Música

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DEVOÇÃO


O "Truque" da música está logo no início... depois é um continuar do "segredo" revelado ao começar:

"Love... Devotion...
Feeling... emotion"

Já sabemos - emoções... de "emovere"... é o movimento da vida... é a cor garrida - que encanta e espanta e que atrai a criança que inicia o seu caminho desde o além para o Grande (A)Mar...

Sentimentos... pontes de estabilidade... nesse mar de cores - arco íris para a eternidade...

Agora... a devoção...

A vista clara - olhar singelo e simples - ver por dentro... o "cor"... o centro...

...coração...

Devoção - o olhar a virtude, a vida, a verdade - para além dos véus deste maravilhoso mundo: aqueles que nos envolvem enquanto a vida parte... se "emove"... o caminho traçado nos céus desta nossa esmeralda vivente...

...ecos de um momento - passado... eternamente presente... que levam do transparente cristalino às cores sorridentes... ou do seu vigor pristino ao centro puro e pungente do radiante destino que mantém este nosso mundo em harmonia transcendente...

Do mar do ruído às suas vagas ordenadas... das palavras rudes e sem sentido ao canto harmonioso que o peito afaga... do ronco urro do que perde o juízo à voz suave e sentida da eterna criança...

Das mil e uma formas garridas ao caleidoscópio mágico que lhes dá vida, cor e ser... dos reflexos vibrantes nas paredes cristalinas ao feixe luminoso que nos transparece para reviver...

Para além do branco negrume e do negro fulgor - está a vida que se consome em chama pura de ardente esplendor... ouro sublime, mistério guardado - para que na devoção do ser simples possa ser encontrado;

Das formas puras ao seu conteúdo subtil... da gema timbrada ao mel dourado que as faz refulgir...

Do calor que emana - neste nosso chão que passa - em nós entrelaçado nos dias de Verão
Ao corpo que enrijece - triste solitário que envelhece - num estio sem fim rumo a uma infinita ilusão.

Esferas que se abraçam - espaços abertos que se reconhecem - essências que se mesclam... fazendo mais puro aquilo o que o tempo não envelhece...

Essa voz anterga - que te fala desde dentro... a ti... e a mim...

Esse diamante pristino que se revela em cada encruzilhada de um caminho no que soubeste dizer o teu não... afirmando assim teu verdadeiro "SIM"!;

Da palete de cores - garrida que gira  sem cessar... estando os seus limites traçados neste chão que a vida pretende semear - branco eterno se olhares sem questionar...

 - até ao centro imóvel... esfera cristalina: que se entre-cruza e ilumina - neste teatro de luz e de sombra de papéis representados sem delonga... correndo... desesperando... esperando que os papéis representados nesta divina comédia desenhados sejam a verdade que ecoa no coração...

E sabes tu... sei eu... sabe o mundo inteiro de antemão:

 para além do espelho... detrás das cortinas deste mundo velho - novo templo desvelado - se esconde o que contempla e sorri em cada gesto de graça - aquilo que eleva e abraça, o que revela de relance o reflexo distante da alta colina inflamada no espelho do peito a ferro e fogo gravada pela verdade que se não apaga...

tocando-nos em cada gesto - em sublime segredo que deixa atrás o medo - revelado mão em mão...


That's not the beginning of the end
That's the return to yourself
The return to innocence
Love - Devotion
Feeling - Emotion 


Enigma - Return to Innocence

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TE QUIERO! LIBRE!...





Sem estar encadeada a tua virtude pelo falso brilho do Ouro dos loucos... o vil metal que impressiona, a falsa sensação de poder que atrai... a ilusão da imagem que seduz...

Mas pelo firme valor do teu ser, pela opção serena de ser quem és... para além das correntes que nos levam ao falso mar: não aquele que se escreve com ALFA GIGANTE - que implica a firme e decidida VONTADE de se querer - AMAR - entregar...

Quero-te!

Oh como te quero - como quero essa tua VIDA - essa TUA LUZ... se espalhando LIVRE - não porque a tenha eu tomado ou feito Minha - mas porque tu me viste e assim ma deste!...

Assim te quero - mulher virtude!

LIVRE!

Não porque te engalanaste para encontrar meu olhar - sim porque me encontraste quando me olhaste - e lá no fundo reconheceste o teu mesmo ser... o teu mesmo olhar!...

Não porque te menti - com palavras vãs - fruto do tempo no que: FULGENTE - o Sol se ergue no seu Meio dia: queimando a flor branca e esguia com sua puçante força sem par...

sim porque te vi - serena, viva: singela... o mistério velado pela luz de teu fado que o véu da vida nos vai ajudar a descortinar...

Como o mistério do ser que te fala, daquele que embala - tuas noites com o suave calor do seu estar... os teus dias com sorrisos sinceros e mágoas que juntos podemos curar...

Sim - branca te quero - como a flor de azahar... para: confiante, livre : VERDADEIRA - possas esta terra voltar a plantar - de sorrisos cristalinos, de gestos meigos e traços finos: do teu suave toque sobre a rude casca desta árvore no vento a dançar...

Para que - sublime - seja mais sólido que o diamante a firmeza da mão que comparte o caminho da vida que a dois se faz par;

Que os ventos dos dias se marchem... longe a qualquer parte - e que deixem o sereno vislumbre do nosso abraço mais puro e das mãos dadas: companheiros - de um mesmo caminho a trilhar;

domingo, 9 de dezembro de 2012

Tempestades... barcas e estrelas de esperança




Que fazer? Quando as marés dos dias parecem passar sobre a barca dos sonhos como negras sombras ou mostrengos medonhos... e nem a perícia do navegante, nem a dureza das tábuas bem alinhadas deixa entrever esperança entre a força do mar rugindo de profunda raiva?...

É ai quando me precato da fragilidade deste meu barco, das suas intenções marcadas a leme, das estrelas da vida semeadas no chão daqueles que se ame e se tem em mente...

É nestes momentos, nos  que tudo treme... nos que me sinto vazio ou desprotegido e as referências válidas se esvaem para longe do meu pequeno e esquálido navio navegando águas antigas procurando a estrela da esperança para a trazer de volta ao meu povo sofredor...

Entre tanto desvario - um abraço - um eterno abraço - simples, abrangente; transparente pertença do regresso - ao Um que era dois... que se reencontra enrolado, num ventre apoiado, numa calidez viva amparado... sendo um novamente e recuperando - célula a célula - todos os tecidos rasgados, os tendões rebentados e os ossos moídos... as ideias exauridas e as emoções presa do medo e da falta de sentido para rumar neste mar vil... sem estrelas, sem sol, sem luz, sem lua - que apenas pretendeafundar minha pequena barca que ruma para o grande e amplo amar...

Assim - obrigado pelo teu terno sorriso, pela presença simples, pela brincadeira entre nós inventada... porque me fazes humana pertença... me trazes mais perto da graça e essência de estar humano e de sorrir assim - simplesmente - por te sentir;

Obrigado

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Esferas de vida que se entrecruzam num ponto de luz


Partilar o interior de outro ser humano... por dentro acariciá-lo...
Unir o mais sagrado do que é meu a aquilo que é teu...

Essencia feita toda uma - ponte de ternura, devoção - entre e atenção

E estar tão perto de si, consciente - como duas esferas que entrelaçadas - são três

Vês...? vês a terceira esfera no ar a pairar? 
Sabes, sentes, és - a única esfera que se vê por detrás?

Essa que se mostra em outro rosto, outras formas, outras maneiras de ser e de falar:

Gotas de chuva - preciosas... filamentos dispersos do nosso grande Mar- 

contas de vidro garridas - vestes etéreass de verniz imbuídas, rodopiando sem fim num jogo de harmonia sem igual...

Trocarias tu a pristina essência cristalina dessa tua esfera a habitar colocando nela todo o ruído de fundo - o barulho confuso do muno - se podes - em verdade, em vida, em clareza - entrar na sintonia mais pura - na simetria verdadeira - e ser parte da dança da vida de forma desperta - serena - exemplar?...

Onde parecem dois - são três...

E onde parecem três - é UM

Eis a responsabilidade: de decidir o rumo da tua esfera e de ser parte de uma esfera maior...










segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Laranjeira - flor nobre, estival e de forte cerviz




De um ser de Lua ouvi o canto: sereia que às praias me aproxima - eu marinheiro dos dias -para o além vogando... ouço, considero... dura sina!

Outrora houve os tempos, nas que as árvores de prata se entreteciam - nos dourados raios da luz da Aurora - e nem havia estrelas que se assemelhassem a luzeiros... nem manhãs estrondosas que serenos fogos fátuos destruíam...

Certo que - neste mundo que agora corre - andam deus e o diabo, procurando uma melodia que os transporte, para o mesmo céu tantas vezes sonhado - que um e outro deixam de lado - pelos frios e ardentes raios e labaredas que nos consomem as vidas e as fazem veredas - de espinhos sem rosas, de cardos sem prosas: de dias e horas vazios preenchendo trabalhos esquivos para pagar outras tantas fúteis verdades;

Dito isto de início - fica bem o perguntar - se a tua alma é assim tão doce, teu sentir tão simples - teu sonho tão ousado de sonhar: porque a tua barca voga - constante - para águas de assustar:

se o rio da vida flui de mansinho para todos os que escolhem a verdade no seu vogar;

Simples, puro e transparente - eis o abraço de um irmão... como somos seres que se entendem - de onde virá essa incompreensão?...

Sabemos que os corpos clamam - pelo calor que os faz vingar... tal como sonhos requerem outros sonhos para em vida se transformar;

Se - a chama da vela - queima tua graciosa mão ao te aproximar: por muito que gostes da sua luz sagrada - não será mais fácil tua mão afastar?

E - se na noite escura - te falta a estrela guia... se teu norte aponta ao chão, ao ar... ou ao imenso mar: recorda que os passos concretos de uma vida simples são sempre passos serenos para ao cimo chegar;

E - quando sobes um monte - que é o teu mais: aquilo onde podes e queres chegar - lembra que há passos... tantos passos! que custam imenso a se caminhar...

Seja essa a medida que te indique a subida ao teu mais sublime: ser... e estar - pois em cada passo mais perto do cume - é também o teu centro que se está a aproximar...

Agora - jovem donzela - pondera por favor este mal: se corres, se notas já a pradaria imensa e o verde e as flores e a água que se esvai... para esse mar imenso aonde todos iremos um dia navegar - pensa:

estarás subindo ao mais alto de ti... ou corres vereda abaixo de novo para esse vale onde os sonhos se esvaem e a água pura da montanha se faz lagoa ou pântano sem caminho para seguir a seu mar?

