Tu que eras homem és agora algo entre o céu e os pardais…
Tu que era mulher,escondeste a tua verdade florida e
deixaste de o ser…
Operários fabris…. Febris… autoamatizados de forma subtil… que
deixam tudo de lado para produzir….para render… tomou conta da vida a sociedade
do poder… e tu vês sem perspectiva de como mudar as coisas… de como voltar a
viver…
Haverá algo mais?... não ?
Então porque essa tua aspiração?
então qual a força que te move?
então porque sonhas… de onde os encontros.. a coincidências
estranhas que te falam?
De onde essa fé que persevera – nessa estranha e esguia
quimera – de encontrar em ti felicidade?...
De onde vem o que nada tem?
Quem manda no vento… quem contém a chuva e o tempo?... quem?
Quem faz a luz brilhar?... e quem consegue o canto dos
cristais de rocha calar?...
Qual a vã gloria de mandar – cega e ordeira forma de te
apagar?...
Quem comanda a vida que o fez gerar?...
Ouves tu mulher que o és… ouves tu homem que o crês…
Coragem – sonha – para o senho acontecer… juntos mais fortes
– separados todos a caminho da morte… orgulhosamente lívidos… da nossa
humanidade despidos…
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