melodia
Aumentando

Crescendo de luz e vida
Entre quem assim afina

Fundamental que nos anima
Assim
Um dia
Uma noite prometida

Desde a Origem
Desde a Vida

Num qualquer lugar
Desencontrado

Pelos escolhidos
De novo
Assim achado



Numa qualquer via
Numa qualquer estrada
Aparentemente sem saída
Aparentemente vedada

Quando juntos
Irmanados

Nos vejamos
Além as vestes
Que nos mantenham

Velados
Ou afastados

Tu que sentes

E que vês
E mais não mentes
A aquilo que és

Que não repetes palavras
Usadas
E gastas e marcadas

E sentes as novas
Desde ti jorrar

Como um rio
De vida
Noutros  rios
a se ligar

Essas mãos amigas
Com calor interior
além do que o tempo diga

Que se dão de mão em mão
Abraço antigo e puro
De coração vero
A coração sincero

Esses que se escreviam
Se se descrever
Esses que ainda valem
E existem
Mais não para aqueles
Que trazem as luzes que bebes
Quando olhas em ti
E em mim…

Mesmo sem se deixar
Ver

Mesmo sem se saberem
Se reencontrando
Mesmo sem se perderem
De novo se achando…

Nos lugares
que nos foram dados
aguardando

Entre obeliscos e os monumentos parcos
Monumentos erigidos
E assim redigidos

Para visitantes de outros confins
Tantos para quem vem aqui
Ver
Visitar
E seguir
E talvez partilhar
Algo do que aqui
Se deixou para lembrar


Entre os paramentos
E as rápidas coisas
Entre os mais rápidos
E os caminhos lentos

Há esse O CAMINHO
Esse O LUGAR
Onde tu e eu
Um dia, Uma noite
Num tempo certo,
Sem se combinar

Nos encontraremos
Além da raiva, da ira, do medo
Além da dúvida
ou de qualquer segredo

E nos veremos
de forma original…
Saberemos
O que detrás do espelho
Nos escondia o verdadeiro olhar…


Esperemos que chegue a mensagem a tempo
Além do que te estou aqui a contar
Por as teclas são pequeno instrumento
Para de tanto – de tanata essência
Poder evocar

Lembra
O rio profundo
Que regressa
Ao seu verdadeiro lugar

Enquanto o resto do mundo
Divaga
E segue na estrada
Para qualquer ou nenhum lugar…

Passar a ponte marcada
E esperara hora lacrada

Que quem encontre o sentido
Vá estabelecendo pontes de vidro
De brio
Invisíveis assim para qualquer outro olhar
 para o que outros pretendam
como sempre,
procurar dominar e fechar

Sem terem sido previamente
Desde dentro
Desde sempre
convidados assim
A despertar
Germinar
E florir

E nesse jardim
De novo entrar…



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Como cuidar e trazer aluz de volta nos corações nos que a luz se quer apagar



Caindo
Esqueceram
E se ficaram
Enterrados
Num limbo que mais não acaba
Até despertar
Como tem de ser
Neste
Ou noutro lugar
Pois não pode o ser Humano esquecer
Da essência
Que o fez germinar
Nem da própria fonte da Vida


Que o anima
E que o chama
Dia a dia
Para ir
E voltar
E assim alimentar
De agua nova e viva
A perspectiva

Do ser Humano em geral…