Música

sábado, 1 de junho de 2013

... recognition...





naquilo que crês…
estás perto

– tão perto que se faz transparente –
 mesmo estando tu dentro…

Que vês quando me vês então?...



Vês duas pernas,
um rosto e um par de mãos?...

que procuras
– talvez –
seja o cheiro da memória
tudo aquilo que ainda não és?...

será o futuro recordado?
esse no que sou pai, amigo, amado?...

será a casa que ainda não se fez?...

serão as opções perdidas
que serão guarida
para no colo um do outro crescer?


Serão os acertos
que nos farão mais perto
ou os enganos
que afastarão nossos fados

até ao mundo da sombra,
do esquecimento
e do frio eterno e gelado…
essa triste memória que se transforma




– se faz inverter e perder –
o que outrora era dia
se faz noite sombria
por tudo aquilo que não se fez…

e o que ficou por dizer,
entregar,
crescer e abraçar…
quanto desse amor ficou por se dar?...

Serão os filhos
– esses que a vida planta por nossas mãos…
dois,
três talvez,
u aquilo que a vida mandar?

Rapaz, rapariga…
patucos rosa, azul.. branco ou sapatilha da adidas
da nike em rosa para meninas...
tudo o que se pode comprar...

como se fossemos montra de loja
no centro comercial de quem cuida…

não te parece esse
conto de fadas contigo de Bárbie
e eu a fazer de Ken?

Quem para os cuidar se não há tempo nem vagar?
Quem para os amparar
– quando nos esgotamos em guerras sem saída-
e assim nos deixamos enganar



É este o espaço e o tempo no que nos vamos encontrar,
é este chão
baixo este firmamento
onde queremos habitar?...

Ou há mais?
Ou seremos nos os tais
– os que vão Vida de entre esta vida despertar -

para aquilo que se esconde além do olhar…
para o que se mostra em cada gesto de paz…
verdade acesa
quando se revela aquilo que é verdadeiramente nosso para dar:

Verdade:
na via da vida e virtude…
valor humano ancestral…
chão nosso, terra firme
verde que alimenta nosso barco a vogar…

Seja este o valor do que é nosso,
seja o que ainda desconheço aquilo que esboço…

seja aquilo que não se pode roubar,
vender,
trocar:

conceder,
vilipendiar
ou delegar

nem em pensamento,
nem na manha,
no medo
ou outra coisa estranha



– é aquilo que nos faz seres livres –

comunhão eterna
entre o que a vida encerra
e aquilo que nos foi dado a manifestar…

 menos do que isso é penar…

circunscrever o dom
que nos faz ser é renegar…

vender o tesouro que vai além do ouro
 é MORRER DEVAGAR:

vens tu para viver
e viver sem vacilar?

Ou és mais um dos que vem para se perder,
para se vender,
vergar e ajoelhar?...

pensa um pouco,
sente cada poro de ti a vibrar

– cada átomo de vida em ti a fervilhar –

cada batida desse coração
sendo um Universo inteiro a ribombar…
VIDA em ti a palpitar…

tu vibrando nessa melodia UNIVERSAL…

quem te vai prender,
quem te vai fazer esmorecer,
quem te vai circunscrever
se és Vida viva que vem para se manifestar

mão em mão convida
tu o digno a te acompanhar…

caminho entre os caminhos
virtude plantada neste lugar…



Somos A VIDA
não há volta a dar…

essa que ecoa
– garrida –
em todo o tempo e em todo o lugar…

Somos o mar
– que se sente -
– em vagas no peito aberto –
a ecoar…

Somos a brisa
– que suspira –
no rosto desperto de quem se deixa pela brisa tocar...

A gaivota perdida
neste estranho e amplo mar…
Com a asa partida
que sara
quando te atreves de novo a Voar…

Somos a criança que se ampara
 no colo
enquanto o mundo parace ruir e passar…

somos o silêncio que se ouve
nesse peito em cada momento
que se deixa o ser humano tocar…

Somos a vida feita perspectiva diversa
 e sintonia
para que possamos dançar…

E somos a brisa nas árvores,
pinheiros no sol por a cantar..-
e somos o sol que desperta
nessa bela aurora de primavera a raiar…

 e somos as gotas que caem
– além das contas e dos momentos -
que mente pode amparar…

 somos esse rio que corre,
somos esse mar que o absorve..

