Música

terça-feira, 7 de maio de 2013

Vida - cumplice nossa









Vida - tão breve merece que a celebres:

além da dúvida, do medo ou da pré-ocupação…




Respira o divino mistério da tua geração ...

aponta o teu foco criador para o mundo que há de vir
opta por aquele no que hás de sorrir 




- aquele no que livres - 

nos abraçamos como irmãos...
Vida que nos convida a dar as mãos...


Assim - vai... desse antro de engano - sai!





Olha o mundo em derredor... 

sente a luz, sente a brisa... sente a chuva que cai...
nem minha, nem tua... nem de ninguém... 


sê tu assim também...





Respira… tão simples! 

Ah! Como é bom respirar!
Partilha o teu sopro, 
suspira noutro rosto… 
e a vida em ti se fará notar…


Respiramos todos – vida – somos a vida e somos o seu ar…


E somos o Sol… e o seu calor… e a sua luz ao nos tocar…



E somos as gentes – que se reflectem – como esferas de vidro plenas de amar…





Assim – encontra esse amigo… encontra essa amiga – tudo canta em teu redor…





É a rocha que sente o calor… 

é ela quem to conta quando nela encontras a solidez interior…



É o rio que canta… e te encanta com especial louvor… 

que adormece a tua mágoa e te lembra o teu ser Maior…



É a árvore – que é santa – por ser igual a si e a mais ninguém… 

nos seus ramos encontras a calma que tu és – por isso a sentes também…



Eleva as tuas asas – paira na brisa… gaivota sobre o teu mar… 

és a vaga que resvala mansinha na praia dos sonhos que tens a contar…




E cada passo da tua vida – é vida a celebrar… 

no sono- ao fim do dia – regressas a “casa” para te reunificar… 
e voltas após a Aurora anunciada – para nova verdade ao mundo anunciar…




Ouvirão os surdos, verão os cegos – caminharão os lisiados e os dormentes se erguerão… 

pois esferas de luz plena – pairam já entre nós…




Os que geram escravos – ficarão de poder despojados –suas túnicas imperiais feitas farrapos dos novos tempos a começar… 



as mentes videntes, que os fizeram sapientes 


– serão pequenas nozes num mundo onde tudo o que é – é meu e é teu também…


Onde não há Ter maior do que o Ser 

– quem teme a falta, quem rasteja pela ínfima migalha, quem se vende por um mísero tostão?



Pedra fria, metal que cintila 

– pedaço da matéria que a tua mente modelou… 


como se verga o senhor ao escravo, como se vende a casa que o teu espírito habitou? 



Como queres tu conter o sopro da vida que te animou? 



Como concebe a mente prender de repente a essência que a gerou?...






És vida, sou vida… que mais pode haver que nos possa definir? 



Que contexto – que linha – te pode circunscrever ou reduzir?... 



Quebra o preceito, desfaz o conceito – abraça o Eterno que é o teu firmamento – no íntimo do Ser para sempre a luzir…

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