Onde - depois do entorpecimento que deixa o embriagamento de um momento... depois das hormonas que dançam sem cessar... de endorfinas que nos preenchem os olhos de febres divinas e de cupidos que nos atravessam para depois nos abandonar: qual o destino na vereda, qual o caminho que te conceda - a graça de seres tu mesma afinal?

Se há caminho... e há!

Se há caminho - o TEU caminho - para o centro do ser que te é dado habitar - lembra que pode haver portas: oh tantas portas! - que, como raios de roda que não se permite o parar - partem dos extremos:

das suas frias periferias... atraídos por emoções ("emovere") que dão lugar a pontes de arco íris de situações vividas e estabelecem sentimentos - mais nobres...

... as lages firmes onde ir pisando - procurando - esse tal amor que: no centro da tua roda - espera e se demora - para te ajudar a encontrar: esse teu verdadeiro ser - que a pressa deste mudo pretende vender, delapidar ou velar...

Tu que despertas - que és sábia nesse teu centro alerta - acorda para a verdadeira vida de estar livre no centro do teu ser singular:

Assim olhando, sorrindo, dando a mão e abraçando - outros que, livres caminhem sem se prender - ao banal prazer, ao habitual correr, ao intenso apelo do imediato desvelo....

Esses, que ignorando o medo, sabendo profundo que não estão sós entre as legiões de seres perdidos neste mundo, dessas grandes almas feitas seres mendigos por venderem sua essência pelo vil pó;

Esses - peregrinos - que a nada mais obedecem do que ao bom, ao belo, à verdade e ao amor espontâneo: simplesmente traduzido no olhar sereno, na postura humilde, no estar atento ao que passa e connosco se alinhe no gesto imenso de se dar a mão:

São esses os que apenas caminham para libertar;

Tantos caminhos - tantas aves e ninhos - tantas cores garridas a admirar e - no entanto - peregrina dos dias - apenas um - um só - é o teu passo e a tua forma de andar;

Não corras como os que mais correm!

Não corras tanto apenas por correr ou não ficar atrás!

Tu sabes onde fica teu rumo, teu destino é teu cume - por isso vai - em passos serenos que demonstrem - dia a dia - quem és;

Nem atrás te deixes ficar - sempre que os que já não correm pretenderem mais - mais adeptos da religião do degredo, da falta de sentido para aqui estar: recorda que um dia entre eles é uma eternidade sem par - e o preço de se perder o rumo é - para sempre - deixar-se ficar...

Tu - decidida - não ignorante nem convencida, tu encontra teu poiso, tua planta a sentir - pé firme neste nosso chão... caminho de vidas antigas que ecoam no coração, de vozes livres entoando a nossa mesma canção:

 que há um sentido presente em cada peito que sente a vida como verdade e a verdade como passos sagrados - em primor partilhados - neste mundo recriado como pano de fundo da nossa divinal peregrinação;

Depois - com determinação serena - dessa que vem do centro da vida e não de qualquer ideia confusa comprada em praça ou arena - shopping moderno para o viajante incauto de visão turva e mente dormente - tu: vai!

Passo a passo - no teu PRÓPRIO ritmo e forma de caminhar.

Pé ante pé - olhar na ponta pousado quando te atreves a subir o cume sagrado desse teu Ser - com o lombo carregado pelas coisas que a vida já se atreveu a te ensinar;

Pé ante pé... desglosando - o termo amar, amigo, simples - cantando: os termos "companheiro", "compromisso" comungando - conceito feito vivência de uma mão dada e de um abraço celebrando...

E assim - sem mais - que a Primavera da vida nesse teu ser de mulher - menina  se faça virtude - Laranjeira em flor que alude - aos sólidos e régios passos daqueles que sobem: com alma e sentir - com firme e esclarecida vontade - caminhando sem descair.

Confio que saberás encontrar a tua estrela guia, a tua serena torre - fortaleza de virtude vivida, o teu próprio ritmo - para além de todas as modas e perspectivas - e o teu próprio lar - objectivo final da vida que te dispões a caminhar;

Um saúdo peregrino, de alguém - cujos passos dividimos neste amplo caminho da vida para o além que nos quer abraçar - ecos distantes que se fazem presença constante e sorriso ameno ao recordar - em segredo - um outro sorriso que me fez iluminar, crer, partilhar:

simplesmente - celebrar - um pouco de vida simples num lugar esquecido entre tanta gente a murmurar;

Ultreya et sus Eya

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Laranjeiras - o Pomar de "El Andaluz"

 
O Jardim das flores brancas: simples e garridas como estrelas coloridas

Diamantes do Céo que alimenta a espr'ança;

Fortalezas de carne e Osso - sustendo Firmes - os nossos sonhos de Criança



Alimentando pacientes esta nossa Vida enquanto ela se detém nestas nossas praias



Grãos de areia - pedras simples - feitos Ouro na Lembrança

Olhar distante do Céu de luz para a costa agreste - nossa casa

Termo antigo que traduz - Saudade - o eco antergo que nos marca



Em inclemências - rudes e subtis: as horas Frias deste tempo que passa

Rápido, lesto - sem por-vir

Ameno, singelo enquanto abraça

O cálido e sereno ressurgir do solarengo sorriso em Confiança



Vida Virtude desconhecida

Neste Mundo por nós Plantada

Espaço Novo - Cor no Escuro

Legado Simples - Eterna Herança

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

The Ent and the Entwife




The Ent and the Entwife

J.R.R. Tolkien - "As Duas Torres"


Onde foram as "ent-esposas"?...
Plantavam e cultivavam nos jardins do outro lado do GRANDE RIO...

Até que Sauron - lá chegou um dia - e deixou aquele pomar feito num ermo... estéril... vazio

Nós os Ents bem procurámos... em vão mantemos a vaga lembrança - da sua - face e juvenal posança... pois delas ficou - da memória do seu calor - o seu espaço abandonado, seu eido baldio... e - entre os nossos braços: pelo tempo dobrados - do calor que sentimos... ficou a marca do frio...


Ent:

When spring unfolds the beechen-leaf and sap is in the bough,

When light is on the wild-wood stream, and wind is on the brow,
When stride is long, and breath is deep, and keen the mountain air,
Come back to me! Come back to me, and say my land is fair!

Entwife:


When Spring is come to garth and field, and corn is in the blade,

When blossom like a shining snow is on the orchard laid,
When sun and shower upon the earth with fragrance fill the air,
I'll linger here, and will not come, because my land is fair!

Ent:


When Summer lies upon the world, and in a noon of gold

Beneath the roof of sleeping leaves the dreams of trees unfold,
When woodland halls are green and cool, and wind is in the West,
Come back to me! Come back to me, and say my land is best!

Entwife:


When Summer warms the hanging fruit and burns the berry brown;

When straw is gold, and ear is white, and harvest comes to town;
When honey spills, and apple swells, though wind be in the West,
I'll linger here beneath the Sun, because my land is best!

Ent:


When Winter comes, the winter wild that hill and wood shall slay;

When trees shall fall and starless night devour the sunless day;
When wind is in the deadly East, then in the bitter rain
I'll look for thee, and call to thee; I'll come to thee again!

Entwife:


When Winter comes, and singing ends; when darkness falls at last;

When broken is the barren bough, and light and labour past;
I'll look for thee, and wait for thee, until we meet again:
Together we will take the road beneath the bitter rain!

Both:


Together we will take the road that leads into the West,

And far away will find a land where both our hearts may rest.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Caminhar: mãos dadas ou voar...

Dizem...

Dizem que os Deuses - com ciúme, receio... ou simples saber que antecipa caminhos que poderão ser enviesados... separaram o masculino e o feminino para que - procurando-se... talvez... se encontrassem num centro imaginado... sonhado... ansiado...

Dizem... que a fonte de vida... que jorra entre duas circulares entrelaçadas: uma negra outra branca... se encontra guardada por serpentes que barram a entrada ao que a procura por força, artilúgio ou manha...

Dizem... que a lua é sapiente... e sapiente o Sol quando levanta... uma serena, sensível... estendida: como a superfície de um lago cristalino que reluz a noite como fina prata...

ele pleno... firme... irradiante... tão pujante e como a voz firme levantando de oriente: que é ouro de dia... e de noite mata;

Para aquele que caminha - no raio dourado do sol poente - a Lua anuncia o fim de uma jornada... como a voz timbrada e máscula ou imponente parece ruído ao que ouvo sua voz fina e serena na sua dança transparente em pisadas subtis de flor branca ou de fada...

Para quem suspira... por figura sólida outrora criança: a luz quente do Sol eminente ou o som de um galo quando espanta - as névoas das sombras embalando os sonhos dos dormentes antes da aurora e da madrugada -  serão afrontas ou cardos secos... como os espinhos da Rosa sem saber tomada...

Há um tempo no que ambos se encontram... há um tempo no que as luzes dançam... tempo no que a Lua é vigente... sua luz dourada, no que o Sol é sereno... sua vontade prateada...

Eis a ponte que une mundos... horizontes longínquos baixo o mesmo fluir... como um rio que corre sem pressa... cujas águas são gotas... e o mar por vir...

Há uma escada... para o que quer subir... há estrelas e sonhos... e degraus de mármore para sentir...

Valores que marcam Norte... como via e sentido para poder ouvir...

Com voz clara e transparente... o silêncio feito melodia... a vida feita gente... o pó e a lama como harmonia... e o ruído como graça latente...

Haja quem ouça e compreenda - o que dizem os astros, o dia e o luar...

Haja quem faça sentido entre a confusa voz quando aparece em ondas discordar...

Pois se as vagas do mar se contam e se fazem números... também os humanos poderão caminhar...

Mão dada - abraço presente - de quem dá e recebe sem haver poder, oposto ou complementar...

Apenas a mesma forma feita Presente... num gesto simples a manifestar...

Assim - juntos - há caminho e há lembrar... que a vida vem ao estar presentes: ser que recebe e ser para se dar...

Quem é quem nesta história - cabe ao sol e ao luar...
Dizer se é calor a noite escura... se é frio o sol brilhar...

Certo é certamente - neste tempo dado para andar...

Quem caminha só entre tanta gente e quem procura - na VERDADE - encontrar o seu par...

Dizem que os Deuses - o humano quiseram celebrar...

Seja hermes ou afrodita... seja forma e essência... casca e sêmea da árvore singular...

