Música

domingo, 9 de dezembro de 2012

Tempestades... barcas e estrelas de esperança




Que fazer? Quando as marés dos dias parecem passar sobre a barca dos sonhos como negras sombras ou mostrengos medonhos... e nem a perícia do navegante, nem a dureza das tábuas bem alinhadas deixa entrever esperança entre a força do mar rugindo de profunda raiva?...

É ai quando me precato da fragilidade deste meu barco, das suas intenções marcadas a leme, das estrelas da vida semeadas no chão daqueles que se ame e se tem em mente...

É nestes momentos, nos  que tudo treme... nos que me sinto vazio ou desprotegido e as referências válidas se esvaem para longe do meu pequeno e esquálido navio navegando águas antigas procurando a estrela da esperança para a trazer de volta ao meu povo sofredor...

Entre tanto desvario - um abraço - um eterno abraço - simples, abrangente; transparente pertença do regresso - ao Um que era dois... que se reencontra enrolado, num ventre apoiado, numa calidez viva amparado... sendo um novamente e recuperando - célula a célula - todos os tecidos rasgados, os tendões rebentados e os ossos moídos... as ideias exauridas e as emoções presa do medo e da falta de sentido para rumar neste mar vil... sem estrelas, sem sol, sem luz, sem lua - que apenas pretendeafundar minha pequena barca que ruma para o grande e amplo amar...

Assim - obrigado pelo teu terno sorriso, pela presença simples, pela brincadeira entre nós inventada... porque me fazes humana pertença... me trazes mais perto da graça e essência de estar humano e de sorrir assim - simplesmente - por te sentir;

Obrigado

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