Música

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Crer para Renascer - Pt - IV Esquecer es

estatuto, fama e poder

como todos os outros 
deste estranho rebanho


que vivem a vida para a vida esquecer
enquanto a vida se vai passando
morremos sem ver

gente que vaga sem  saber

qual a sua origem ou 
o sentido 
deste seu estranho viver

aquilo que todos devemos ser

- é - 
em verdade
estranho

réguas sobre nós para nos fazer ser

algo que ninguém verdadeiramente quer

mas

que alguém passa o dia inventando

por esse nada
bizarro
esse
oco e frio barro

se troca a imensidão  além daquilo que se não pode ver

por um naco
de pequenez 

como 
sobreviver
fama
ou poder


nada mais têm 
esses falsos líderes 
a oferecer

do que a oca melodia
de verdade 
vazia

luz fugaz 
como a sua felicidade 
fingida

apresentada

ornamentada

FRIA

mente

refinada

lavrada

subtil

mente 

instilada

até que não sobre mais nada

até que a guerra estoure
entre os despojos da humanidade dilarecerada
até que já ninguém mais sobre
para contar a história passada

de como se encerraram idosos em caixões de porcelana
como se venderam os filhos a uma instituição 
sem pensar em mais nada

como se viraram os homens contra a sua vida amada
e como as mulheres se fizeram pobres 
ao serem empoderadas

é o fim da imaginação
como espelho da recriação
feita campo de concentração
para que se canibalizem os valores da alma

encerrada na mente
a consciência silente
decora a sua própria prisão
enquanto o nada se estende
num corrompido turbilhão demente

desta gente
que não entende
estar a ser ludibriada

desconhecedora 
da verdade geradora

eis

NADA

que alastra

que nos domina

e esmaga

estratégia da terra queimada
que nos fulmina

e nós dançamos 
na folia
da gente escrava

quem agora se esvai e retira

e

- aparente - 

mente

domina

enquanto se abrem portas 
e aumenta a tua luz

que andas a fazer tu?

brincam os tolos a dominar tudo e todos
em vez de dar "mundos novos ao mundo"

com vida, valor e verdade
entre os povos que deles são parte...

para os que desistiram
para os que cederam
tentação do mundo
pelo mundo
e o seu mundo profundo
venderam

assim
a si
de si 
mesmos 
se perderam


entre o labirinto sem fim
que nos drena 
a ti
e a mim

que rouba
que nega
que condiciona e cega

a vida
o dia a dia
e o que
em 

VERDADE

nos determina

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