Música

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Males que vêm por bem... um pouco mais de Amor e tempo de real - louvor - devoção - a algo ou alguém... ninguém é de ninguém (por hora)




Um dia - numa certa reunião em Londres, em processo de determinação de lugares para voluntariado internacional - calhando de estar numa sala - com múltiplas informações a partilhar - dei por mim encerrado, num quarto selado, com observadores nos quatro cantos da sala - por detrás de nós a nos avaliar...

Chegávamos a um certo lugar - inventado - e nesse lugar - abandonados - tínhamos de nos "desenrascar"...

havia gentes nos lugares ausentes - que poderíamos contactar...
era uma "certa noite” a passar... escolher bem marcaria a pauta de como nos iria a manha - pela manhã - saudar...
havia quem era do lugar - pobre e sem mais... sem lugar para pernoitar - dormir num chão entre sete ou mais...

havia quem era maioral - dono do lugar... e que não era respeitado por sobre todos mandar...
havia quem era da “eclesia” - e estava para ajudar -e  as gentes do lugar tinham outra camisola - de religião para religar...

e assim seguia a litania - de informação a partilhar - todos de capa oficial investida, todos em roda viva - todos a falar o nosso inglês particular...

e assim seguia a nota - cada vez mais alta - cada vez mais guerra e discussão a se manifestar
pois cada qual tinha opinião própria, sua e defender o seu lugar era nota geral....

esquecidos dos observadores
que por detrás nos estavam a observar... e avaliar - seguia e seguia a determinação de perfil psicotécnico a avaliar...
até que um certo louco, sábio, criança, parvo ou simplesmente alguém naïve - para falar outro falar
comentou o que lhe ia na alma e que ia contra tudo o que se pudesse imaginar

(o rei vai nu)


que as informações que nos deram
eram todas
em si
diferentes
nenhuma igual
e que - por muita cacetada
que se desse
por muito que se provasse
por muito que se argumentasse
a “charada" não tinha solução - nem princípio - desde o seu princípio até ao final...


assim terminou a avaliação...
e todos ficaram outra vez juntos - como na sala de reunião - na que faláramos e mais não notávamos quem era quem... quem poderia estar a avaliar, quem tinha que lutar - quanto haveria a perder ou ganhar...

entendem agora o tal "jornal" - que - casa onde não há pão - todos ralham e ninguém tem razão?"...

assim entendem a dos observadores, dos cantos, dos cânticos e dos senhores?...

e - qual a solução que tens a presentar
sejas são, louco
criança um pouco
ou maioral

de que forma podes salvaguardar
essa tal vida
que agora mal se pode recordar

essa que era - viva - faz pouco tempo sentida
e que agora - quase nem há tempo para - "RECORDAAAAAR"...






Fica a pergunta em forma de charada real – passada em 2003 antes de ir para terreno internacional;



segunda-feira, 28 de abril de 2014

Asas de Sonho - luz além da luz... encontrar o eco que nos traz e nos leva a esse "estranho lugar"







É seguir – como um nómada –
 em busca do seu lugar –
como despertar

uma certa  e única manhã
aquela que mais não volta
e procurar

o tesouro
desse nosso dia
desde sempre
por dentro a palpitar

além do ouro
que se prometia
e do poder
que se entrevia

ir além
e achar

o reflexo
que em si
mesmo traduzia
o valor da própria vida

e voltar

desde esse estranho tempo
desde esse estranho lugar
que palpita desde sempre
por dentro
e que por fora
poderemos
de novo encontrar…

para partilhar
o que se desconhecia

se trouxe
de novo
em vida
para assim mostrar

para quem tiver olhar
para quem ouvir
sem se deixar esvair…

Para quem puder levar
Transportar
E partilhar
Sem mais nada dizer
Ou fazer
Do que ser e estar…

E deixar discorrer o tempo
Nesse
Neste
Naquele lugar
Até que

Quem pergunta
Atenta
Atento
Assim também

Possam achar…

para quem sentir
e assim transmitir

sem mais

nada fazer
Nada dizer

Entrelaçar ser no Ser
E Saber Ser sem mais


Dia pleno
De Viver
Dia pleno

A esquecer
E distribuir
E plantar
E partilhar

entre as sementes vivas
Que assim saibam ouvir

Entre os rebentos de vida
Que assim saibam sentir

Entre quem assim anuncia
E se deixa… à espera o dealbar

Entre a linha obscura e fria
E a manha nova e pristina

Do seu despertar…

Horizontes
E linhas
Sonhos a refazer devagar
De entre o mundo no que
Entrelaçados
Entre pratas
E ouros marcados
Ousamos
Os recuperar

