Música

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Além das Sombras: a luz de amar

Na vida:

Entramos abraçados e saímos sós...

Que será que perdemos ao longo deste percurso?

Quanta solidão vendemos dia a dia - enclausurados num gabinete, olhar velado por um ecrâ de teflon, vozes condicionadas por caixas parlantes que nos cabem na palma das mãos?...

Quanto despeito inalamos - ao caminhar nas ruas: solitários... ignorando os passos alheios... se já nem olhar nos olhos nos olhamos?

Para quê tanta gente se estamos tão sós?...

Por isso - tu que ainda crês... tu que ainda queres... tu que estás disposto a dar teu sangue por fazer da vida a maravilha plena que te vai na alma... a torcer o teu ser - pra fazer nascer esse mundo novo no que possamos sorrir... além do véu que nos pretende cobrir... e ver mais além: o coração aceso... o sentir ameno... a solidez da coerência de quem se entregoua a se amar...

Acorda!

Quanta desconfiança comemos que nos tenha feito desacreditar?!... se o mundo é todo nosso! - ao respirar o sabemos... pois o ar que respiro é o ar do mundo inteiro... vês... do teu SER e do que te rodeia és herdeir@


Então a que espero para quebrar os grilhões deste mundo nero e entrar finalmente no templo da vida que é toda una - e, em mim... em ti: se reclina para mostrar que estamos todos ligados e não há um ser que exista - QUE REALMENTE EXISTA - estando na aparente escuridão?

Aquilo que chamamos "solidão"?...

Abraça e sê abraçado... esse é o primeiro passo...
Dá a mão e caminha de mão dada - esse é o segundo...

Sorri - com toda a tua verdade: não deixes atrás nada da saudade dessa casa ancestral - plantada no teu ser, que faz palpitar o teu viver e que alimenta relações se são relações para durar... e nos alimentar.

Creio na vida, creio nas pessoas, creio no amor que une e liberta...

E por isso há dias nos que dói, há dias nos que regbenta - ver irmãos perdidos nas entrelinhas da vida, em rodopios constantes perante histórias mal vividas: cegos que guiam cegos para o abismo de sombra que não mais tem fim...

E depois - depserto - e me alegro... quando sinto uma criança no colo;

Desperto - quando vejo a ilusão do olhar dos meus alunos jovens!
Recordo - quando mergulho num abraço amigo - que mais nada pretende do que me abraçar... sabendo-me por inteiro... e assim me aconchegar...

Tão perto... tão perto da palavra amar...

E sonho - um dia - poder entregar o meu ser, o meu crer... o meu pensar... num corpo que se abre para um mundo novo no corpo da mulher que amar...

Tudo na sintonia que se encontra quando se passam as portas, os fogos que se saltam de mãos dadas... e se exorcisam as sombras e fantasmas que vivem nos recantos desta mente superalimentada que nos caracteriza como seres "modernos"...

Poderemos falar de coisas que nem vemos ou sequer imaginamos - desde filosofia, história antiga, quântica e "energia"... mas - conseguiremos abrir a alma para que um ser: um ser único e singular... o NOSSO amor, para que possa lá entrar; ver, sentir e absorver toda a dor, todo a fé, todo o sonho de despertar e para a vida acordar... para levantar um dia e sorrir.... e saltar.... e amar: de veradade...

Será que chegará o dia no que essa abertura se faça possível? Na que um ser forte e sensível invada os nossos temores, expurgue as dúvidas e ilumine novamente a tocha da fé que se encontrava esmorecida - por isso permitindo a entrada das sombras na nosso templo de vida querida?

Esperemos que sim...

Esperemos que sim!

Sem comentários:

Enviar um comentário