A complenamentalidade sucede além do apego...
Quando há ponte e ainda não há visão de futuro...
Quando a proximidade é o mais duro... e a distância implica separação..
É quando ainda se sente... que apesar do presente... de tocar o ser irmão...
Se vêm mais as diferenças que separam... os véus que amparam... a realidade última da criação...
Ver mais além... do ser, do ter, do gerar, do poder...
Ver mais além... do querer, do precisar, do sustentar... do perecer...
Ver tão fundo... entregar-se tão intenso... que a trama que sustenta o mundo abra suas portas para quem reclama...
Que do outro lado do muro se libertem os prisioneiros... que do outro lado do templo escuro se voltem a ver os campos abertos...
Que, do mundo que vai para o fundo, se elevem os irmãos...
Que as asas escondidas, outrora perdidas... voltem a abrir-se no coração...
Assim - mão em mão - veremos novamente o que nos quiseram velar...
Numa parte nos dizem "teme"!, na outra nos dizem "vai começar"!
Ambas as vozes são vazias - pois é na voz do íntimo que se pressagia aquilo que ampara a idade e que a criança mostra na palma da mão:
Já existe no dentro da alma - reclama pureza e vontade soberana para que se revele na mais pura devoção...
Quatro mãos que se sustentam...
Um só bater de asas... irmão
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