Entre os dias que passam
E as monotonias
Que se entrelaçam
Entre as verdades vazias
Que se estendem
Como fumaça
Pensa
Naquele dia
No que
Em sintonia
Me encontraste
Sem mais pensar
Além dos rios que unem
Das línguas que separam
Das palavras doces
Dos ecos ocres
De tudo aquilo que nos ameaça
Ou entrelaça
História comum
Que hoje se faz fumaça
Como crer
Que é possível
Ser tão igualmente
E ao mesmo tempo
Tão distante
Ao se encontrar
Existe uma vontade mais forte
De se ser gente
Que importe
Na simples distância de um olhar
Uns de um lado que choram
Outros que imploram
Alguns que se deixam ir
Devagar
Pelas águas que escoam
Em direcção à memória
Que se pretende preservar…
De onde os ecos risonhos
Que trouxeram de volta os sonhos
Dos dias antigos
Momentos luzidios
Que se pretende
De novo
Evocar?
Onde a luz que ilumina
Esta noite
De calor que se esvazia
Onde a chama forte
Para Unir e despertar?
Ilhas humanas
que
lentamente
se esvaem
entre o lusco-fusco
das águas
que
servem
para VIVIFICAR
povos Livres
outrora FELIZES
que hoje
se expõem
a se APAGAR...
qual o caminho
qual o destino
qual o passo
presente
e antigo
que nos leve
de novo
a dar as mãos
aos braços
entrelaçar?
neste lugar pequeno
sonho ameno
gentes reunidas
num só querer
numa mesma forma
de ser
e partilhar...
são as rimas
que se fazem
são os sorrisos
que se esvaem
ou são as alegrias
que pretendemos
um dia
voltar
a encontrar
e
juntos
DE NOVO
CELEBRAR?
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