Rouach, shekinah ou torah... seja linha, contorno esquema... seja côr, preenchimento ou manifesto que fala e sente como igual...

Assim - caminhantes todos: nesta peregrinação especial...

Nem roma, jerusalém meca ou medina...

Cor... acção... centro de vida a palpitar...

Que umas vezes contrai outras se agita - impulsando mares vermelhos por navegar...

Por cada veia e artéria definida... nesta vida feita gente.. no espelho da vida a se mirar...

Encontra amigo - amiga - o teu passo neste vagar...

Teu caminho - tua rota definida... teu centro de espiral sem nexo...

Teu círculo perfeito na mão que te ajuda a avançar...

E quando lês estas linhas - sente que estás a comungar: com irmão peregrino em terras desconhecidas... com navegante lendo estrelas de um verso singular:

Escrito desde sempre entre as margens - de rio que flui sem pressa
Entre as veredas bizarras de um país sem igual...

Planície deserta - castelo... praça - floresta... edifício e tronco... árvore viva: pedra filosofal...

O mesmo olhar que se mira - de um e outro lado - do tal espelho vital...

Estrofes de poemas incompletos... sinfonias por terminar...
Capelas inconclusas... monumentos... do mesmo plano original...

Que nos une e faz concretos - nesta esfera a rodar?
Que nos dá força e alento... no peso da jornada em seu final?
Que nos alimenta e ergue - em cada queda do caminhar?
Que nos pede alento... e dá susttento - nas pontes estreitas a atravessar?...

Pois parece que a porta é estreita... e o fardo carregado imenso para a passar...

Quem verá esperança onde se apontam erros... quem verá a virtude no estrume deste chão?

Será a flor o fruto sem o sólo e seu negrume... será a Rosa tão pura sem húmus a sustentar?...
Será o loto imaculado flutuando nas águas... que escondem o lodo de onde se ergue singular?...

Seja assim feita sentença - entre a lei, o seu sopro e a sua comunhão...

Andar - andamos todos - olhar no horizonte.. coração palpitante... e pés bem assentes neste chão...

Abraço fraterno - de quem sangra quando o ferem... de quem sorri quando lhe dão a mão

domingo, 11 de novembro de 2012

O que foi... volta a ser...


 

Numa época passada - sem planeamento familiar institucionalizado e sem tratamentos eficazes para Doenças Benignas é natural que a virgindade se entendesse como uma virtude a conservar até ao momento de um compromisso claro e sólido que permitisse à vida humana - no amparo da família - continuar o seu curso através dos tempos sem perdera referência de harmonia que a caracteriza... equilíbrio entre gerações e sustentabilidade entre os pilares masculino e feminino...




No mundo actual - sem compromisso sólido, família estável ou nicho de suporte que permita à vida não estar manipulada pelas instituições inicialmente criadas para a servir e proteger, o regresso às origens e o recordar dos valores por detrás do funcionalismo é um desafio necessário para aqueles que ainda crêem no equilíbrio de uma situação que nos foge das mãos em cada dia que passa: é a vida e a sua qualidade e sentido que estão em causa face a uma força que pretende encadear seu livre destino e indiferenciar seu garrido e variado manifestar ao longo das eras...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Será?

Porque será?...

Porque será que os meninos têm esqueleto firme, massa muscular proponderada, voz grossa e resistente forma de pensar?

Porque será que as meninas têm útero e mama, estrógeneo de rotação em luar, estrutura mais leve e ondulada e pensamento variável como Primavera estival?...

Serão uns casca da semente singular?

Serão outros sêmea desta vida nossa afinal?...

Estas são as perguntas que os meninos e meninas do amanhã farão: sem ter resposta evidente ou registo legal convincente... pois mudar muda toda a gente apesar de que - realmente - mudar, não muda ninguém...

Será um Sócrates de antigamente um ser menos inteligente do que um outro deste século que agora se arma em filósofo em terras de além? Ou sera o Siza Vieira mais apto com tanta ferralha electrónica do que aquele que sacou esquadria ao planalto de giza egipcio ou à grande muralha do chinês?...


Pois saber - sabe também toda a gente - que homem e mulher fazem o mesmo e o mesmo o fazem bem -pois é assim que a sua mamã natureza os estruturou para durar... ou esta é a mentira deste novo século - uma que veio para ficar...

Do Deus fizeram Deusa, da tecnologia natureza - uns e outros gente tesa de valores a cultivar: pois enquanto uns abriram estradas através do mar os outros pintam de cores o que se deve mudar: e o pobre segue pobre a dormir no beiral - pois nem os de outrora lhe achavam sorte nem as de agora lhe querem melhor final...

Então - porque ninguém fala? Das razões que levam a esta crise edas situações que a mantém... será porque calha?

E se calhar faz bem.. a quem faz bem esta tralha?...

Assim à criancinha do amanhã - ser único e bizarro: inteligente teclador de  olhar triste e corpinho pálido - ninguém poderá explicar a história do Cro-Magnon que desapareceu desta parte do globo terráqueo, nem porque se dividiu o que foi feito para estar unificado, nem o que aconteceu aos homens e mulheres que tanto diziam preencher as ruas das praças das vilas agora vazias nem aos risos e cantos de antes... tão naturais e próprios como os aventais e corpinhos e as jaquetas e cintos vermelhos dos homens de negro e de branco...

Ninguém lhes falará de 20 milhões de homens mortos nas trincheiras da primeira enchurrada, nem dos muitos mais milhões que foram varridos na segunda abada... tudo plano sem sentido de uma guerra mal amanhada... não fosse o esturro que gerou quando as coroas antigas foram apagadas... preço a pagar quandoo vazio ocupa o lugar da ordem anteriormente guardada?...

Ninguém lhes contará que o Rockefeller não é apenas um "center", uma enorme ONG que ajuda quem precisa de forma desinteressada... e que patrocinar patrocinou de tudo... até a indústria armada...

Ninguém lhes contará a história da frase do "yes we can!" - pois toda a gente lembrará : "OBAMA!" - e os cartazes de mulher com biceps, macaco comuna e lenço de cabeça rapada já há muito tempo estarão enterrados - dos anais da história apagados - como "histórinhas tristes" ou "contos de fadas" e - de meninos de Huambo - já ninguém quer falar e preferem pianos selvagens a realmente "recordar"...

Nem ninguém fez contas - a quantos empregados se devia colocar: nas linhas de produção das fábricas para armar... nem quem ocupou os postos dos vinte milhões que não voltaram a regressar...

Enquanto alguns espertos - que nunca foram para o frente morrer ou matar - se entretinham com o Marketing do movimento que estavam a gerar: o feminismo foi nascendo baixo o lema do punho e da cruz a imperar e o machismo foi morrendo porque vendia pouco a quem queria empregar...

No espaço de pouco tempo - os lares que havia unidos - esta força bizarra começou a separar... e as histórias de competir por um posto, uma vacante - o "meu lugar" - começaram a deixar de ser anedotas na aldeia para ser verdade a imperar...

Onde outrora houvera galanteio e namoro... onde houvera espaço para conhecer, escolher e se deixar mirar - abria agora a brecha no dilema amargo - de ter de sobreviver deixando o lar de lado... e assim a magia do "tem de ser" se sobrepôs ao "não" rotundo e determinado - que em época onde todos caem ninguém fica de pé entre projecteis lançados...

Depois, à medida que muitos regressavam  - do frente militar - havia lugares preenchido que era necessário reformular... mas - "yes we can"! - por isso à que pensar o papel dos tipos nesta sociedade sem par... assimn aparece o apoio dos poderes "to be" - aos movimento gay, lesbo e "bi" - não seja que uma sociedade - sem padrão e sem pilar - depressa esmorece e cae como a Roma de outrora ou o Egipto milenar...

Resulta estranho compreender como se pode um ser humano separar - do seu pai, mãe ou rebento aos seis meses - quando para de amamentar... pois valores mais altos se levantam - e um deles é o amar... perversão simples e singela que lhe diz à mãe ou pai - que deve vender o tempo com os filhos porque tem de lhes garantir na sociedade um lugar... e estes nem se questionam acerca da sociedade, do filho ou do tal lugar... vão depressa correr para por os dois a trabalhar...

E os tais amigos "bizarros" - "sem dó, nem deus, nem fado" - aquecem as mãos a pensar - que num mesmo lar duplicam-se gastos se forem dois a tributar... mas o pessoal fica cego e só pensa em trabalhar - e nem contas faz à vida e não entende a patranha mais díspar - vivem os tipos 72 anos, vivem as tipas oito anos mais... eles descontam toda a vida e elas recebem como par...

Depois - pousamos as armas - porque contas eram para as fadas do lar, que eram vítimas e escravas e por isso mesmo geriam o tempo enquanto o tipo picava ponto a trabalhar (ficou a dica para a cantiga ao desafio - que era tema antigo que fazia as gentes do povo pensar - enquanto substituíram os três "f" - de fátima, futebol e fado - passaram ao face e ao estar fdd e mal pago - com a devida correcção gramatical);

Resulta bizarro compreender porque não pára de aumentar - desde os anos 40 a taxa de suicídio entre a tal "raça" a governar - pois entre homens tem 40% de aumento... e segue a aumentar...

Resulta confuso perceber como se altera a constituição - e quando se vota "livre" se obriga a 25% das nossas listas a terem 25% das nossas mulheres - quer elas queiram... quer não;

Resulta enfadonho compreender como se gere a questão - se os rapazes aprendem por ludo e as raparigas por listagem formal... porque se permite que uns se matem no 6º ano só porque não têm a mesma nota num sistema que é injusto e dispar... se poupamos vidas e fazemos justiça ensinando diferente a quem diferente pode aprender... e ensinar...

Ou as tipas pensam que os filhos são burros ou os tipos pensam que as filhas são geniais - ou ainda não pensaram porque no terceiro ano - aprendem os rapazes a ler mais devagar: depois acham piada a pagar instrutor particular - que obrigue o menino a ser linda jóia e no feminino transcrever o seu masculino mundo pessoal...

Resulta complexo assumir e meditar - como pode ser humano "vítima" quando pode falar, fugir e até matar (e o glóbulo branco xy mata tanto como o seu colega xx sem pensar)- pois inventaram a violência doméstica como cavalo de batalha e até formação sobre ablação de genitais vieram cá fazer - esquecendo que em terras lusas - os autóctones o que fazem é *****...

