um momento, uma palavra
uma história
que mais não termina
ou acaba...
como se fosse…
O primeiro olhar de amar;
esse que todos nós temos
por dentro
que alguns ainda sabemos
lembrar…
O olhar do saber de amar…
depois… ao longo dos tempos
esse poemas de vida desertos
quase que se perde ou se esvai
Ficando qual imagem… latente;
Sempre em nós, sempre presente
Esperando o espelho ou momento
Assim feito de novo entre a gente;
Nunca planificado, nunca tido ou controlado
Crescendo suavemente… em cada momento
Presente…
assim entregue, assim outorgado:
feito gente em momento dourado
Quando assim se cultiva
Semelhante perspectiva
Numa mesma via, partilhada
Vida assim dia a dia revelada
Qual a semente luzidia
esperando nesse canto
O seu alegre pranto
De novo a germinar
Eis uma melodia escondida
Assim a se transformar
Se entrelaçando
Entre dias e abraços mostrando
mimo e carinho de mimo amigo
Gestos de vida, um novo vinho;
Assim mostradas
vidas partilhadas
Eternas… sinal de azevinho
Em noite do estio marcado
Assim rasgando o frio
de estio
Qual calor vivo retemperando:
Que se entende assim com brio
Qual luz entre as mãos… irmãos…
Chama entre o tempo esquecido
Assim entre nos a se evocar
Ressurgir entre nós devagar
Nós assim sendo…
Como nós desatados
Que uma vez reunidos…
Não são mais separados
Qual a flor de vida
Reflectindo essa “magia”
Reflectida num outro olhar
Já em vida, seja esta assim reconhecida
Enquanto é assim Nutrida entre os dias;
Eis a vida assim em nós transformada
Em rosto, em face noutra cara amada
árvore sábia se desenvolvendo
Com suas voltas nos querendo
Contando esses anos bem claros
contam nossos saberes profanos
Esses que assim se mostram
Se transmitindo além tempo
Enquanto dois rostos se encostam…
Depois desse tal tempo a se cuidar
Como esses dois olhares… de novo:
Assim de novo se voltassem a olhar…
quando dois seres
foram um
nada os separe
nada os compare
nada se interponha
entre aquilo que
alma disponha
reflexos vivos
num mesmo olhar..
reflectidos...
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