Música

sexta-feira, 11 de maio de 2012

abraço







Porquê o anseio? Porquê o desejo? Porquê esta fome e sede de ti?

Porque o regresso, ao ponto sereno, de onde emana a luz que nos faz ser assim?

Talvez por sabermos... numa mensagem ecoando baça em cada célula...

Que o ser primeiro é uno e unitária é sua forma de se manifestar...

Feixes de luz que se entrelaçam para a harmonia abraçar...

Deslizar suavemente... meu corpo uma ponte, teu corpo um templo...

Dois que se diluem... que se refazem no carinho e na entrega, no mimo e na leveza de ser

E o corpo começa a responder... elevam-se as vibrações... cada célula começa a luzir... é momento de sentir...

Enlevo, delicado suave e sereno... caricias que abraçam o todo do que se vê e do que não se vê...

Olhar lânguido que comunga, respiração pausada, lenta, ciclo vital que entra e sai sem deixar de elevar...

Sensibilidade acrescida... longe da ameaça, da violência da vida que passa...

Sintonia cada vez mais intensa... ritmo pausado... serenidade no genital... intensidade no coração... suavidade no olhar...

Mergulhamos um no outro... já não há homem ou mulher... há o ser...

Quem comanda dilui-se na dança... e a dança é quem guia o nosso sentir... o nosso agir...

Espirais que se entrelaçam, ondulação que vai traduzindo várias cores, vários sabores do mesmo ser dual...

Encontro profundo, sorriso para o mundo ao regressar...

Em cada dança, em cada momento de transe... regressamos mais fortes ao mundo real...

Encontrar sintonia, na vida vazia, é o caminho do mundo actual...

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