E estando os verdadeiramente indefesos sem taxas e programas da Comunidade Europeia a pagar: sejam eles idosos abandonados num lar... sejam eles crianças nas casas abrigo a fechar... ninguém entende esta corruptela até ir ao shopping e comprar - contando lojas para tipos e as lojas para o seu par encontrar inaudito que a tal igualdade seja tão injusta a catalogar... entende agora a senhora porque o sistema da moeda de troca lhe dá força no seu dealbar?...

Venha o diabo e entenda o que significa "ambiguação" - quando há tipos que querem ser tipas e há estados a pagar de antemão... enquanto outros apenas pretendem continuar a ser gente... e respirar a pleno pulmão... dizendo-lhe o estado "paciência... foi da UE resolução"... vai para a lista de espera e espera detro do caixão...

Não se entende certamente - como se pode colaborar - competindo por vagas e estudos: sendo a maioria a imperar... pois os cursos subvencionados pela nossa querida Europa - sempre justa e singular - são ideia das noites nas que as "ladies" não pagam num bar - tão alta inspiração do alto comissariado para os direitos da mulher (ainda não lembro quando não os houve se foram elas a edi«ucar - todos aqueles machistas que dizer ter de eliminar)...

Assim - se os tipos são minoria - na lei, na saúde e educação... e ocupam 90% dos bancos de jardim da nação... não entendo (ninguém entende) porque recebem de antemão - senhoras com cursos universitários - curso de micro-empresa e dinheiro em mão: pois a comissão de Igualdade - é a igualdade da sensação: que evita que se veja o que está a olhos vistos nas ruas da nação... perder as raízes e ser mais um pedaço de pão - mole, pálido e flexível para todos os que nos têm na mão...

E de mentiras vai o adro cheio - que a isto chama "mainstreaming" o amigo Bretão - que pretende que o puto da terra entre de semi-automática em mão... pois é assim que se gerem os desatinos das verdadeiras nações - aquelas que "inspiram" sistemas de moda que outras compram - quando não há ninguém de voz grossa e pés cravados no chão - fincado na sua cultura e como credo uma tradição - que lhes diga aos que vendes as contas - dos vidros que partem nas mãos:

Que esta é terra Franca - por isso, que vendam seu lixo - aos da sua própria nação e que não exportem escandalo, armas e confusão onde sempre imperou a harmonia de quem se regia pelo que sabia com a sua própria forma de ver e pensar... sua CULTURA MILENAR...
Pondero qual o melhor método para dar à "crise" solução - e descubro que o sistema encontrou já a sua justificação:

Ora - não tendo já mais que compreender - porque tem útero ou seios o ser que outrora fora "mulher" - é agora "cidadão" standartizado regendo vidas pela lei do "normal" - normativamente falando, a lei do número que impera e do humano que verga pelo peso do cifrão... e que tão bem pavoneia o bem que  desempenha as funções de macho - do que sempre se queixou e do que não quer o lugar... a tal ponto que o tal "macho" está ser novo e pronto a educar - para falar fino e andar direito e tacão rústico em casa utilizar...

Aldous Huxley e George Orwell no seu melhor - como se desinteghra a liberdade e se estabelece um zoo de ocasião: seres humanos "experiência" da determinista vontade de alguém - que orienta as vidas com ferramentas básicas e com meios de controle que nem dá para entender: massa mérdia, projecção de estereótipos falsos, arranjo das leis que estruturam a justiça do trabalho, desajuste das proporções do ensino, reescrita da história recente, criação de um estágio "dionisíaco" no que o cidadao em idade elite contribui com o seu sangue para o bem do sistema... até se precatar ter sido enganado quando já for tarde para lutar...

Não entendem uns e outros - o porquê de tamanha sandês - é mais simples têlos isolados - entre quatro paredes e saíndo uma vez por mês... alapados num sofá encadeados à lavagem de cérebro regular... ou correndo em campos livres - virtualmente testados pelo "face book" oficial... todos ratos de laboratório enganados pela crescente ambiguação - que tem nome simples em anglo - que já nem é saxão - em língua franca se chama "alien" com o sufixo "Nação" - em tuga clássico é pura e simples Alienação;

Filhos só por decreto - pois o tempo que há para os amar - é dividido pelo ginásio, pelo esteticista, pela conversa das tias pela massagem ou spa... e como uns e outros devem competir para manter o "sex appeal" e coisas deste tempo vulgar... vulgarizam-se os valores, a vida e o sentido que cada um lhe quer dar... assim estes seres bizarros - que nos vêm "libertar" - substituíram "libertinagem" pela verdade da liberdade que cada um teve até aqui para amar...

Resulta complexo entender como se faz do homem mulher... como resulta bizarro ouvir que alguém já se negue a parir... pois a vida tem outros encargos - muito mais importantes a dar lugar: gerir empresas, trabalhos, carreiras e tudo o mais a carregar...

E menos estranho pareça que já não haja "machos" para as puras virgens "engravidar" - pois o branco da flor de laranjeira pertence a outro tempo e outro lugar... tal como as gardénias de hoje são negras pois assim se pretendem sentir e cheirar...

Não resultará estranho que - depois - vão as senhoras lá parar... aos lares da terceira idade - em maioria espectacular: os tipos - desses ninguém fala ou quer falar - e dos que procuram a tal justiça ninguém ouve quando - inexorávelmente - vão tombando ao se separar: pois - afinal, neste mundo novo - as tradições são para manter e guardar e resulta assim simples de compreender porque ficam elas com o rebento para alimentar...

E os que sobrem - se algum houver para sobrar - que se não disfarce de lésbico, ambíguo ou metrossexual - será cristiano uns tempos e morrera de frio num qualquer estendal... banco fino e solarengo - que alguém se lembrou de imitar - das tais casas de abrigo que - nos states... por exemplo - têm filas de espera até nunca acabar...

Agora - o jovem não compreende - como se pode aturar - tamanha sarta de bizarros e coisos antigos e sem lugar: que alguém diga que houve famílias em Portugal - que tiveram tantos filhos como árvores deu para plantar... será assunto de estigma, de botas de elástico... será prohibidamente ilegal... tão ilegal como os referendos que - sendo "não" - nos obrigaram a abraçar...

Compramos o "pacote" da CEE - esquecendo que - na encomenda - nos levaram os dedos... os aneis (de compromisso) as mãos (de solidariedade) e os pés (de firmeza no chão que nos deu nosso pão)... e perdemos o fôlego para cantar o hino da nação...

Do mar que navegávamos outrora de forma "ilegal": pois o tal hino já não cantamos com medo de ficar mal... opções que tomamos neste querido Portugal - fazem-se e desfazem-se como o lodo ou o barro da pedra que outrora ergueu nosso lar ancestral...

Das quotas pesqueiras que nos impuseram enquanto nos podiam pagar... com dolar sujo da américa ou com rublo estranho e a pesar... não disseram foi os senhores - de tal organização "empresarial", que nos espaço de poucos anos - tudo o resto ia correr assim tão mal...

E são estes os bizarros - que se deixam comandar - pelos mais "altos valores" que o seu pequeno "meio termo" conseguiu algum dia almejar...

Ora - fazendo contas - à história deste nosso Portugal - dividimos a base de apoio e pretendemos construir pirâmide como as do egito na mesma altura marginal...

Então - sem campo, sem camponeses e sem pecuária a cuidar - disso se encarregam regularmente (com precisão magistral) os "croifts jackobs sons" e tudo aquilo que quiserem inventar - ficamos obrigados a vender às postas a nossa independeência secular... não aquela da força das armas nem a do sangue dos avós... que essa limpamos de um tiro ao vender o ouro que deixaram para nós...

Falo da outra - da independência de se ser quem se é: não daqueles que a invocam - mas daqueles que assim foram da cabeça aos pés...

Ou seja - aqueles que contam cada pedra do chão que lhes foi dado a pisar... e acontam pelo nome próprio pois assim aprenderam dos seus pais...

Os outros - apátridas - se deixam até agora engraçar - em ventos e tempestades gerados para marear - os dormentes e irresponsáveis que não entenderam afinal - o jogo triste e covarde que connosco fizeram os de aparente sangue real... fina flor de fermosura que se presenta com usura e que pouco oferece afinal...

Nesta confusa trama - servida em notícias que pretendem provar - que o mundo é confuso e a vida dura sem sentido, meta ou ideal - sobra quem ainda pense sem mal: que há tantas zonas desta terra que parecem levitar - pois não aparecem nas notícias e por isso devem ser paraíso algures e terrenal...

Pensemos porque há faixas de gazas que se estendem sem par? Será para que possam manter sua luta os que pretendem viver a lutar?

E porque se levantam nações depois de guerras imperiais... se em três anos a germânia passou do pó ao polvo mundial...

Sobram as crises - que são inventadas - em pequenos receptáculos de ouro irreal: em mentes bizarras condicionadas para gerir e esmagar - qualquer povo livre que se auto determine como sendo o que é...

Seres que caminham - que sorriem - que gerem o mundo através da força que a vida lhes dá... e que não inventam trebelhos bizarros para passar seu destino encadeados a servir a máquina que se atreveram a gerar...

Seres simples - singelos - muitas vezes descalços no seu andar - seres livres e plenos - da vida que lhes foi dada a abraçar...

Aqui não se entende como se mantém a máquina a andar - sem parar um pouco - e ser gente - apara compreender o anormal:

Porque aumenta o crime, a droga, a filiação a fármacos que pretendam dar sensação banal: a que um tipo fique estendido na rua e que outro passe sem o ver, sem olhar - sem sentir e perceber - que é o seu próprio destino que o espera nesse mesmo ponto final... pois já é inerte, insensível, incipiente... no fundo um animal - que fez da vida feita gente um esterco e um pantanal...

E se a isto chamam gente - aqueles que pensam que a auto-imagem é real: experimentem retirar as pirucas, os geles, as poupas de todos os galos que cantam mal... e vejam qual a imagem - deprimente - que se estende nesta mal chamada "civilização actual" - se aquilo que repetem é o degenerescente processo de queda de todo o império - presente, passado ou factual - do que conhecemos memória e que degenerescendo caiu para o pó da história que nos atrevemos ainda a recontar...

Assim - enquanto o corpo brame, a mente pesa, o coração reclame e a pulsão impere - deixem que corram os filhos pelas avenidas de betão, que os carros atropelem as veredas de verão... que os relógios marquem o passo ao seu patrão e que homens sejam lindos e as mulheres machão;

Assim - nesta mundo de artifício - daquele que não crê - existe de tudo um pouco, até o cego que não vê...

