Por ela… pela sensível luz perene
Que se entreve
E flameja
E desaparece
De repente
A quem a pretenda
Conter
Suster
Agarrar
Sem ser
Sem querer
Espinhos vivos
Cravados
No vaio
Sangrando a vida
Em momentos
Circunscritos
Que levam
Passo a passo
Ao SER MAIOR…
Cristalina… como uma luz no deserto
Que suspira
A céu aberto
Que se mostra
Simples
E pristina
Entre o desejo
Que circunscreve
Que deixa a marca
E a sina
De se encontrar
Entre as areias
Perdida
Essa flor
Em forma de prosa
A rosa
Do deserto…
Pedra
E firmamento
E vida
Correndo
Por dentro…
Por dentro…
Uma lágrima
Que "alguém"
suspira
Uma tarde
Que o céu
Que o sol ilumina
Uma atenção divina
Que nos conta
E por dentro
Suspira
Quanto nos acolhe
Quando a noite desce
E o ser encolhe
Pequeno rebento
da vida
e da luz sustento
E no seio
Da própria noite
Expira
E
Entre o veludo
do nada
Se anima
Chama perene
Se estende
E se faz
Presente
No renascer
Ao renascer
No despertar
Um novo dia
Do próprio dia
Consciência
Pristina
Lágrima
Do deserto
A céu aberto
Rosa de pedra
Cristal
Perdido
O sentido
De se ser
SER
Afinal…
O que a vida
Em si
A ti
Concede
Além das barreiras
Das cancelas
Das portas fechadas
Das casas ou janelas…
Do olhar a luz
Em gesto – o verso
Da mão
Do calor que une
E a luz
Do olhar antergo
Que se festeja
Em anverso
Aquele que sente
Por dentro…
O firmamento inteiro
O teu Universo
e a eternidade nesse preciso momento…
a rosa
e o tempo
a prosa
e o verso
lento
que o tempo
e o firmamento
sem sustento
em verso
mais não esquece
nem apaga
nem prevalece
nem deixando
de o Ser
a chama...
VIDA
Sem comentários:
Enviar um comentário