Música

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Poesia sem brida - parte primeira de poesia escolhida

Querida alma irmã:

Não tanto no amando,
no sendo, no estando,
nesse sonhar
Um amanhã
Que seja além
deste que se nos está mostrando
Dia a dia manifestando
Assim nos elevando
Outros assim fascinando
Como devido ser de voar

Sejam as nossas forças vivas

De novo
Por sempre reunidas
para o bem da Harmonia
essência de vida
entre o dia a dia

Recordando essa Melancolia
Entre essa melodia antiga
É em nós, assim despida
E assim contida
Esperando o
seu despertar
nesse certo dia
quando
Por dentro
Assim se faça anunciar…

De momento temos a opção
entre o tempo
que nos é dado para caminhar
Escolher
partir ou ficar

Indo – para esse “outro lugar”
A surgir
Esse que mais nada pode atingir
Quando por dentro
Nos atrevermos a nos entregar

Ou permanecer,
no dia a dia
empalidecer
deixar esmorecer
sementes de vidas
de mundos
de sonhos
por nascer

As responsabilidades
De escolhas por fazer
Essas que pautam
as pautas do mundo
que poderemos
Num dia
Sem dia
certo momento em magia

De novo
Em conjunto
Reviver

Ajudar a nascer
Transparecer
dia a dia
Da forma à sintonia

Entrelaçares em e mais querer
Assim te doares
E uma vez ali se chegares
De uma vez
ali se manifestares

essa luz em nós a palpitar
A esperar o seu tempo
O seu lugar

A se deixar notarem cada gesto desprendido
Entre amiga ou amigo
ou desconhecido

E ir mais além do que digo
E ir mais além…

Do que se sabe
Do que sei

Do que sabes seres tu também…

E mostrar o refugio antigo
O tal por ti prometido
esse ainda entre nós escondido
Esperando o seu legítimo abrigo
para pouco a pouco
Se manifestar
ou desvanecer
de vagar

Se não houverem
Os Tripulantes
que barcos novos
veremos arribar
A este nosso porto
De graal lugar

Que nos novos habitantes
veremos
Em nos renascer

Que flores de vida
Valor e virtude
poderemos nós aspirar
a assim proteger?...

Enquanto o tempo nos convida
em vida vazia repetida
A crer no que se diga
E esquecendo
Esse algo “silento”
Esse algo atento
Que nos motiva por dentro

O de fora ainda obriga
ó de dentro já mais castiga
ânsia da gaivota ferida
esperando
esperanto seu dia
para suas novas asas
essas as graças fugidias
Assim de novo estendidas
Crescendo entre o rumor dos dias
Até para além do sol transparecer…

E assim sendo
assim contendo
Assim sabendo
Por simplesmente
O ir reconhecendo

Assim acontecendo
na estrada dos dias anoitecendo
pequenos milagres
 pequenos novos cantares

e os silenciares
sem os ouvires
seremos pares

Esses milagres
de beijos sem se ver
de sorrisos cristalinos
Marcando o ritmo o brio
para não mais se esquecer

E assim celebrar
ó rever
no espelho de prata pura
que tempo algum apura
a nossa verdadeira face a transparecer

E assim deixar de ouvir
ás vozes
tantas
mil
que obrigam a desistir

Dessa porta d’aurora
desse ser brilhante
além de senhor
ou senhora

dessa harmonia que chora
e sorrindo nos congrega
e mais não se ignora…

Como quando te entrelaças
na brisa…
e por entre o vale
em brisa passas

Como quando te esvais
em plena fumaça
De nevoeiro que passa

Como quando te enrolas
nesse mar que chora
a rocha feita em pó
filigrana de pureza
filigrana de pura riqueza
de cristais biselados
tão pequenos
como ignorados

Fazendo do som
– esse latir sereno –
de um eterno Coração pleno…

Que assim se espalha
Se espraia
que assim abraça
e não para

Nos embala
nessa eterna graça
E nos fala
Em linguagem
Que é viva
Que é sentida
para que seja assim
compreendida


E que dizer
da ave que paira
sobre o rio sem saber
que és tu que pairas
quando assim a sentes
e a consegues em ti viver…

E que fazer
com os milhões de vozes
a entretecer
com as múltiplas vozes

A se mostrar
Lentamente
Devagar

Sem saber ainda falar
Berrando
 como bebés em pranto
esperando o mamar
´dessa harmonia
Já em nós tanto
canto em esperanto
que nos ilumina
e motiva por enquanto

Promessa de sonho
que se vai transformando
Promessa devida
que se vai materializando

Entrelaçados na força da vida
Jorrando
como rio sem brida
Vogando

para esse eterno mar
se elevando
como espirais que não vês
e nas que – no entanto – crês…

Como esse fogo fátuo
 não mais escondido aparato
Sim a água que tu és…

Pairando entre o mar
se partilhando
se respirando
´se espiralando
dentro de ti
e desse outro
entrando
mesma água
a mesma vida
a que ainda não vês….

