Música

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Nadie como Tú...



O tempo passado
Como Presente preservado
Num momento que se evoca
Em cada passo dado que nos toca

Por vezes ridente… por vezes pesado
Qual diamante latente, transparente

Entre as nossas lágrimas derramado


Sentir a chuva
e a palavra tua

essa que apenas tu podes dizer´
que advém desse coração vivo
que em palavra entre o Estio
a nova Primavera há de trazer

"Um livro por uma causa: do Betão ao Coração - Flores de Luz" - Maria d@ Luz







ACIMA UMA PASSAGEM PARA ALGO 
- QUE APENAS TU PODES TOCAR
UMA NOTA QUE APENAS TU PODES OUVIR
UMA MELODIA
QUE APENAS TU PODES SENTIR...
TOCA A MUSICA QUE E PODES ASSIM VER
E SENTIR´E DESCREVER....


palavras como gotas vivas essas que assim nunca hão de morrer

sentes sua única frequência, essa que apenas tu poderás (d)escrever



sente a chuva em tua pele, sua cadência única te eleve
dança entre essa melodia, que ainda ninguém escreve;

ninguém mais vai poder senti-la assim, 
um tesouro único entre o suave jardim,

ninguém mais vai poder transmiti-la 
pois sua forma que ninguém ta dita...

escrita 

por dentro, para que por fora, chegue até "aqui"
e vivê-la e ajudar a que germine 
em palavra escrita em livro de página em branco

Essa vida tua que seja em realidade "nua"...
até que a chama que é Viva a faça definida

formula jamais perdida...
nunca encontrada
sempre esquecida
entre nós sempre achada... 
enquanto era adormecida...


ninguém ... como tu...

"no one else, no one else 
can speak the words on your lips..."






I am unwritten, can't read my mind, I'm undefined
I'm just beginning, the pen's in my hand, ending unplanned

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inhibitions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else

Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is where your book begins
The rest is still unwritten

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ser-nós-Humanos






"Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo"


Fui bailar
em meu "bater"

passando além do mar cruel

E o mar me acusando
diz que eu fui roubando
a luz do teu olhar

essa luz... que sem par
vagava entre as águas 
sem cessar...
sem norte...
sem guia...
sem esperança ou sorte
... de regressar um dia

sem a estrela 
estranha e bela
que entre a noite é mantida
essa que guia, que alumia
assim de novo anuncia
o teu regressar

Salvo de entre o espanto
da treva e do pranto

para acolher de novo
o belo e suave canto...

de bailares por mim
de zelares por mim
tanto...
tanto...

Vem cá ver entretanto
depois de teres passado por tanto
se o mar que era acusando
terá em si razão
se o meu estranho pranto transformado em voz e ilusão
quando agitando o meu escuro e alvo manto

te trouxe de novo à costa
de entre os rochedos e dos negros segredos
que o mar teceu em teu derredor

vem ver dançar o meu coração
vem ouvir cantar sua voz de amor maior...





Quando entre dois olhares reflectido é assim doado…
Ver, sem querer sendo assim olhado de um outro lado

Não sendo entregue assim, seria como olhar roubado;


Ver na Vida em ti e em mim o que é assim outorgado;

sábado, 20 de setembro de 2014

Flores do (além) a mar





Quando tenho sede de te ver
Pesando tanto o te esquecer…

Procurando em cada linha em cada estrofe
Em cada movimento que nos move
O te recordar e evocar




Em silêncio te tocar
O te descrever…

 sem te ver…

sabendo-te
Sem te poder tocar…

Ou olhar…



Ou entre beijos…

te abraçar…

Sentindo-te
E tendo-te…

Sem em verdade
te poder amar…

Amando-te…



Quando a alma chora
E o único que pretende é sair
E ir
Porta fora



E subir
De novo voltar

Ao seu terno
eterno lugar…



Quando o calor e o frio
Vão mais além do que o brio…

De ser assim
de em ti estar…

E em ti morar




Em ti, por ti

Através de ti vogar…

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Qual o amor maior, qual o caminho do ser superior - qual a melodia interior - que te chama e te embala - em louvor..