E assim se anunciam
E contam
Em melodias
Partilhadas
Ditas
Rezadas
Consagradas
E seladas
Assim neste
E naquele outro lugar…

Esse
Que tu
E eu
Ainda
Poderemos
Um dia

Nesse dia

Encontrar

E nos
Ver

E saber
“Quem” estivéramos
Desde sempre
A procurar…

Seja esse
O Presente
A se Festejar

Numa forma
Discreta
Silente

De se oferecer
Sem nada
Se dar



tres estrelas, 
um canto

tres luzes no céu
em esperanto...

uma criança
que procura
salvaguardar

um
mundo novo
sobre o velho

que o "nada"
 pretende olvidar...



sexta-feira, 25 de abril de 2014

pt - III - O ANTIGO abraço - além da árvore, da dama e do seu barco - pedras vivas --por ora frias - despertando






Neste momento
Por este sentir ausente

Se encontrem
– além da mente

E se abracem
Se assim se comprazem…

Se assim pena alguma
Os puder

Medir
Pesar

Ou já mais
Separar…



Sejam as árvores
Da luz

De prata
Que reluz
Suave

Escondida

Velada
Guardada

Entre ondas
De um céu estrelado
Numa noite
De luar anunciada

Gotas vivas
Entre nós distribuídas

Para quem
Ainda não tem

o olhar
de ver
ninguém…


Vivas assim também
E de seu fulgor
Reflectido
Assim mantido
 manifesto e vivo

Revelado
Sem ser roubado
Tomado
Ou desejado

Simplesmente
Vivido

Baixo  o sopro
Subtil

De uma Primavera
Entre mil

Que sopram
E sibilam
Em formas
Suspiram


Como será este
Novo Advento
Mundo novo
Novo fundamento

Entre este mundo
Lento
Que desperta
Além do sentir
E do sentimento

O abraço antergo



quarta-feira, 23 de abril de 2014

- PT - II .ÉS - se na condicional - És - se - vai além do que te parecia... (faltam acentos e entoação - a tua e a minha - podem Ser a mesma canção)


Um sonho
de uma noite escura
desde um s.João...
até uma alvura
nesse teu
nesse nosso eterno coração... 
rima simples
transcrição singular
como rimar um beijo
sem estar
em par



Se encontrar sintonia
Entre o
Ser
Que te anima

E o que parece
Estar além da perspectiva

De ser
Sem poder

De ter
Sem querer

De ser (es)
Poeta
Ou poetisa

Da Vida
Sem o saber (es)…
Então

Qual prefer (es)
Qual
Quer (es)

A tortura
De prevalecer

Em partilhar
O mal querer

Ou a força

Imensa

Sonhadora

Senhora
Criança

Da triste hora
Na que te atreveste

E transcendeste
O medo

Que te fazia

Por dentro

Esmorecer?...



Ouvir com o coração
partilhar por devoção...
saber que há fronteiras mais
e há mundos inteiros
internos
a desbravar

caminho
a seguir
por ti
que sabes
e por mim
que me perdi...

até breve
alma leve

coragem
nesta 
paragem...

está para breve
a divina
aragem

reconhecer
em cada ser
o mesmo olhar

semo saber...

contar

ou


viver...










Uma sequência de acasos - amor puro ou fumo baço...







Num mundo feito de ferro,
feito de aço,
feito de medo baço
Um grito ecoando
A tua luz revelando…

Movimento
Intenso
Numa cadência
Interna
Lento…

Saltando
Subindo
Seguindo
Entre veredas e estradas
Existindo

Entre quem te apoia
E quem não te vê
É em ti
Que esse verso vivo
Crê…

Danças entre o destino
Desafio
Frio

Perdido
E o outro
Transcrito
Servido

Desde o ponto de vista
Vivido
Pelo coração transmitido

Segredo
Segredado
Entre noites
De luar
Revelado

Quendo te vi
Quando te esqueci
Entre os ferros
E os braços
Férreos
Que nunca senti


Quando me viste
Tu a mim
Entre o enlevo e o suspiro
De frio
De uma brisa
Na que mais ninguém crê…?

