Música

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Amor não se entrega à noite Vazia - que fizeste da vida guardiã que te dram em troca... e te fazia assim... vã


e as vozes
dos silentes
quanto mais ausentes
mais ouvido
é
o seu grito...

uma antiga chama
esvaída

uma mancha negra
numa pedra
de um lugar
onde deveria arder
assim se fez apagar

noite marinheira
assim
nem vale a pena
vem devagarinho
para  a minha beira...

e as novas coutadas
filhas duma... era

vieram essas tais
flores vermelhas

desfazer a nossa vera
Primavera

irmã companheira 
camarada de nada
que esperas
assim ver nascer

se é a morte que anuncias
como teu bem querer...

noite mais negra
vem assim...
para a minha beira...

viver

(ironia de vida)






frágeis com a brisa que suspira
Sobre a terra fazendo com que a erva
se transforme em forma luzidia


um amar de vidas entre a brisa
um mar de luzes o mundo pisa
sem se precatar…

flor da vida entre os nossos dias
assim poderemos, se queremos
de novo a viver e ver …
voltar…

aprender de novo
esse saber amar
nessa cadência
tão suave e fina
tão doce latência
evocar…

lembrar esse olhar

esse primeiro olhar
tal qual nos deste
que  assim se deu
será que esqueceste

que esse ser outrora criança
que abraças-te e mimaste
e quiseres
e amaste
sou eu
esse adulto que se doeu
caído seu estandarte
num parque frio
despido
de novo desvalido
assim esquecido
assim de novo
em eu ventre entrado
noite escura e fria 
de rosto velado...

esse que despejas dos lugares
e teu estandarte assim em brasa em seu peito marcares
esses que se esvaem
de tiro em testa
cada vez mais partem´cada vez menos para mimares

que queres
que persegues?
nessa tua fúria as e perder
que poder?
que vida
que forma fria
de assim viver?

que queres tu
que nada queres ter
que nada assim
poderás depois fazer..


a criança e que m ventre aninhavas
que em passos silentes
na distancia guardavas
essa que depois teu ser esqueceu
é o adulto
que cresceu
é o adulto que também sou eu

esse que matas e esmagas´no dia a dia que pagas
com dinheiro de outras mãos
os lugares que ocupas
ocupava
lugares que mais ninguém cedeu...

e dizes que és vida
e dizes que és de ser de amar
e não te preocupas
de forma escura
´da vida assim "acurtar"...
milhões a cair e tombar
dia a dia
mais do que a morte que dizes ser deles
essa que assim se anuncia
que desistem por mais não te ver
vida em rosto de mulher...

onde está a tua virtude
onde está o que te deram 
para te vender

onde está essa fria vontade
de comandar e mandar

onde esse estranho poder
que esmaga a vida

dia a dia

ali onde vida 
deveria haver...

quem te deu a vender
quem te perdeu
naquilo que é noite mais escura
a noite de frio breu?...



 ser adulto sou eu…











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