Que o tempo neste ecrã passado - lendo texto tão real... é tempo morto e enterrado para a vida que deves lutar;

Se agora despertas para verdade - afinal - ainda há esperança de que recordes o que eras antes do teu ser ter sido posto como escravo de um poço de metal:

Onde o fumo se confunde com a luz do Sol - esse! que parece gratuíto e que já não vês porque - olhas para o lugar irreal... espelho de teflon e vida virtual;

E alguém te diz que podes ir para a Acapulco, Illinóis... para a Índia para qualquer lugar! Admirável mundo movo a pretender nos enganar - quando não há dinheiro de gasolina para ir às compras ao final do dia de trabalho que ja consumiu metade do orçamento para a gasolina recarregar...

Alguém exige que apertes o cinto e o botão - partindo do princípio que andas de calças - porque de tanga - já nos dizia o Chernão...

O famoso iluminado das entrevistas de ocasião - nas cadeiras do falso poder sentado por ser firme em convicção:

Estes líderes que começam na extrema de um lado e terminam no cume - compreenderão - são líderes da treta que corrompe e extingue a nação...

Fica assim lavado - o orgulho nacional... e com ele vão os prantos de mães, de pais... e dos que virão...

Porque - parar ninguém quer - depois de provar a maçã - que no livro era apenas o "fruto" e que agora - doce caramelo - nos oferece a bruxa má...

Esperemos qua ainda existam das boas - das duras, das de plena cerviz... das que sabem porque têm a graça de ser livres e fazer o que lhes manda o nariz...

As outras - caíram nas mãos da mentira secular - se houve mulheres vítimas houve homens que se deixaram matar...

E ao longo de quase mil anos - andou o povo a ignorar - que as mulheres desta terra eram escravas sem voz nem voto para mandar...

Maria da fonte é de marte, a padeira será de outro lugar - eu se caminho um pouco - "deu la deu" vou encontrar...

Agora não é "chique" estar a engomar... como tampouco se tem memória de homens de responsabilidade a governar...

Assim se desagrega uma nação e se compõe um lindo quadro irregular... o quadro de tipas de curvas bizarras sem compromisso para amar... a imagem de tipos sem graça sem voz firme para se fazer notar... um mundo acelerado sem tempo para parar... sementes ao vento que não param - em nenhum sítio, postura ou lugar...

Assim nos querem - estes patrões comandar - sem pés firmes ou quilhos no sítio e sem voz para protestar; sem razões mais densas do que a carreira a divagar, do que os tustos no bolso para acapulco visitar...

E mentiram tantas vezes que até enjoa o notar - como se pagam a pulso "workshoppings" de qualquer forma e em qualquer lugar - prometendo intensamente fornecer com a tecnologia deste novo tempo um saber verdadeiro fruto sublime e sem par - o resumo de vidas de entrega, de tradição e saber real... pois - como o que importa é o dom material - esquece o que compra que o tempo não se pode esticar:

Se dedicas a uma relação - a tua vida sem duvidar - é esta a semente que recolhes num dia de manhã ao despertar...abraçado a um outro tu - tal a força da vida que te une a essa maravilha que a vida plantou no teu jardim para cuidar;

Se te exigem que lutes por manter estatuto, dinheiro ou pensão - então estás já vencido porque não soubeste dizer "Não"... a partir dai é sempre desculpas... justificação - para não teres um ponto firme onde cravar tua espada e - com voz poderosa - dizer "NÃO!"...

E falta ainda um pouco por acrescentar - que o destino se rege por opções neste mundo concreto que nos foi dado a mudar: ou firmamos pés e encontramos de novo o lugar... ou vamos pelo cano abaixo com este lixo que nos estão a impingir como valores desta nova era comercial:

Uma disciplina rígida que se aplica em todo o lugar - disfarçada com estilo entre máquinas de vento que espalham mentiras para quem quiser divulgar - marcantilizam-se os tempos, as gentes, as nobres actividades que outrora tiveram custódios para as guardar:

Vendem-se filhos para o estrangeiro, encomenda-se crianças a dinheiro em lugares onde outrora pendurávamos casacos e os velhos e gastos trapos são deixados no Lar a Secar...

Um abraço para todos - os que ainda sabem ler Português - que o dia das bruxas é do povo e o zé povinho sempre soube ler (entenda-se quem quiser saber como: se levava uma família de dez... con uns tostões dos antigos e o escudo até final do mês);

Bem haja!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tambores nas Névoas

Resumindo:

Para que haja homens de coragem, tem de haver mulheres de coragem...

Para haver futuro para os nossos temos de ser nós a fincar os pés no chão...

No chão da nossa cultura, no chão do que conhecemos melhor do que ninguém... simplesmente por o ser, sentir... viver... respirar... sonhar...

Quem melhor do que um Português para sentir Portugues e viver esse amar em Português...

Onde as raízes que nos alicerçam e nos fazem firmes no temporal que submete o humano à fria vontade da alienação?

Onde os fortes assentos, que sustentem gigantes que gritem verdades tão grandes que façam tremer as iniquidades...?

Onde os rochedos vivos que sejam pilares... dos valores simples que compõem a casa do espírito Português?...

Encontraremos finalmente - como um alquimista perdido - que o tesouro sonhado repousou sempre baixo o telhado daquela casa singela na que dormíamos e meditávamos antes e nos lançar no desatino de correr ao som de outros passos, seguindo tambores na neblina pautando tempos de desatino para quem quer - simplesmente - amar e ser amado?...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O complemento...


A complenamentalidade...

Dizia-se que - masculino e feminino: perfaziam uma unidade que os próprios Deuses (estados de consciência superiores) invejavam, desconfiavam ou temiam - pelo que  - num ato de reflectida intenção SEPARADORA colocaram os opostos complementares em duas dimensões inversas da existência...

Quanto mais cresce a sobriedade e fortaleza do masculino mais se desenvolve a subtil forma de manifestar-se do feminino...
Rodar a roda numa ou noutra direcção é intenção de muitos... as medidas certas para o fazer não são pertença de NENHUM: por isso o caos e a desordem onde as medidas estavam gravadas para permitir harmonia no processo de coesão...

Quanto mais cresce a ambivalência, mais cresce a tendência de amalgamar sem conta peso e medida duas formas de estar conscientes que implicam coesão, complemento...falamos aqui dos pilares que sustentam, aninham e dão fundamento à própria vida...

Hoje é a própria vida que se encontra em causa: a sua identidade, a sua qualidade... o seu extenso potencial de gerar diferença sólida que sustente a consciência no seu caminho de incorporação e regresso ao seu "paraíso" original...

No fundo - poderemos ser como crianças - mas seremos crianças conscientes, com opções claras, concisas e coerentes com aquilo que descobrimos acerca da essência que se esconde detrás do véu de se "estar" humano...

No entanto - se estamos cada vez mais Sós... com estereótipos completamente baseados em abstracções sem fundamento - os seres humanos seguem caminhos para as sombras que os perdem nas neblinas do tempo... abafando suas vozes nos labirintos do esquecimento...

Quantos mecanismos de encontro, quanta partilha de informação sem contexto, quanto conhecer "faces" sem ver corações?...

As identidades formais às que nos modelamos variam com o tempo... os corpos que habitamos, a estrutura dos nossos ossos, as proporções hormonais, a quantidade de sangue, a massa muscular... tudo berra aos quatro ventos aquilo que somos e no que nos vamos modelando neste caminhar entre a capacidade de estar desperto e a capacidadde de se saber "real"...

A presença de certos "apêndices" (utilizamos aqui a ironia do óbvio sobre a argumentação da filosofia moderna do ser humano "funcional") que - numa era económico-cêntrica estão completamente descontextualizados (para quê um útero se não se pode gerar - por acordo tácito com o sistema económico vigente - mais do que um vástago se tal puder ser consumado numa idade na que o Córtex cerebral não tenha já tomado conta da perspectiva da existência e - assim - nos tenha trancado num complexo labiríntico sem saída lógica?...).

O ser humano - cada vez mais encerrado num labirinto, necessita da sua argucia e do seu sentir para se libertar, daqui:

só o amor liberta...

Mas - que amor?

A explosão de hormonas que procuro com a gaja boa da foto do face, com a conversa fácil da que me vê pelos cargos que desempenho? Do fim de semana exuberante num qualquer local retirado onde se leva as companhias fátuas que passam a meu lado?

Os orgasmos precoces ou tardios... ou contidos... ou doentios que aplico de forma descontextualizada da minha verdade total uma vez que me é velado o caminho vivo de encontro, conhecimento e entrosamento com uma mulher real e não apenas com a sombra dos meus dias: gravados por opções de meio termo no que o tempo investido é sempre amplo mas superficial?

A alguma actividade que exerça como credo partindo do MEDO de que o ser humano meu companheiro - pura e simplesmente - me possa falhar?
Entendes de onde nascem a maioria das opções que tomas na tua vida afinal?...

...do medo ou da confiança de amar? cada uma um pilar fundamental que construirá a casa - tua obra - numa ou noutra tonalidade existencial... do medo para o esquecimento... da confiança para o amor...

Quanto tempo de qualidade para aquela pessoa na que CREIO de VERDADE?

Quanto PERSEVERAR nas lutas e nas derrotas antes de se pular fora e dizer "não"?

Avaliamos a nossa capacidade de amar pelo corolário ou o número de derrotados que se alinham no cenário da nossa passagem pela vida que nos é dada a mimar, a melhorar... a refinar?

Quantos momentos culminantes, nos quais os que são amantes conseguem estabelecer pontes conscientes: com o seu corpo vibrante, a sua intenção presente e o projecto do sonho a dois - e assim festejam o que pode ser mais um passo do caminho conseguido e festejado com a sua dualidade feita passos com ecos iguais?...

Já agora - neste tempo no que "laisser faire, laisser passer" - onde todos podem - aparentemente - escolher um caminho e esperar que não colisione com nenhum outro: onde fica o PROJECTO de vida que implique OUTREM no sentido de lhe ABRIR ESPAÇO, CRIAR TEMPOS e GERAR PRIORIDADES para que esse famoso "outro" ansiado e sonhado possa nestas nossas vidas entrar, germinar, criar raízes e - um dia - frutificar e a todos nos alimentar?

O amor vem com um rosto... não é uma experiência abstracta nem um exercício mental. Pede e exige em função das características essencias do ser que nos foi dado/ escolhemos para caminhar...

A liberdade - não radica apenas em estar "livre" para olhar e ir em uma direcção - está na capacidade de saber QUEM SOU, de ONDE VENHO e PARA ONDE VOU.

