ASSIM - AO DE CIMA APENAS
A LOUCURA ASSIM AO MAIS PROFUND@ COR DE ALVOR
ASSIM
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APENAS A BRANDURA
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- SABER ESTAR
SABER SE FAZER
- DOAR ASSIM-
UMA GOTA OCEANO INTEIRO ÍNTIMO PRISTINO CAMINHO VERDADEIRO QUE SE PASSA POR ENTR'AS VAGAS AS HORAS OS LUGARES AS EMOÇÕES E OS VIVOS FUNDAMENTOS DOS MAIS VIVOS PILARES DE FUNDAÇÃO
E
VAI
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MAIS
ANTIGO ÍNFIMO
SER
- QUAL @ BRUMA ASSIM VAI
DESDE
O PESO MAIS PESADO
QUE NOS CÉUS
AINDA SE ASSUM@
A
VER VOGAR
NUVENS
(JOVENS SERES -QUE ORA SÃO - A QUALIDADE MAIS FINA A HONRA MAIS PROFUNDA ORA
ASSIM
- SE DEIXAM ENTRE VER
NO MAIS PROFUNDO º DESTA TERRA - IMENSA E SOALHEIRA CALOR HUMANO - ORA OS CÉUS
- ASSIM A NOS CONDIZER
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ENTRE OS ESTILHAÇOS DE ESPELHOS BAÇOS QUE NON LEMBREM SEU LAR SEU ANTIGO LUGAR SUA SUAVIDADE ORA POR SEMPRE ESSE SORRISO QUE É QUAL AVE SENHORA QUE SABE DIZER E ASSIM QUAL CRIANÇA TERNA E TERNAS PALAVRAS À CONDIZER EM SILÊNCIO PELA ETERNIDADE
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Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Ser Poeta
Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda gente!
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
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