A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nos inquieta e ferida
E tudo que era fundo fica perto
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nos inquieta e ferida
E tudo que era fundo fica perto
Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Trocamos as palavras mais escondidas
E só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
E só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
Olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
A quem nos traga um sopro do deserto
Olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Como diria uma MÚSICA ANDALUZA :
(que isto de misturar cores e sintonias, tem o seu quê de estranho, a sua pitada de magia e o seu bom termo de arbitrário)
Quem a pessoa que sinta o
mar salgado sendo tudo o que resta do calor?...
Quem não sonha encontrar o
poço no seu deserto...
construindo o que todos chamam "amor"?...
construindo o que todos chamam "amor"?...
Quantos não esperam
encontrar
- entre o vazio -
a luz perene do seu amanhecer?
- entre o vazio -
a luz perene do seu amanhecer?
E quantos... quantos
- vagamos no Estio -
até essa luz em nós se reconhecer?...
- vagamos no Estio -
até essa luz em nós se reconhecer?...
E quantos... quantos
- se deixam -
caídos...
caídos...
entre os passos da vida o seu
eco esmorecer?
Quantos desistem...
agarrados às coisas tristes...
como uma carreira... ou
profissão... um estauto um posição
tantos se evadem
- da coisa mais suave –
vida que orbita entre a vida que se escondia
na palma da mão...
Mão em Mão...
quantos se aventuram hoje a
assim entregar seu coração?
E quantos naufragam...
nos ecos dessa vida que se esmaga...
ao não encontrar seu porto
seguro...
sua outra parte num abraço
de comunhão...
tantos que ainda pensam:
- do sentir mais ameno - ao seu eco sereno –
se chega através da paixão…
Quantos imaginam viver toda
uma vida
- colaborando entre o bom e
o mau?...
Quantos deixaram
- seu sonho - na estrada –
e pegaram na vida que já
não serve para mais nada?
E todos os que ainda
proclamam
- que a sua união é sagrada
–
ainda ponderam quanto vale
a dedicação
até se encontrar esse “Amor” que soa a "Devoção"?...
Em cada gesto terno, em
cada tempestade feita verso
- por terminar entre os braços
do ser –
a quem a vida nos
devotou?...
Será isto perder?…
com tanto mundo a conhecer…
tanta pessoa que ainda não
se amou?...
a tentação de ceder…
de a vida romper…
dos elos que nos unem
deixar cair no chão?
De correr…
de partir e desaparecer…
entre os violinos feitos
pelos celulóides de ocasião?...
E
- se ainda assim crês –
é que então já vês...
como tantos e tantos caímos
sem notar...
Que a vida aspira
- ao abraço, ao calor à perspectiva
–
de noutros braços - noutra
vida - se reencontrar
E
- entre o brotar da
esperança –
mais além do que a mente
alcança
- a vida se faz e proclama-
Além do que sentes na cama,
do que vês com essa vista que te leva e engana…
além do que possas sequer imaginar…
do que vês com essa vista que te leva e engana…
além do que possas sequer imaginar…
Vai Ela além destas frases…
de quem partilha e se
entrega
em seu nome faz “ARTE”…
em seu nome faz “ARTE”…
das palavras das vidas a entretecer….
Cantar sublime entre o
nascer e morrer…
transições esguias que se
esbatem sem se notar…
é a mesma Vida de outrora a
que late em mim e em ti agora
– neste momento – neste instante
–
em ti que nos lês… em mim
que to estou a contar…
late nas mãos e no
olhar....
de um ser humano em particular
de um ser humano em particular
- que se transforma no
centro vivificado –
de toda esta vida - eco sagrado- que se
faz e refaz...
através de ti que ousas
acreditar...
através de mim que to estou
a lembrar...