Qual a donzela triste
Que
De semblante em riste

Se mantém
Ao pé
Do vento
Norte

Ao pé da triste sorte
E a triste sorte contém?...

Quando as vagas
Do nada
Do que nada importe
Do que nada lhe falta
Chegam
E nos apagam

A nossa chama antiga
Que por nos clama…
Que – por muito que eu diga
A nós
Não nos diz nada…



Por muito que o diga
Em ti
Amiga

Existe

Uma cantiga
Antiga
Que nunca se cala

Que se ouve
Noite e dia
E por dentro
Nos afaga…

Crer que é possível

Poder
Refazer
O impossível

Acontecer
Neste tempo
Neste momento
Nesta
Nova
forma
de querer…

Sem querer

Ver

Vagas de estio
Do antigo
Frio

Da amiga
Ao amigo

Se perderam no estio
Que nunca mais se entrevê…

Feitas rebentos vivos
Entre os romances
Escritos
Entre os cânticos
Perdidos
Entre as linhas de hinos
Reunidos
Entre olhares
Perdidos

Em linhas
De limite

Esquecidos
Ou renascidos

E as fronteiras
Antigas

Se façam

Primeiras
Metas vivas

Suspirando
E caminhando

Quando tu assim o digas

Quando eu oiça
Por dentro
O teu viver…


Entre quem
Ignora

Não mais chega
A hora…

Assim tanto
Do que temos
A dizer
Se pode fundar
Renovar

Ou perder…


Um povo
de Honra

Uma donzela
de uma nação
de cavalo
Branco
sobre Verde
Campo
estrelado...

Uma donzela
fria
pela noite investida
pelo dia
perdida...

UMA NAÇÃO
UMA MELODIA
esquecida...

Um certo dia
para ser dia
e uma 
estirpe
perdida
sendo reforjada
ou para sempre
deixada
entre a estrada
do tempo...

Banida



terça-feira, 22 de abril de 2014

A voz do Silêncio...




vidas

Tantas e tantas – disfarçadas… incontidas… berradas pelos cantos, da Vida, uma vez abandonadas – as nossas esperanças – assim desgarradas, feitas em pequenos pedaços, de sonhos e nadas…

Algo em nós reclama… o que por dentro… a alma clama…
Algo num momento… como um suave fulgor… uma brisa de amor… entre o olhar desperto, atento,

liberto…

do desejo…
do medo…
da dor…

do tempo…

pleno de reconhecimento…

Verdadeiro alimento interior

Manifesto
num
Sorrir…

sem mais pensar…
existir...

deixar-se estar…
sem ir, ou voltar…

Ou mais procurar…

Abraçar…
sem pensar…

um fogo – que por dentro – pode queimar…

e depois rir… a gargalhar – por saber – sem saber,
que se encontrou – mais uma vez – essa Vida...

esse Algo que por dentro é sina...
e nos ensina…

em transparente medida
– a encontrar…


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Vens TU comigo?... Amiga do teu amigo... amigo simplesmente por sentires e viveres o que aqui digo?...

Mil fogos
Ardem
Sem se ver
No coração
De quem assim
Ainda
Se digne
A crer







Mil fogos
A não esquecer
Entre a luz nova
E a luz a se esvaecer

Mil fogos
Em teu redor
Mil fogos
Por devoção
Amor e louvor

Mil fogos
No teu coração
Prezado
Mil fogos
No teu coração
Sagrado
Mil fogos
No teu coração
Rezados
Baixinho

(clicar para ouvir como outros ouvem)



Sem se ver
Ou sentir
Além do que nos
Diz
A ti
E a mim
Aquilo
Que ninguém mais
Nos diz…

Esperança
Entre o eco distante
E o som
Da palavra

Cadente

Silente
Do homem
Feito criança
E da criança
Sorridente

Que assim se anuncia
Num discurso
Pungente…




Mil fogos
Ardem
Sem
Se ver
Com o olho
Que sabe
Que tudo
Isto
É verdade

Mil fogos
Por dentro
A prevalecer
O que
Por fora
Parece
Esmorecer

Mil fogos
A renascer
Entre tantos
Outros
Olhos
E lágrimas
 A esquecer

A razão
De ser
De aqui estar
De aqui
Ficar
Até despertar
Desse sonho
Que se pretendia
Recordar



O futuro
Risonho
Que nos foi dado
A viver
E guardar

Faz tanto
Tanto tempo
Que se parece
Deixar
De viver
E partilhar


E que regressa
Desde sempre
Por sempre
Entre a manha
E o entardecer

Noite velada
Esvaida
Apagada
Dos teus
E dos meus sonhos
Além de nada

Trazidos desde a noite escura
e pela nossa alvura
em alvura transformada

e pela tua
e pela sua
e pela nossa docura
em vida nova sagrada

assim feita
assim reforjada
espada
de águas
de vidas
novas
em vida
nova
transformada...