Traçar um segmento de recta - desde a minha origem até ao objectivo almejado e - vivendo plenamente o momento presente - comprometer-se com esse tal ser humano que possa caminhar no mesmo sentido... a meu lado.

"Desculpe menina - por acaso vai na direcção do amor que liberta, seguindo os passos dos valores que o alicerçam e com a vontade de compromisso de caminhar a dois e a dois crescer, lutar e expandir essa doação constante ao que muitos chamam de "amar"?"

Neste tempo no que se derrubam paradigmas: no que o masculino é denegrido, criticado ou simplesmente ignorado e o feminino se reajusta às exigências de um mercado de trabalho que requisita trabalhadores indiferenciados que sirvam o deus das horas extras sem remuneração:

- as linhas de apoio, os projectos e os planos para o futuro ficam de lado perante um outro mundo que - como sempre que algo muda - se apresenta caótico: com ideias cintilantes apontando para mil e uma partes... com seres que vêm com o coração e com uma mente que ainda se nega a circunscrever caminho para dele fazer opção...

Jovens nos tornamos e como jovens experimentamos esta nova realidade... procurando via e caminho entre tanto desatino de possibilidades vãs e ideias oriundas de emoções que não são sãs...

Todos procuram amar mas nem todo o amor é válido.

Verdade; Coerência; Transparência; Benignidade

No meio deste corre corre - que exaure as nossas forças para recriar o hoje e ter o amanhã merecido - há que parar!

Sentar - lado a lado: como irmão... como irmã...

Antes de mais - acima de tudo - seres complementarmente amigos que decidem embelezar esta barca de pedra que lhes foi dada a cuidar...

Como a vida que se manifesta numa forma e num conteúdo e começar por ai a sonhar... a fazer contas... um dia - quem sabe - talvez voar...

Tudo o que geramos - as egrégoras que abraçamos ou as leis que elaboramos: servem o humano interesse de se expandir, crescer, sorrir: caminhar em paz e ter o direito a fazê-lo o mais possível de tempo nesse estado de ânimo que chamamos de "feliz"...

Os extremos estão abertos:

A antiga estrutura defende-se apertando ainda mais o cerco com as armas que já se lhe conhecem - nada disto mudou.

Se antes a opressão ideológica, antes a ameaça nuclear, o afogo militar, a chaga da ignorância: hoje a especulação sobre vidas fúteis e o controlo em feed-back com cargas económicas impossíveis de contornar...

Mas esta estrutura reage perante uma outra força - caótica e de origem interior - que pretende tomar o poder (e assim - já vimos - nos condenando a um mesmo perecer);

É a força do amor incontido... do outro lado que se sente preso - e oprimido - e que deseja a tudo o custo prevalecer... existir... viver!

Esta "amar" sem sentido é um louco que vai despido entre as pessoas que passam, um palhaço sem graça que convida a danças na beira do abismo e que - usando a força do amor proibido pelas normas e critérios do arcabouço que passa - pretende ser dono dos destinos de todos aqueles que - até agora - se transformaram em estruturas baças, seres vazios, deprimidos ou simples cobradores de impostos às pessoas com quem partilharam vida, tempo ou casa...


É este tipo de força que - veementemente - há que dizer não...

Como homens e mulheres CONSCIENTES: despertos perante a tentativa de uma estrutura obsoleta em manter o poder e do reino caótico que por detrás se esconde e que nos quer envolver:

Depois de tudo isto.. por favor - RECORDAR:

a ESSÊNCIA DO HUMANO MOMENTO NO QUE SE GEROU A LUZ:

O momento concreto no que nos vimos pela primeira vez...

O presente indirecto de se entregar a vida e projecto nas mãos de um outro igual: ninguém mais sábio ou importante do que a própria vida que se nos dá... um irmão, um semelhante.... um espelho vibrante da TUA PRÓPRIA VIDA AFINAL...

como tratas de ti na pessoa do outro? Como te vês reflectido na conversa depois do dia de trabalho opressor? Recebe o ser amado o melhor do teu fado ou vão lá ter as pancadas que o sistema em ti despejou?...

O momento no que se crê - a pés juntos - que a dois se faz caminho e que a vida é caminho para andar - usufruir e partilhar... e que todas as lições de vida, e todos os desvios vão ter sempre uma história para se contar: oriunda de um ser que não desiste de ser o que é e que sonha um dia poder estar à frente de quem se ama para assim se poder revelar...

A força do destino é o objectivo final - que caminhemos sem desatino - conscientes que na mão amada: na sua presença sagrada - está parte do santo graal:

A outra parte está na soberana vontade - no fio de prumo que nos é dado na idade - de saber escolher com olhos de ver o caminho e com quem caminhar...

Apaixonemo-nos sem medo: mantendo o desvelo por aquilo que é mais importante nesta vida afinal - o caminho de luz que ascende aos mais altos valores do momento presente ou o deixar-se fazer e levar para onde quer que as sombras nos queiram arrastar...

EIS A ESCOLHA DOS TEMPOS QUE SE NOS APRESENTAM NESTES DIAS ESTRANHOS...

Só mais uma coisa - meus irmãos, minhas irmãs:

ainda que a natura nos envolva e aconchegue - a diferença perpetua-se na forma hirta, firme e centrada com que mantemos a graça de olhar de frente e em frente poder caminhar:

foi-nos dado o passo bípede para dar as mãos, olhar em frente - ter horizonte - sonhar - avançar e abraçar...

As outras espécies nos contemplam e fazem eco desse divino ritual: amor que se partilha - se expande.

Amor que se promove com um plano de vida e uma coerência ao caminhar...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Arrancar pela Manhã

Desgraçadamente, como a grandíssima maioria de nós seres humanos, temos outras prioridades na vida que não a de viver humanamente. Há o trabalho que consome e nos leva a maioria da vida, que oramos como o deus da morte - que nos tortura e esvazia - mas que mantemos como deus no altar das horas do dia  e das prioridades das escolhas.

Tão simples o levantar e orar ao Amor na pessoa amada... porque falhamos mesmo que a verdade tenha nome, pele, calor, cheiro próprio?... Fale, sinta e se nos entregue em cada dia?

Talvez a sombra tenha já entranhado as almas ao ponto de nunca largar a sua tirania sobre a vida soberana que nos foi outorgada.

De um amante entristecido por não receber o bom dia querido, o olhar brilhante de quem ama, o beijo que lembra o quanto é amado.. o peito de quem se ama para repousar os primeiros momentos de um dia a começar no bater do coração que é par, o abraço sereno de mostrar sem medo que estamos juntos a caminhar...

O Telemóvel pôde mais.... e a programação da fria rotina estilhaçou os sonhos em pedaços de cor... que se espera - algum dia - venham a estar de novo colocados no arco-íris da vida que se pretende repor...

Pensei que pudesse ser algo comum que outros sentissem em dor quando nos rasgam o ser ao arrancar sem saber parte de nós em cada manhã...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Clave de Amor - som intemporal

O ser masculino é estar cego para o feminino...

O ser feminino implica estar cego para o masculino...

Vivemos em três mundos paralelos - nos que uns viajam segundo uns critérios... umas regras e objectivos e outros viajam nesta grande viagem seguindo outras flechas amarelas no caminho da vida...

Existem os que abrem pontes, os que abrem janelas... e na casa do amor conseguem habitar duas consciências de fluxo complementar deveras entrelaçadas no mesmo fluir... na mesma coluna harmoniosa que se eleva e vibra, e canta... e preenche de cor e vida a vida das consciências que assim determinaram ser e caminhar...

A janela - é aquilo que chamamos "amor"... é a ponte que liga os mundos isolados do "eu" e do "tu" e gera o nós... no que a soma das partes é um todo muito maior... por ser vivo, criativo... gerador de nova vida. Algo que o contrato tácito, a norma estéril, a vontade agreste ou a sedução intempestiva nunca conseguirão por si sós..

A porta que une os mundos... através da qual passam os verdadeiros amantes... os companheiros... e aqueles que se sentam sobre o pilar da verdade - é a de que a vida a dois é vida e dinamismo... é a PRÓPRIA VIDA FEITA GENTE... e não cabe à gente dizer à VIDA o que a vida deve fazer...

São esses magos e artistas - que sabem que a vida se não pode conter: sob risco de se definhar ou perecer (mesmo caminhando e falando como bonecos de corda treinados para dançar)... são esses seres livres, inspirados se não mesmo iluminados que - HUMILDEMENTE - prestando homenagem e devoção a aquilo que realmente são - modelam os designios da própria vida...

Artistas - magos das eras - como oleiros trabalham barros outrora frios, vazios...

Livres e inflamados - misturam o calor dos seus desejos temperados com a água fluída dos sentimentos sem devaneio... e modelam a imagem do ser que se representa em cada escolha de vida diária entre o plano vital ao que chamamos "mundo normal"...

Mas - estes despertos - se enquadram noutra espécie de seres... para a VIDA abertos - por saberem que são a própria vida feita movimento, sonho, sentimento - vão doar de si o controle da obra que modelam e apenas se entregam a pincelar com pinceladas breves aquilo que já existe na visão dos seus corações puros...

São estes - indiferentes - que não importa se têm voz grossa ou sentir imenso... são estes que abraçam a chama da VIDA e a passam - testemunho que se convida - para os patamares mais altos, para os limiares mais excelsos daquilo que fomos convidados aqui a cumprir... daquilo que estamos aqui a fazer...

Personagens de uma história que nos calhou viver - escolhemos ver de perto a verdade do momento no que - abraçados - sabemos estar encontrados num ser cujo coração tem quatro aurículas e ventrículos e se alinha num mesmo tempo ao palpitar...

Quando já tiveres sentido isto - estás pront@ para aprender a voar...

Frenão, Fernanda capelo gaivota - é quando convidas os do bando - os que ainda olham para cima e mantém a crença de não se humilhar nos despojos... é quando os animas a aprender a voar também...

Por isso - vem...

Vamos voar - que o mundo tem uma chave - e tu e eu temos parte da sua clave na palma da nossa mão...

Caminhamos?

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Além das Sombras: a luz de amar

Na vida:

Entramos abraçados e saímos sós...

Que será que perdemos ao longo deste percurso?

Quanta solidão vendemos dia a dia - enclausurados num gabinete, olhar velado por um ecrâ de teflon, vozes condicionadas por caixas parlantes que nos cabem na palma das mãos?...