E a árvore branca
– torre de marfim consagrada –
que os tolos esquecem e os
espertos esmaga
brota sem fim em eterna
espiral
entre os que são assim:
simples por viver sem fim
eterno o seu Presente,
sem dar muitas voltas à fria mente
simples por viver sem fim
eterno o seu Presente,
sem dar muitas voltas à fria mente
presos por compromissos
que os conduzem sem ser submissos
para o centro que lateja em ti…
e em mim…
que os conduzem sem ser submissos
para o centro que lateja em ti…
e em mim…
Vida que se expande…
que através de nós se faz arte…
que através de nós se faz arte…
se fazendo outras vidas que
nos abracem…
e em novos ciclos se estendem
assim
Há um caminho!
Verdade singular…
Verdade singular…
Há um destino…
mundo novo a trilhar
mundo novo a trilhar
Há uma linha
– verdade a seguir
– verdade a seguir
Há o teu brilho
– quando o meu sorriso te faz sorrir
– quando o meu sorriso te faz sorrir
– é essa a Vida –
em ti e em mim…
Por isso amigo… amiga..
que já tens em perspectiva
a via aberta do teu destino,
a tua entrega
- em desatino –
a tua entrega
- em desatino –
fiel verdade que comanda a
idade
e te orienta para onde deves ir…
e te orienta para onde deves ir…
Tu que assim chegaste…
que aqui assim arribaste…
que aqui assim arribaste…
assim mesmo hás de seguir!
simplesmente vai…
sem mais dúvida ou confusão
do que te comanda o coração
e com tua coragem
fina flor :
da mente aragem
ainda tens a desbravar…
do que te comanda o coração
e com tua coragem
fina flor :
da mente aragem
ainda tens a desbravar…
Amigo ou amiga fiel
– por ser compromisso de vida o que nos une –
além do esguio e pálido papel…
– por ser compromisso de vida o que nos une –
além do esguio e pálido papel…
Sejam os rebentos da verdade
– o que vos una na idade –
e não apenas coisas banais…
– o que vos una na idade –
e não apenas coisas banais…
Sejam as guerras e azangas,
os momentos nos que aparentemente a vida se tranca
os momentos nos que aparentemente a vida se tranca
- para por vós –
se transformar
– revelar –
vos unir e entrelaçar
se transformar
– revelar –
vos unir e entrelaçar
numa vida redobrada
entre os que da vida querem mais…
entre os que da vida querem mais…
Há o sorrir, o compartir, o
partilhar…
um momento aparentemente banal…
uma flor nova na rua onde passas,
uma cor que nunca viras com a pessoa que amas…
seja esse o arco íris da tua
ilusão…
seja o sopro simples, bater
sereno
– daquele sentir e caminhar
ameno –
daquilo que chamas “coração”
É esta a vida que te foi
dada a viver…
o gesto amigo de quem se
entrega por prazer…
aquele que transcende a
mente,
trespassa o corpo,
faz de
ti louco
e te transporta além do ar…
e depois te consome..
tua vida reviva e renove…
e te coroe do verdadeiro espinho são…
alimento de vida
o que aninha no íntimo silêncio
do teu secreto "coração"…
tem um nome...
parece este "devoção"
Quem teme se perde
- quem arrisca prevalece –
entre as sombras e as
dúvidas
que nos querem dominar…
que nos querem dominar…
A vida é vivida
– para além
da mente ferida -
que a quer prejudicar…
A vida convida,
nos teus
passos
– em tudo o que sonhas e imaginas –
a te transformar…
A se rever noutra vida,
dois rostos
– mesma sina...
num mesmo olhar…
E entrelaçando perspectivas
– novos seres –
mesma vida,
através de ti reconhecida
– como se fosse o mesmo Ser em todos nós a ecoar…
Chegas assim mais perto
desse eterno mistério,
das imagens no teu firmamento
– as que contemplas sempre por dentro –
quando a sua luz te atreves a tocar…
Somos Um
– somos múltiplos
ecos distantes -
que se fazem consonantes
quando o poema da vida
te atreves a soletrar…
Palavra a palavra
– passo a
passo desta estrada dourada –
é a Vida inteira em poema rimada
– rima pura, verdadeira e sagrada –
que te
chama a ti para a contar
Vai ao fundo
– do teu lago
profundo –
e vê os versos que estão lá a pairar
No espaço eterno há um firmamento…
tão suave e puro como o teu
canto lento…
vivo alento…
suspiro da Esperança
na voz
da criança
que te foi dado a cuidar…
e a aprender…
novamente…
a AMAR…
e assim ir mais longe…
e navegar...