somos a nuvem que passa e somos a água…

e o vento a soprar...
 e somos o fogo que aquece
que transforma o ser noutro novo ser a germinar…

e a pedra que seinto e me faz recordar
– a serena e sólida imagem –
a altiva aragem
– dos reis de além mar –

senhores deste lugar…

somos os rios de vermelho
que se expandem pelo verde da terra a arar…

e somos o azul do firmamento
entre o espaço conzento
quando há nova luz a irradiar…



Somos a brisa
– já to disse?
Que sopra de mansinho a segredar

 – os segredos antigos –
pequenos e garridos

castelos de areia para o ser que anseia
pela sua herança universal…

Que vês quando me vês..
que procuras entrever?

O pai dos teus filhos,
o poder de ser livre,
o abraço que se dá sem se contar?

A mão amiga na que confiar?

A brisa antiga que volta a segredar?

Que és tudo e todos e todo o lugar…



que o medo que te contaram não tem porta por onde entrar
nesse templo sublime
que é a vida que se experime
no teu rosto

irradiando o mundo
no que nos havemos
de amar…

algum dia sem noite
sem alvorada a despontar



Por aqui
– nada disto vi…
entre os tempos
nos que os momentos
se contam em quadrículas desordenadas
celas caras

demasiado pequenas
demasiado estranhas
criações de mentes
que perderam a graça

seres dormentes
para a verdadeira posança

seres indigentes -
vendendo a sua universal herança



celas de dor
incapazas elas de reter e conter
de circunscrever
de fazer esquecer

o seu SER MAIOR

aquilo que clama
que por tua vida reclama
aquilo que palpita no teu interior
luz maior
ser superior
em ti, em toda a volta - e teu redor...

há um caminho a seguir,
a tua vida a descobrir
não te deixas para atrás
por favor...



entre contas e dinheiros
sobra o frio, fica o gêlo...
dessa vida que podia ser

entre os credores
- de vidas e louvores -
haverá quem se erga com VIVA VOZ...

uma entre muitos
a que nos que nos desperte
a nos lembre que
NUNCA estamos sós...

que a morte é o simples divagar
 da vida em consciência

entre os seus reinos
a sair e a entrar

que com ela sonhas
quando dormes - passas suas portas
na alvorada - aurora dourada -
regressas atraves dela - pristina entrada
e a ela voltas a sonhar
em teu eterno desperar



o que num lado é vivo e forte,
no outro é eterno,

esse que olha a morte sem esitação e sem medo
esse que vai além do que parece, esse... que traz a luz de volta quando a noite eterna está à solta
e te conta:
" - vês a tua imagem no espelho?...
vês o mundo sem olhos, sem limites, sem pesadelo?
é assim que vai ser...
vê onde mora...
é em ti que está a nascer..."

E o que te contempla tem a chave...
e quem vê a Sua imagem - sabe...

além do que a voz atroz do algoz te diz sem sentir
há a verdade maior que brota do teu ser interior...
essa que viesta cá para fazer ouvir

por muito que se queira conter
não se pode a luz reter
nunca presa entre vasos e vasilhas
humanas formas plenas de vida

entre as leis e as linhas
mentes disformes procurando dar-lhe brida

entre as pragas concebidas
por reis e tiranos
por gregos e troianos
por mulheres sem dó e homens de pó...

por esses para te esquecer...



Pois quanto maior o apelo
daquilo que tranca o segredo
maior o pulsar da vida a se libertar

quanto mais aperta a tristeza
maior é a beleza  - que vais ouvir, sentir e tocar

quanto maior é a dor - maior o saber que há algo maior...
por isso sentimos - amigos - que algo mexe no íntimo

esperando

nesse céu eterno brilhando
esperança viva em nós contida - que se não faz esperar
qeu te alimenta o querer, o agir e o amar

expressão ínfima em sua essência universal
és ao mesmo tempo
em ti... em mim
 uma percela e o seu ser por igual...

sabes de quem te falo - amigo, amiga, ser amado?



O mor henion i dhu:
Ely siriar, el sila
Ai! Aniron Undomiel

Tiro! el eria e mor
I 'lir en el luitha 'uren.
Ai! Aniron...


*******
From darkness I understand the night
dreams flow, a star shines
Ah! I desire Evenstar

Look! A star rises out of the darkness
The song of the star enchants my heart
Ah! I desire... 



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