Quanto despeito inalamos - ao caminhar nas ruas: solitários... ignorando os passos alheios... se já nem olhar nos olhos nos olhamos?

Para quê tanta gente se estamos tão sós?...

Por isso - tu que ainda crês... tu que ainda queres... tu que estás disposto a dar teu sangue por fazer da vida a maravilha plena que te vai na alma... a torcer o teu ser - pra fazer nascer esse mundo novo no que possamos sorrir... além do véu que nos pretende cobrir... e ver mais além: o coração aceso... o sentir ameno... a solidez da coerência de quem se entregoua a se amar...

Acorda!

Quanta desconfiança comemos que nos tenha feito desacreditar?!... se o mundo é todo nosso! - ao respirar o sabemos... pois o ar que respiro é o ar do mundo inteiro... vês... do teu SER e do que te rodeia és herdeir@


Então a que espero para quebrar os grilhões deste mundo nero e entrar finalmente no templo da vida que é toda una - e, em mim... em ti: se reclina para mostrar que estamos todos ligados e não há um ser que exista - QUE REALMENTE EXISTA - estando na aparente escuridão?

Aquilo que chamamos "solidão"?...

Abraça e sê abraçado... esse é o primeiro passo...
Dá a mão e caminha de mão dada - esse é o segundo...

Sorri - com toda a tua verdade: não deixes atrás nada da saudade dessa casa ancestral - plantada no teu ser, que faz palpitar o teu viver e que alimenta relações se são relações para durar... e nos alimentar.

Creio na vida, creio nas pessoas, creio no amor que une e liberta...

E por isso há dias nos que dói, há dias nos que regbenta - ver irmãos perdidos nas entrelinhas da vida, em rodopios constantes perante histórias mal vividas: cegos que guiam cegos para o abismo de sombra que não mais tem fim...

E depois - depserto - e me alegro... quando sinto uma criança no colo;

Desperto - quando vejo a ilusão do olhar dos meus alunos jovens!
Recordo - quando mergulho num abraço amigo - que mais nada pretende do que me abraçar... sabendo-me por inteiro... e assim me aconchegar...

Tão perto... tão perto da palavra amar...

E sonho - um dia - poder entregar o meu ser, o meu crer... o meu pensar... num corpo que se abre para um mundo novo no corpo da mulher que amar...

Tudo na sintonia que se encontra quando se passam as portas, os fogos que se saltam de mãos dadas... e se exorcisam as sombras e fantasmas que vivem nos recantos desta mente superalimentada que nos caracteriza como seres "modernos"...

Poderemos falar de coisas que nem vemos ou sequer imaginamos - desde filosofia, história antiga, quântica e "energia"... mas - conseguiremos abrir a alma para que um ser: um ser único e singular... o NOSSO amor, para que possa lá entrar; ver, sentir e absorver toda a dor, todo a fé, todo o sonho de despertar e para a vida acordar... para levantar um dia e sorrir.... e saltar.... e amar: de veradade...

Será que chegará o dia no que essa abertura se faça possível? Na que um ser forte e sensível invada os nossos temores, expurgue as dúvidas e ilumine novamente a tocha da fé que se encontrava esmorecida - por isso permitindo a entrada das sombras na nosso templo de vida querida?

Esperemos que sim...

Esperemos que sim!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O HUMANO abraço que LIBERTA

Entre o ser que envolve no abraço e o ser que é envolto por esse mesmo querer - não há diferença - pois o abraço compõe-se de dois seres que se reconhecem, se aceitam, integram... desse latir conjunto de corações, desse calor sustentado no tempo, desse amparar tudo aquilo que possa separar o abraço prometido... o aconchego dado: vai surgindo a vida nova que é a origem das relações...

Cabe a cada quem saber olhar no espelho da alma e saber quem é... pois no abraço há o aconchego e protecção que advém de ambas as partes e há a definição clara do que se faz dentro daquilo que chamamos "relação"...

Eu - pessoalmente - prefiro chamar o resultado FINAL - depois de perseverar, madurar e saber com provas claras e concisas que o abraço se faz perene... pessoalmente gosto de lhe chamar de AMOR...

Vamos a abraços... não apenas aqueles que ficam engraçados nos "sketchs" da T.V... vamos a abraços firmes que sustentem a grandeza total do ser a que chamamos HUMANO...

Não importa o seu aspecto exterior...

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Ter possuíndo o Ser... ou como a branca de neve se deixou levar




O estado de poder - a ilusão do ter reescrevendo o SER...

Como te deixaste pela Maçã enganar - Oh Eva - nossa vida, nossa Primavera, nossa Esperança?

Como foste confiar - Óh tu! Oh Adão - feito para assegurar, feito para preservar - para estar atento e o jardim guardar?...

Por onde entrou essa serpe - solitária e fria... de vida e amor vazia - que apenas trouxe discórdia e conflito ao vosso coração outrora manso e contrito...

Eva - minha Mãe - que Outono pesa sobre ti - Primavera de esperança... vida abundante que se dá e se entrega com infinita bonança? Que Outono?...

Que densa bruma, que densa folhagem recobre os caminhos do nosso eterno retorno... que espessa ramagem esconde o trilho da nossa viagem até o fazer miragem... ao longe... sonho ou pesadelo de uma Noite de Verão?

Porquê!?...

Porque provaste o sumo de perdição - envenenado pela antiga bruxa do Inverno... pela que estava só e o mundo perdeu?...

Não entendeste que - no fim - quem sofre és tu... sou eu?...

Não viste?!?!
que apenas parecia ser tua semelhante, que se queixava - já sem amante - de ter sido possuída ou violada por um falso Deus?... que era a Sua sombra... essa - a que te falava - e com subtil enlevo, com semelhante apelo - te convenceu a esticar a mão... e a dizer "Não!"... tal como Ela... outrora fizera... aquando do chamamento do Grande Amor?...

E agora amor... que nos resta?... solidão, guerra... pavor?

Os frutos das nossas árvores definham... secos, pequenos, engelhados... tristes e sem outro caminho que seguir o caminho dos algemados... rebentos vivos da vida que grita por se manifestar arrastando grilhões de ignorância acerca da sua própria origem e razão para aqui estar...



E tu - Oh Adão!

Desperta do teu sono - faz-te de novo Guardião!

Da tua Vida - tua Eva perdida...



Onde foram as Primaveras deste mundo que nos faziam sorrir? Onde as maçãs rosadas que nos faziam sentir - o belo e o Bom que este lugar é... o quanto vale a pena - cravar no chão a vontade terrena e dela deixar o nosso bastão florir...

Desperta - guardião das eras... antes que sejam essas... as que matam e drenam - a encontrar a Árvore da Vida...

Desperta! Ser de coragem... que a tua mensagem inflame de novo os céus... que o coração da terra te abale com o ânimo para aprenderes TU a dizer não - a esse ser infame que - com palavras meigas e gestos vãos - se vai insinuando e filtrando pelas portas e paredes da tua Vida... vosso Coração...

Despertem... Bardos das Idades... antes que as vaguedades façam deste jardim um ermo sem fim...

Desperta!...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Eros-Philos-Ágape contra o Deus tirano do tempo moderno - Thanatos e o seu Cemitério de prédios nicho - Parte I

Eros bateu à tua porta... uma das faces do amor em ti confiou... para que portasses a chama da vida e - com tua livre opção - a ajudes a percorrer a estrada dos dias: germinando no teu ser e na tua mão... em mão de quem confias...da pessoa em quam renascias quando eros te tocou e a chama da vida em ti inflamou...

Vês que o mundo fica pequeno para conter a luz do teu segredo... que as distâncias se fazem curtas para estar com quem queres amar;
Vés o frio dinheiro como um meio... exactamente aquilo que é: não te limitas para estar sempre a seu pé... à vbeira do ser amado ao que pretendes contar em letra - canção ou fado - tudo aquilo que dentro de ti renasceu... e o mesmo acontece do outro lado... dois mundos que se vêm pela primeira vez e têm tanto para dizer, e contar e amar!...

E o tempo passa do tempo normal, banal-... repetido... deixamos, "matamos" chronos" para viver o tempo prometido... a divina promessa do paraíso perdido de onde jorram leite e mel... vivemos Kairos... e contemplamos Aeon ao longe se já mantivémos a linha neste tempo mégico com constância, entrega, compromisso e verdadeira opção de amar... e avançar escada acima de regresso à identidade perdida...

As pessoas têm outra face... as cores, as paisagens... outras tonalidades; notas o que sempre esteve lá... e que outrora ou se disfarçava ou parecia banal...

Mudas-te! Iluminaste!...
E agora que fazer com o testemunho que te é passsado? Com a chama de amor que tens do teu lado?...

Pois algo te é entregue pelo mais sagrado - a força da vida que bule e te envolve por todo o lado - requereu tua presença, chamou teu nome e penetrou no teu ser - de cabo a rabo...
Tuas células o dizem, teu olhar o demonstra, teu andar, teu falar, teu crer e fazer assim o dizem... ficaste "possuída" pela vida numa das suas formas mais puras... aquela que te vai pedir depois:

Usa o teu Livre Arbítrio; traz aoi de cima o teu saber ancestral; gere esta chama que contagia vida e a faz ser mais... e recria a realidade onde vives lembrando quel o teu foco principal: amar a DEUS acima de todas as coisas... e Deus é AMOR...

Ha um ser a teulado - todos os dias! - não um ser qualquer!
Não uma rocha fria, ou uma planta inanimada, nem mesmo um lindo animal sem poder de opção e soberana vontade... há um ser IGUAL que te acompanha - a quem podes partilhar esta novidade - contar que - EM VERDADE - o amor bateu à minha porta e eu disse "SIM"! Faça-se em mim segundo a TUA vontade...

E agora? Que fazer?

Gerir, escolher... dentro do compromisso de dar passos, de caminhar a dois.. de assim viver: não por obrigação ou tédio, não por falta de outra opção - mas por clareza e puro sentimento, por mergulho directo para além do medo e por confiar em que é este o caminho da vida na sabemos estar a RENASCER.

Planta flores de ESPERANÇA no teu dia a dia... flores de VIDA na tua relação querida...

O divino já te deu um foco, uma causa, um ponto... deu-te o ponto fixo no que fixar a tua alavanca de amar... agora - força - moverás o mundo no caminho melhor!...

Pequenas coisas... dedica uma pequena frase que diga ao ser amado que amas com primor...

Utiliza esses aparelhinhos entrometidos que passam a vida a zunir para lho fazer sentir - com uma piada, um boneco, uma foto, algo que te evoque e que apenas tu pudésses oferecer...