neste barco da vida que nos
leva e anima…
nós que navegamos
as mil e uma perspectivas
as mil e uma perspectivas
desse nosso
ÚNICO OLHAR…
presente que o céu estrelado
nos oferece em gesto sagrado
que nos cabe a nós em
opções consumar…
"Tudo vale"
– vale nada –
o que te mente a mente errada
o que é em si o bem material?…
parcela perdida da mente vazia
inventada pela Vida para da
vida cuidar
Os braços que te afagam,
quando parece ter chegado ao fim a tua estrada
– esses são a luz que te vai um dia iluminar…
Agora pensa
– para alem
daquilo que a tua alma evoca…
agora sente
– para além daquilo que a
tua vista toca –
como o futuro está para se
revelar
Quanto de ti está ainda
pendente
– da presença dessa
ternurenta gente –
que tens ainda de conceber
e conhecer
e ajudar a criar…
És vida
– vida que sente –
vida que pensa ser
- certamente –
e muito mais és afinal…
O teu mistério se esconde
– esperando brilhando na
fronte –
que o faças luzir para te
iluminar
E noutro espelho
– vivo
mistério –
ouviras teu nome ecoar…
Pois por muito daquilo que
nos separa
Temos um abraço que nos
ampara
e quando perdidos…
entre ecos divididos
Entre os braços amigos
nos havemos de reencontrar
Mãos que navegam na
imensidão…
quanto da vida contenhas
será pouco o que tenhas
Comparado com a dádiva anterga
Que se oculta na mesma vida
que te assinala
tudo o que és não é nada
se vires o que te mostra a
criança
– naquela pequena palma de
esperança –
o
amor e devoção
e
a sua outra face marcada
a de uma amiga,
amigo,
amante,
companheira
– irmã ou irmão –
Somos da vida a própria
vida
Somos uma linha indefinida
Somos famílias inteiras…
o eco vivo da criação…
Es por ti que veo ríos
donde sólo hay asfalto
Es por ti que hay océanos
donde sólo había charcos.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Es por ti que no hay cadenas
si sigo el ritmo de tus caderas.
Es por ti que rozo la locura
cuando navego por tu cintura.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Y decirte...
Tus labios son de seda,
tus dientes del color de la luna llena,
tu risa la sangre que corre por mis venas,
tus besos la tinta de mis versos,
que siempre te cuentan.
Oh, oh, oh...
Es por ti que veo ríos
donde sólo hay asfalto
Es por ti que hay océanos
donde sólo había charcos.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Tus labios son de seda,
tus dientes del color de la luna llena,
tu risa la sangre que corre por mis venas,
tus besos la tinta de mis versos
que siempre te cuentan.
Oh, oh, oh...
Que siempre te cuentan.
donde sólo hay asfalto
Es por ti que hay océanos
donde sólo había charcos.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Es por ti que no hay cadenas
si sigo el ritmo de tus caderas.
Es por ti que rozo la locura
cuando navego por tu cintura.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Y decirte...
Tus labios son de seda,
tus dientes del color de la luna llena,
tu risa la sangre que corre por mis venas,
tus besos la tinta de mis versos,
que siempre te cuentan.
Oh, oh, oh...
Es por ti que veo ríos
donde sólo hay asfalto
Es por ti que hay océanos
donde sólo había charcos.
Es por ti que soy un duende
cómplice del viento
que se escapa de madrugada
para colarse por tu ventana.
Tus labios son de seda,
tus dientes del color de la luna llena,
tu risa la sangre que corre por mis venas,
tus besos la tinta de mis versos
que siempre te cuentan.
Oh, oh, oh...
Que siempre te cuentan.
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