Qual a natureza da anima humana
Qual a certeza que nos motiva a avançar
Neste mundo nosso que preza
Todo o passo e poder que se possam contar…

Qual a alma humana
Qual a divina essência a  se achar
qual a fonte antiga e submersa
que por dentro da alma nos dá de beber

….sem se notar

Qual essa antiga presença
Que nos abraça e ampara e rodeia

Em nos por vezes tão cheia
que quase se pode tocar…

Como o ser que se ama
E nos olha sem mais duvidar

Como o abraço que se entrega
sem pensar

Como a brisa que nos trespassa
e nos embala
ao mesmo tempo

sem nos deixar de falar…
por dentro
respirando
Atento

Qual o ser que nos anima a avançar
qual o seu divino fundamento
qual o seu alento
Teu, o meu sustento
O nosso alento juntos
em beijo velado a se partilhar?...

Quem nos guia e a anima
a regressar avançando
em velocidade de gente
Nos entrelaçando, quem assim
regressa ao seu eterno lugar?...

Quem recorda,
ou lembra,
ou está prestes

 a despertar?

sábado, 13 de setembro de 2014

SERES HUMANOS (SOMOS)




Ser Humano é…

aqui começa a prosa, a poesia e a ciência a duvidar…
Ser Humano… estar… num certo estado de latência
Dessa nova estranha consciência assim a despertar;

Seres Humanos são…

Mãos que entrelaçam entre braços que se abraçam…
Um mesmo Coração que em coração assim se sente…
Além do Mundo aparente, entre tanta e tanta gente…

Nessa sua máscara garrida, vestida para impressionar;


SERES HUMANOS 
SOMOS
(o vejas por onde o vejas)

Quando entre dois olhares é reflectido, dado;
Quando é comprado, por finas pérolas doado
Quando é forçado pela força é assim rasgado


Se não for entregue assim é o olhar roubado;

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Transmutação - alquimia de Vida no puro coração - devoção, aspiração, vocação - amar além de Eros e Philos o que paira entre nós já no ar






E assim aqui andamos- ora na orla, ora na crista , ora na cava – desta melodia florida- escrita para quem souber ler – traduzida para revelar – como todos os caminhos têm um centro – um ponto de partida e uma meta a alcançar...

E como os sentimentos – em roda viva- se levantam e se põem a rodar – em de redor dessa pedra aquecida, desse coração novo -  Vida – em si investida – como mosquitos em volta da candeia que mais não se vai apagar…


E um a um caem no fogo brando, no fogo branco – para se sublimar – e lentos, lentamente se transformam – nesse algo suave… etéreo – que nos permeia e nos faz ao fim “levitar”…

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Al quim ia - ir e voltar sem sair do lugar - mil e um mundos por dentro a se mostrar

A força que liberta
A ciência certa





Mais além da porta – já aberta – uma luz entra e nos refaz
Uma luz que dissolve a treva, que nos mostra a nossa face
A face vera e bela – que por dentro nem treme nem teme
Essa que, dormente, é ternamente presente, essa donzela

A que zela, passando o dia e a noite em vela,
A alma inteira guarda, transparente aguarda,
a tua opção, coragem que advém do coração
Uma força que não se comanda em vontade;

Nem se ergue
Em contra da essência
Da sua própria verdade

Com compaixão, vai mais além da verdade
Essa que no dia se esta acostumado a ouvir
Essa que marca a pauta da saudade
Do mundo interior, o que pode advir,
desse algo maior que fala do Amor…
Esse que sabemos assim existir

Vem desse nosso mesmo centro
Templo além do tempo e idade
Vem do Ser sem sequer saber
Vem do estar sem sabe estar
E mesmo assim permanecer;
Esperando
– procurando –
no mesmo lugar –
se prolongando

Dois seres num mesmo lugar
Que se encontram e juntam
E assim se casam sem cessar

Vêm ambos assim se entregar e mergulhar;
Entre espaços que se repetem sem cessar…

Entre os tempos se perseguem…
No centro a reencontrar seguem
A fonte e a origem, a força e vida

Eis nascente de água pura, fluída
dentro nos de novo a se vivificar,

Eis a donzela dormente
Na sua torre em rio corrente
Transparente como o mais puro cristal






Esperando assim ser prendida
Ainda que silente adormecida
Chama da coragem incontida;

Ainda ausente o fogo branco
 Vermelho e vivo esperando;
Se transformado regenerando
além do que te digo cantando

De novo se transformando;
Em chamada pura e original

Eis a transmutação real
No Cálice original
Da água da alma que flui
Em vaso de cristal

E da coragem que se propõe;
Nem se limita nem se impõe;

Ao Ser de sua essência igual…

(excertos de poesias - Do betão ao coração - Flores de Luz - Um livro por uma causa)