Entre o astro sagrado
Arvore de silencio
Rei enterrado
Esquecido
E abandonado

Algo novo
Brota
Sem se saber

Semente de vida
E de luz
A prevalecer

Um espaço
Um pedaço
Da tua alma
De ser
De mulher
Uma onda
De água fria
Que se anima
E te faz reviver

Me dizem
te dizem
"vai"

te encomendam
um caminho
que se esvai

te reservam
um momento
num espaço
do que se não sai

e entras
com coragem

e a tua alma
em imagem
reves

num espelho
de água
no que mais não crês

e vês
o meu
e o teu
olhar
do revês

esquecido
transformado
em mil
e um olhares
transtornados

de tanto
e tanto
querer
o que se tem
por dentro
apagado

e tu reluzes
desde esse
teu 
outro
lado

e eu te procuro

perdido
esvaído
entre tanto
olhar perdido

e te sinto
renascido

entre o momento
assim partido
nesse tempo
assim 
renovado

e sei
que estás
ai
e que não vais
mais
de mim
sair

aonde
te mandem ir

com vozes
perdidas
que desconhecem
o devir

quem não sabe
bem
do teu
e o meu
bem querer...

e te esvais
se cais
e te perdes
se vais

e te encontras
se me abraças
e recordas
o que
quando
sem sobressalto

a esta triste orla
trouxeste
escondeste
entre as rimas
e as palvras
soltas
perdeste

entre as horas frias palideceste
a luz mesma
do go
que cresce
e que por dentro
firme
nos enaltece


assim
me repuz
assim me repuseste
água e fogo
sombra e luz
no mesmo espaço agreste...

num mesmo Ser
que mais não se esquece...





Um pedaço
De sonho
De um homem
Qualquer
Que recorda
À frente
Da porta
A razão
De ter saído
Sem querer





Entendes
A rima que digo
E o ritmo que sigo
Entendes

Amiga

Amigo

Tudo que ainda
Está por vir?...

E por dizer

E que
Traduzir
Não consigo...

Se quiser?...




Entendes
Com a voz
Do ser
E o perceber
Do teu sentir?
Sendo-o
Também
Sem o saber
Querer?...






Existir
Além



Do porvir...

entre as linhas entrelinhas de seres humanos vidas
tuas 
minhas
de seres livres já mais escravos
dos medos
dos gregos
e dos seus troianos

dos sonhos
amantes
e dos seus rebentos 
guardados 
pais hermanados...


Sem temer 
o que já lá está...
Por aparecer…




Perecer
ou
Renascer...

ou a Alma antiga
esmigalhada
e perdida
de novo congregar
refazer
e apresentar...

ganhar ou perder
nas rimas
é uma charada de horas
frias
trazer a emoção contida
além das horas,
das memórias perdidas
é ir mais além
da magia
e trazer a alma
viva
de novo
à Vida
prometida











segunda-feira, 14 de abril de 2014

Deixar a melodia nos elevar


saber o que nos faz
sentir o que de melhor se mostra
e se desfaz...
essa estranha sina
esse algo que nos priva
de ver
o que por dentro
anima
 aseguir
e perseverar...
seja a vontade
por si mesma
dada
ao mundo
sem idade
seja o que nos 
anima
essa vela
antiga
que se inflama
em chama
com o vento
que nela
estima
a própria
vida
em si mesma
reflectida
num olhar
em quem assim o diga


em quem assim o souv«ber
fazer valer
e assim
sem o saber
demonstrar

simplesmente
por 
ser
e simplesmente
por
estar...

perto
sem mais...


e quando tudo
pareça
esquecido

ou perdido

se erga
de novo
de entre o estio
e revela
a verdadeira razão
de ser assim

de aqui estar
de
em ti
morar...



deixar a luz do dia
por dentro
de nós
se mostrar

e caminhar
numa noite fria
dançando
ao luar
com esa melodia
no peito
 a se manifestar...