se todos déssemos
- apenas -
uma só palavra de alegria,
nesta nossa vida contida...
como
este mundo mudaria;
Começar a manhã de forma amena...
todos podemos escolher...
entre matar a vida ou a aprender a viver...
assim
- desde o sorriso de um pássaro que lá fora cantava -
traduzido no anuncio de uma voz em eco
que lê... e vê...
sem compreender sabe
o que lhe ecoa na alma...
Irmãos... irmãs...
Uma mão firme...
dada de forma honrada
sustenta mais vidas
do que as promessas veladas
Um verdadeiro sorrir
- para mim -
tua face iluminada...
por olhar-me assim...
sentindo o lindo eco de esp'rança
Um gesto de carinho...
ternura como brisa de Abril
frente a estes tempos de Estio
Um trejeito...
de graça subtil...
Para que este canto ecoe entre as árvores
entre os rios e montes e vales...
Sendo tu a Lua que os alimente
Calma luz sempre presente...
sem apenas se notar...
deixando-se apenas entrever...
nesse entremeio:
- aparente subtil devaneio
tanto mundo por dentro a nos revelar
nessa tua doce forma de me querer
Verdade prateada que se revela Mulher
- encerrando em si o ímpeto da vaga -
dessa "Mar" em ti guardada
suaves ondas a deslizar
acariciando ao de leve as tuas ocultas praias..
Aurora a despontar
- em cada momento no que desperto
e sei... e sinto... sem saber
romper em mim teu mesmo peito aberto
Olhar o dia - saudar a magia...
de nos reencontrar
garridas espirais puras
da luz que o tempo apura
feitas figuras...
andando da mão
disfarçado o ímpeto,
escondido o segredo
entre a dúvida e o medo
limites a nos separar
estão as espirais antigas...
as antergas melodias...
as tuas mãos nas minhas,
nossos braços a se entrelaçar..
Peito aberto...
além do que parece perto
Eco das eras num só coração a ecoar
Vida que se exprime...
vagas do mar que se comprime
entre vivências e memórias...
em opções contraditórias
até a ti chegar...
Eu em ti...
meu lar subtil....
consagrado na luz do reflexo amado
que se revela assim através do teu olhar...
Tu em mim...
vida viva...
em cada despertar, novo dia
em cada despedida
- do calor das almas de humanas vestidas -
na que sinto o meu próprio ser a partir e se rasgar...
Ecos da MESMA VIDA,
figuras de luz que deslizam
até a mãe terra os vestir de cor...
Fina flor...
doce sustento...
sem ti a vida não tem fundamento
sem mim em ti...
não há vida a celebrar...
a viver...
a deixar crescer
em cada momento,
em qualquer lugar
- no que juntos -
nossa presença seja além do sentimento
seja a verdade última que se procura recordar..
Quantas horas perdidas
- a recordar verdades vazias...
se a tua mão não preenche a minha mão
gesto simples
- despedida -
mão em mão a deslizar
Quantas opções erradas...
procurando caminhos de outras vidas...
quando é a tua e a minha aquela que nos foi dado sonhar...
a mesma e única vida a encontrar,
a cultivar, fortalecer e preservar...
Espiga que se faz germinar...
rocha antiga para nos amparar
elos que se firmam, em cada passo que se afirma
Dois indigentes...
vestidos como comuns gentes...
reis de aquem e além mar
terra feita sonho que se move
que abraça e acolhe
que ouve, sente e compreende
sem ver, ouvir ou saber...
apenas por eu e tu sermos gente
e estarmos unidos para além do querer
Luz do olhar iluminado
quando se perscruta o rosto do ser amado
e nele se reflecte a luz que há de vir
É o sinal dos tempos...
anjos ocultos por negros pensamentos
anunciando o advento de um novo momento
para que tu e eu possamos ressurgir
E sejem cheios de amor
os soturnos ecos da vida e de dor
que agora se fazem cada vez mais ouvir
E acreditaremos nesse nosso porvir
"Meu amor... meu amor... vamos cara o Amar MAIOR
Minha amada... meu bem... vamos cara as terras de além"
fica a palavra dita
- como sinal de ESPERANÇA -
BOMDIA!
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