Como ignorar a solidez da rocha – ateus pés
A solidez da própria vida que tu também és

E o calor de vida
pelo sol aquecida,
por ti enriquecida
milhares de melodias e harmonias
sintónicas de ti – tu Vida
Assim entrelaçando, através de ti espiralando
te regenerando sem mais se saber
como esses cristais puros e vivos
uns caminhando
outros cativos
esperando
o seu dia
de reverberar a melodia
a antiga sintonia
que nos amparava e protegia
como redoma esquecida
de um céu de transparente perspectiva

de um campo vivo que por nos latia
que em nos convergia
como espirais de ventos que mais
que vivos rodopiavam como iguais
Por estas ladeiras antigas e derradeiras
pelos verdes de pastos de vidas tão cheias
por entre as rochas antigas e as notas colcheias
de tons de escalas esquecidas…

Por serem ensinadas
Apenas gravadas
pelas vidas em vida
assim invocadas
pela própria Vida
assim lacradas
esperando ser
como nós
desatadas

Entrelaçadas
em novas cadencias
que rompam estas antigas e velhas frequências

despertares
de borboletas milenares
asas ao vento
não mais temendo
se elevarem
se manifestarem
sendo o que são

Sem mais opção
do que se darem
de puro e fiel coração
brotarem
e assim animarem
de novo o antigo mundo a ser
Em pares outros
antigos e belos
e esquecidos
e inauditos
cantares

Sentidos
Vivos
Desde todos lugares
ouvidos…

Esses que intuis e não vês
E que tu – tu também és

Essas melodias surdas
que te despertam
recordações mudas
que latem por dentro

sem tu te aperceber
para que o Ser maior
quem se faça
– lentamente –
assim acontecer…

E ouves e o sabes
Sem saber o vês

Sem sequer
te aperceber
te precatas

Sem se notar é

E deixas tudo o resto
O peso do entulho passar

E és libre
e libre libertando
e libre sendo
libre te mostrando
candeia sobre monte
sobre o monte brilhando
verdadeiramente assim
purificando

Esse mundo de tantas ideias
que nos esta afogando
Ocupando canais,
tudo ocupando
querendo tempo e sustento
a tempo inteiro ofuscando
o nosso brilho verdadeiro
com fragmento parciais
que decora e torna especiais
negando a totalidade do ser

mais não mostrando
que está verdadeiramente a contecer
despertar
de seres
que demonstram
na luz do olhar

verdadeiramente luz a se manifestar
cadencias esquecidas
entrelaçadas
e assim
de novo
sendo sustidas
e a redoma
que nos protegia
de novo erguida
e brilharão

desde as ervas
À luz
Ao próprio chão
e caminharão em uma alba
Dos ecos do que nos salva

Essa que assim se mostrando
esses que assim caminhando
mais não o temam
sendo tão poucos
seremos nós tantos…

Ecoando
fluindo como rio de brio
agua de perolas brotando

Entre os seres
– corações perdidos
em redor latejando….
E assim
novo povo
de força e poder investido
Para ser de novo o povo antigo
O que se perdeu entretanto

E as cúpulas serão
Cantando
Como sinos vivos
assim replicando
e a grande luz maior
essa em circulo
nos abraçando

em esfera de branco azul
Pura assim se manifestando

E os fogos regressarão às suas raízes
desde onde viram o mundo azul

tao belo e vasto
e a noite reluzirá

Ressoará

Novo belo agasalho
numa forma veludada
de nos ser tão prezada

E o violeta estará pairando
entre os astros inexistentes
latejando
e o eco dos tempos em nós
relembrando
A via
as vidas
que fomos assim
trespassando

E celebraremos
Mais além dos medos
por saber
quem somos
de onde vimos e onde estamos…

E saberemos assim
Para onde vamos…

Seres de luz ecoando
plenitude e magnitude
de uma mova vibração se manifestando

Harmonia corrigida,
como fénix renascida
assim em fogo e lume brotando
do peito que assim oclude
ainda sua própria essência
se transformando

e latejam alguns já sem querer
quando
tocam esses antigos lugares de poder
quando se tocam sem querer
e se notam se reconhecer
sem ainda se ver ou saber
como ira tudo isto acontecer

E os do medo
ou degredo
vigiam
tementes
ao desconhecer
A campânula de luz
que protegia
o lugar por onde
verdadeiramente nus
passeávamos a prazer

E não reconhecerão os restos dos estragos
que outros vem… e tantos
não velando por inimigo
de imaginação ficarão
Suspirando

Entretanto os outros
Passando
Crendo
Perseverando
Seguirão
e verão
pouco a pouco
essas imagens de onde estão
de quem
do que são