Compõe versos ou poemas que - um dia - reunas num grande livro que lhe demonstre o muito amada que é.. em cada dia deste teu viver!

Prepara pequenos almoços - não para poupar - manda a crise para outro lugar! Mas - por devoção... uma das faces do amor Maior!
Devoção ao querido e precioso tempo que passais juntos! Faz força, verga as esquinas da vida e estabelece novas rotinas onde THANATOS se escondia disfarçado de fria e oca obrigação matutina...

Sauda o dia com uma oração! Uma oração de louvor, de vida: ao amor encarnado, feito gente - corpo lindo, belo, querido e aconchegado - que me alimenta todas as noites com o seu calor, com a sua presença com o seu amor...
E diz-lho - claramente e sem margem para dúvidas! Mesmo que as persdianas das pestanas ainda custema abrir - desliga a máquina emdiabrada que te chama para a rotina vazia - e diz-lho!
Com a tua cabeça no seu peito - o tempo suficiente para qambos corações sejam um só latir.... com um abraço sincero que a envolva e aconchegue na firmeza do que sente por ti... com uma palavra verdadeira que venha do coração - como uma verdadeira oração - que demonstre à vida feita carne - com um nome e uma vontade - o quanto agradeces que te tenha abraçado a ti...

E - se houver sentir - façam amor - celebrem a vida com primor... pois o Deus das horas vazias - está lá fora à espera.... conquistando pedaços de vida e transformando sorrisos antergos de crianças garridas em algemos douradas ou grilhões cinzentos de vidas repetidas...

Então - vive EROS! Apaixonado - gere oq ue te é dado! Inventa - ler um pouco da prosa ou poesia que te alimenta - uma linha por dia - para que a possas partilhar com o ser amado... convida-a para o teu lado.. ajuda-a a que sinta e que algo nela chame por afinidade...

Ouve - o quanto carinho e desvelo podem estar contidos num jantar tardio à luz de uma vela especial - agradece, ama, reconhece: beija o ser amado - puxa-o bem para o teu lado - e diz-lhe o belo e especial que é... não porque queiras enganar a vida, galar uma querida ou satisfazer algum qualquer protocolo - simplesmente porque é a sua vida na tua, a TUA vida que está a SER CELEBRADA nesse momento no que A VOSSA MESA É O ALTAR!...

Celebra em cada momento... podes optar...

Cultiva EROS... refina sua pura vida em ti a palpitar... refina sempre de mãos dadas - pois é esse o truque: compromisso e partilhar!
Verás como a chama sagrada se começa a duplicar... acender o teu coração a tua vida e o teu olhar...

Outros vão ver - como faroís vivos ireis ser - e vão indagar: "que se passsa naquele lar?"...

E será abundante a nossa mesa, terá frutas e flores, água ou vinho - mas com leveza...
E da abundância das escolhas do tempo partilhado surgirão rebentos de vida, alicerces da alma para se fixar e crescer num certo viver com o teu ser amado ao lado...

Depois - é compreender - que o amor é para expandir, reunir, nutrir e ajudar a crescer...
Que outros estarão nestas mesmas linhas a despertar, a caminhar a avançar no seu projecto de luz, na sua viagem para o Lar Ancestral - guiados pela mão do amor que se dignaram a confessar, receber e aceitar - no compromisso de tudo fazer - tudo entregar - para o manter vivo - fogo de esperança peremne no seu altar vital...

E assim - se espalha e espelha.. pois é o MESMO amor em outros rostos, com outros tons e noutras formas de o fazer germinar... agora - lembra:

É o esforço diário dos jardineiros comprometidos que permite à bela e incipiente semente da vida em ti a possibilidade de crescer... removendo as ervas daninhas que a possam abafar nos seus momentos mais sensíveis... quando é fina e tenrinha e não tem forma de se proteger do que drena a vida e o amor que é feito para crescer;

É o alimentar com honestidade, coerência e virtude - para que o amor que nos foi confiado se vá traduzindo em alimento rico e bom para a relação em rebento que esperamos ver germinar em alimento para o nosso querido e sonhado lar... e dpois outros verão, virão e alimentados serão... pois a luz da candeia não foi feita para estar baixo a cama e sim sobre a mesa ou sobre a casa e ajudar a viver, a crer... a caminhar...

Philos... quando eros nos preenche pelo que nos faz viver - pela promessa, pela palavra, pelo compromisso para com a vida que nos viu nascer... então - de forma espontánea e natural - Eros cresce e madura num fruto de alvura que se transmite e alimenta a muitos mais do que dois...

Nosso lar firme, com opções e decisões vocacionadas para amar - como mudar de rotina de vida para ter mais tempo e melhor qualidade - entre pessoas que partilhem com sinceridae a paixão pelo Amor Maior - o que nos fala e bnos convida - em cada recanto desta estrada de vida - a abraçar algo ou alguém e o tornar mais do que uma sensação ou sonho - que o façamos carne, vida e forma de estar...

Decisões como procurar o sítio onde estabelecer o repouso do dia e a vida que queremos gerar... a nossa por sintonia e aquela que do nosso amor possa brotar...

Deixar atrás Chonos e seu tempo tirano... viver Kairos e seu tempo mágico - providencial... sabendo que é Aeón quem nos motiva a avançar, sabendo que é o ÁGAPE quem nos convidou a dançar... mãos dadas vidas a entrelaçar...

Cabe a ti e a mim DECIDIR o como.. os caminhos que segue o seu inexorável rumo - pois a gota regressa ao amplo mar...

Basta saber se respondemos à chamada - com toda a força nos fazemos à estrada da vida que estamos a ser convidados a trilhar... ou se THANATOS já teve mais força e Eros fica de parte e olhamos a paixão como uma forma de enfarte - um enfatuamento da vida que vai e vem e passa - sem compreender que é a própria vida a tocar na vidraça da nossa lúgubre e apagada mansão...

Sim - há aqueles que - em vez de subir a escadaria de Eros até ao inefável que os convocou, ignoram o chamado, vêm a vida como um fardo - e deixam-se ficar na rua cinzenta dos dias ordenados, das rotinas perdidas por vazias de significado, nas relações de protocolo, dos contratos sociais de tolerância mútua exclusiva ou não... e esquecem que SÃO A VIDA... milhões de anos de transformação - e que têm a RESPONSABILIDADE de viver a VIDA que são em VERDADE sem mentir à causa originária que ainda lhes late no coração...

Os adoradores do Deus Morte - Thanatos na sua essência - deixam que as rotinas matem os momentos de devoção...

O frio penetra em suas casas, camas e olhares - mal se tocam, mal se sorriem, mal se reforçam todos os dias por sentir a alegria indiscritível do dom de despertar à beira do ser amado... para eles isto é loucura, impossibilidade, alucinação ou simplesmente "estar apaixonado"... nunca descobriram o dom do jardineiro que cultiva seu próprio coração...

E Thanatos conduz ao Hades... guia as almas para a treva fácil... como fardos deslizando na corrente do Lethes... em direcção ao mais profundo do vazio... ao gelo frio onde habita aquele que nega o mais óbvio - a essência da vida trocada em ódio e o calor do aconchego pela teimosa solidão...

E os seus adoradores - hoje em dia - quantos são?

Milhões que habitam cubículos obscuros... nichos de sepulcro chamados "prédios" em vulgo, levantando ao som de uma máquina infernal, depositando as suas crias em habitáculos iguais para serem domesticadas segundo a fria rotina da religião oficial...

Seres sombra drenados de carácter ou vontade para se afirmar e dizer não - srees nos que o vermelho compaião deixou de pulsar e no que um negro alcatrão palpita diluíndo o seu sangue humano numa mescla de espantar...

Seres inertes... completamente dormentes - para a vida que dia a dia os convida - sob múltiplas formas e cores - a despertar das dores e a querer a VIDA abraçar...

Ó EVA - minha vida amada - não te deixes levar na enxurrada dos exércitos conzentos que hoje varrem nossas ruas, casas e trabalhos - esperando um qualquer momento para exaurir um pouco de vida e calor quando eles mesmos estão secos - apoenas mentes com palavras pó.... corpos definidos com amor lixo... emoções intensas sem ponte para sentimentos de enlevo, desvelo e devoção que abram caminho para o seu puro coração...

Cuidado ser amado - é desses e das suas "tribus" citadinas, das suas assambleias e rotinas que nos devemos afastar...

Quando ROMA caia - todo o seu povo irá atrás.. lembra - abrirás as asas para voar - e não haverá algema dourada no teu pulso sagrado nem grilhão que prenda a tua vontade de AMAR...

És LINDA MULHER!

Atreve-te a o SER...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Um ponto de apoio e uma alavanca - mover o mundo interior

Sê tu o meu ponto fixo... oh arquimetisa desta existência!... sê tu o ser que me reconhece, me vê - pelo sou e pelo que osso chegar a ser - e me abraça... sem discriminar... sem retirar de mim um pedaço... simplesmente amando - cada traço... de luz e de sombra - para que juntas :como semente e adubo - possam dar azo a plantas vivas que decorem o nosso jardim de presença e de luz!

Sê tu o ponto fixo... a estrela polar... que o amor te dê raízes para que eu possa em ti repousar...

Seja eu a alavanca - que move nosso mundo para o sonho: de um dia despertar entre florestas de carvalhos, numa casa de pedra e madeira, com uma lareira... e alguns hospedes estranhos - peregrinos que passam pela nossa beira e que acolhemos com total simplicidade...

Possamos ir mais longe na busca da verdade - extirpando as sombras e desvios que procuram o nosso brio, a noss aluz de amor - a nossa sinceridade...

Tu e eu devemos ser mais fortes... tu e eu devemos ir mais longe...

Tu e eu já estamos no caminho - agora falta - decididamente - caminhar!...

Vem Ser amado... vem!

Já os nossos despertares se fazem lado a lado - como mimo e presença; já há propostas de adaptar rotinas para que sejam cada vez mais nossos - de forma a que o nosso tempo juntos m- enquanto não escapamos da jaula - seja mais e melhor e sinónimo de conhecimento e intenção de entrega...

Não vamos deixar que a enxurrada - de tantos que se entregam e se tornam norma - se faça o nosso caminho diário nem a nossa triste sina ao arrivar o fim do dia sem um sorriso de triunfo nos lábios e a alegria de reconhecimento do outro zunindo na alma e fazendo abanar até as orelhas...

Vamos ser amado...

VAMOS!