Música

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Espelhos... um pedaço de ti






Tantas coisas diferentes, todos espelhos iguais…
Como será possível encontrar o ponto
No que as agulhas do tempo
Se refaçam em corações originais?

Onde a brecha
Onde o filtro para a fazer voltar
 A ser um espelho
Que olha o firmamento
Já mais não velho

Algo novo
E simples
Puro
Deleite

Como um muro
Em branco
Prestes
Para se pintar…

Que coisa estranha
Cartografada
Nomeada
Até às entranhas
Coisas que já não se podem renomear…

Estrelas
Segundos momentos
Profundos
Tantos instantes perdidos
Para quem passa
Sem o devido vagar
Como a brisa
A soprar
Na cara
O ar
Que se respira
De forma fria
E que
Por dentro
Aquece
Sem se notar

E todo aquele espectáculo
De vida
E de cor
Que brota
Num instante
uma perola
uma pétala
uma flor

E cada coisa que se vê e sente
Cada coisa
Sem se ver
Perfumes
Ramos de pingentes
Orvalhos
Ridentes
Entre as sombras
De jardins ausentes
Primaveras
Frias
Mais-valias
Garridas
Entre o coração
De quem assim quer ver…

Cristais e diamantes
Entre as ervas
De antes
Corações
Entre os trevos
Que mais não te quero

Dizer




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