Vida da Vida 
em via de libertação…

De si mesmos renascerão
e como gotas caídas
numa bela poça esquecida
numa lagoa de prata reacendida
se entrelaçarão em vida
E renascerão para a nova vida

E se esquecerão do que eram os fogos da terra,
das premissas antigas,
das regras esvaídas,
de tantas e tantas brigas
sem razão
e apenas serão

Almas puras e vivas
velas na noite
dos dias acendidas

Pairando
Se entrelaçando
de novo evocando
esse nosso mundo
que amamos tanto…

E partirão os da ocupação
Mais espaço não terão…

As sintonias mudam
seus aparelhos emudecem
 e calam
e enlouquecem
é a harmonia triunfa

nova Aurora se anuncia
´para os puros
Os de humilde vida
E humilde via

Os que estão perto da natureza
quase esquecida
essa eu foi banida
que regressa
de novo florida

Tantas e tantas rosas,
flores de luz cristalina
entrelaçadas
na árvore mais honrada
naquela esquecida
entre a dourada
e a prateada

de novo
desde o silencio chamada
crescendo vem
de novo –
por nós advêm

De novo vem os tempos da harmonia
do Aquário que se anuncia
do equilíbrio
e da sintonia
mais não macho ou fêmea
ou letargia ou império
ou deus u deusa o
u ignorância fria

Plenitude – além noite ou dia
pois tudo em redor
em suave candor
´se ilumina

E guiados
E assim
de novo encontrados
mais não esquecidos,
repudiados,
mais não desejados
ou odiados
simples seres
de novo iluminados

ventos livres
entre o sopro maior entrelaçados
notas de luz e de cor
Na grande pintura maior

Luzindo
Zunindo
uma música e melodia
acorde expandido
de sintonia
Eloquente
Como o canto presente
da grande vaga do mar
a tombar
com toda a sua força
sobre rocha
e com a rocha a entoar
Esse canto profundo…
para alguns iracundo
– parar outros eco do próprio mundo
prestes em pleno a se despertar
e se elevem os montes do seu lugar
e assim iluminados
assim de novo vivos
sejam de novo içados

E os cantos assim acelerados
e os harmónicos assim mudados
ate que os aparelhos neles cravados
cessem sequer deNão tanto no amando,
no sendo, no estando,
nesse sonhar
Um amanhã
Que seja além
deste que se nos está mostrando
Dia a dia manifestando
Assim nos elevando
Outros assim fascinando
Como devido ser de voar

Sejam as nossas forças vivas

De novo
Por sempre reunidas
para o bem da Harmonia
essência de vida
entre o dia a dia

Recordando essa Melancolia
Entre essa melodia antiga
É em nós, assim despida
E assim contida
Esperando o
seu despertar
nesse certo dia
quando
Por dentro
Assim se faça anunciar…

De momento temos a opção
entre o tempo
que nos é dado para caminhar
Escolher
partir ou ficar

Indo – para esse “outro lugar”
A surgir
Esse que mais nada pode atingir
Quando por dentro
Nos atrevermos a nos entregar

Ou permanecer,
no dia a dia
empalidecer
deixar esmorecer
sementes de vidas
de mundos
de sonhos
por nascer

As responsabilidades
De escolhas por fazer
Essas que pautam
as pautas do mundo
que poderemos
Num dia
Sem dia
certo momento em magia

De novo
Em conjunto
Reviver

Ajudar a nascer
Transparecer
dia a dia
Da forma à sintonia

Entrelaçares em e mais querer
Assim te doares
E uma vez ali se chegares
De uma vez
ali se manifestares

essa luz em nós a palpitar
A esperar o seu tempo
O seu lugar

A se deixar notarem cada gesto desprendido
Entre amiga ou amigo
ou desconhecido

E ir mais além do que digo
E ir mais além…

Do que se sabe
Do que sei

Do que sabes seres tu também…

E mostrar o refugio antigo
O tal por ti prometido
esse ainda entre nós escondido
Esperando o seu legítimo abrigo
para pouco a pouco
Se manifestar
ou desvanecer
de vagar

Se não houverem
Os Tripulantes
que barcos novos
veremos arribar
A este nosso porto
De graal lugar

Que nos novos habitantes
veremos
Em nos renascer

Que flores de vida
Valor e virtude
poderemos nós aspirar
a assim proteger?...

Enquanto o tempo nos convida
em vida vazia repetida
A crer no que se diga
E esquecendo
Esse algo “silento”
Esse algo atento
Que nos motiva por dentroexistir
e cessem assim também
esses que os estão a gerir…

E se ergam as águas
para quem mais não as tema
pois sejam esses gotas
de agua mais pequena

E nos recubram da vida plena
de crer além do que se tema…

E se revoltem os ventos sem brida
na intempestiva pauta da nova harmonia
que não se compreende
que não tem eira nem guia
a não ser o próprio sentido

que vida alumia

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