Complementando @ Presente
Unindo @ Futuro
SENDO ...Presente
ALÉM DOS MATERIAIS CAMINHOS
@ SENDO
@ PRESENTE
@ CAMINHO
- VI&@
SENTID@
EM TI
E MIM
@IND@
ESPER
@
Tu que eras homem és agora algo entre o céu e os pardais…
Tu que era mulher,escondeste a tua verdade florida e
deixaste de o ser…
Operários fabris…. Febris… autoamatizados de forma subtil… que
deixam tudo de lado para produzir….para render… tomou conta da vida a sociedade
do poder… e tu vês sem perspectiva de como mudar as coisas… de como voltar a
viver…
então porque sonhas… de onde os encontros.. a coincidências
estranhas que te falam?
De onde essa fé que persevera – nessa estranha e esguia
quimera – de encontrar em ti felicidade?...
De onde vem o que nada tem?
Quem manda no vento… quem contém a chuva e o tempo?... quem?
Quem faz a luz brilhar?... e quem consegue o canto dos
cristais de rocha calar?...
Qual a vã gloria de mandar – cega e ordeira forma de te
apagar?...
Quem comanda a vida que o fez gerar?...
Ouves tu mulher que o és… ouves tu homem que o crês…
Coragem – sonha – para o senho acontecer… juntos mais fortes
– separados todos a caminho da morte… orgulhosamente lívidos… da nossa
humanidade despidos…
Dos milhentos textos recriados... nesta mente feitos ecos pelo vento levados - gera-se sintonia zero... talvez porque não venda,
não cole, não se entenda..
...a pessoa está tão inerte que passam
motoristas em corridas de motas entre as crianças filhas de quem vê... e
quem lá está presente
apenas nota "vem os das motas!"... entre a ironia e a admiração... e as
crianças soltas - da mão de quem zela... e já nem liga... caminham meninas no
mesmo asfalto onde ninguém telefona à polícia para avisar... tantos
carros a passar... muitos olhares a ver...
entendes
o que te quero dizer?...
que ninguém está a ver o que está a olhar...
Morre-se assim por dentro... devagar... ainda que se mantenha - aparente - o caminhar...
Morre-se quando pensamos que já nada fazemos, que não marcamos a
diferença, que não contamos...
que estamos esgotados entre quinhentas
obrigações que são peso pesado e não são reais..
o mundo - ao lado -
vai circulando...
e nós já lá não estamos para o notar...
Há que RENASCER.. ressurgir... reviver
Sem
o amor de quem acredita em nós:
quem nos compreende ou simplesmente apoia e
não fica indiferente
- estar vivo é quase como não viver...
Ouve-se assim a voz que crê... que ama.. confia... que te lê... quem verdadeiramente recria aquilo que a tua mente vê:
Relativamente ao que dizes - há um exemplo que te vou contar:
O meu Sifu tem de limpar - de forma mais ou menos constante - a urina de um
"dos que anda perdido" e que não cede espaço à vida para a vida o
preencher - urina na esquina das escadas da nossa sala de privilégio... o
nosso espaço de mérito através do esforço e da
vontade...
No outro dia estava a limpar... a lavar mais uma das "prendas" que esse ser humano perdido se lembrou de lhe deixar...
Lembro que - fomos buscar algo de água - alguém deu ideia de como se
enchia melhor o balde (desatarraxando o chuveiro e fazendo a água jorrar
directa)... alguém deu a sua força para a transportar...
O meu sifu - que é sifu /mestre - queria fazer a coisa só... alguns de nós ofereceram-se a ajudar...
A questão veio no fim, no que alguém se lembrou de repetir o que ia dentro da alma a ecoar:
Aquele que urina tem uma só bexiga... nós temos duas mãos para limpar...
e ajudar... se mais duas mãos se juntam - não há bexiga que aguente
tanta mão a lavar... se as mãos forem muitas então a sujidade nem tem
tempo de pousar...
E assim ficamos... sentindo que quando nós - seres humanos - queremos...
e ouvimos esse "vento" que nos sopra por dentro... algo novo e belo
pode vir a acontecer... crer é poder... (e deste vez sem erros de
escrita)... sempre que seguimos os passos dessa música
interior - esta nos faz ser...
RENASCER...
Falta é a sintonia "mano" - se nos dispersamos - ficamos isolados - e
caímos... e assim perdemos a "fé"...
nesse algo que nos anima - que vai mais
além do que mente domina e que liberta:
se o medo, a cegueira e a
pasmaceira deixarem caminho aberto ao bem querer...
Está na tua mão - na minha - e na de quem queira assim ver suceder...
Entre os ruídos do mundo há um som de fundo - que orienta as águas, os
ventos e nos eleva além do firmamento: a esse lugar onde tu e eu sabemos
pertencer...
Quem sabe existam tantos mais... tantas gotas da água que nos faz ser..
que assim vejam.... e - sem pensar - estejam assim... já... a
despertar?...
Um abraço em tom de poesia - falando de algo que se partilha...
Saudade...
Saudade de ver a nossa pureza renascer... e a vida assim nos convida - além da mente que a domina - em verdade - a florescer...
“Suponde todos os contentamentos, todas as consolações que
as imagens celestiais e a crença viva podem gerar, e achareis que estas não
suprem o triste vácuo da soledade do coração. Dai às paixões todo o ardor que
puderdes, aos prazeres mil vezes mais intensidade, aos sentidos a máxima energia
e convertei o mundo em paraíso, mas tirai dele a mulher, e o mundo será um ermo
melancólico, os deleites serão apenas o prelúdio do tédio. Muitas vezes, na
verdade, ela desce, arrastada por nós, ao charco imundo da extrema depravação
moral; muitíssimas mais, porém, nos salva de nós mesmos e, pelo afecto e
entusiasmo, nos impele a quanto há de bom e generoso. Quem, ao menos uma vez,
não creu na existência dos anjos revelada nos profundos vestígios dessa existência
impressos num coração de mulher? E porque não seria ela, na escala da criação
um anel da cadeia dos entes, presa, de um lado, à humanidade pela fraqueza e
pela morte e, por outro, aos espíritos puros pelo amor e pelo mistério? Porque
não seria a mulher o intermédio entre o céu e a terra?”
Alexandre Herculano in Eurico o Presbítero – Introdução
Haja quem cante o poeta e o romance… haja quem diga – de vida
a viva voz… haja quem pense que o amor se fadiga e que se encontra este fora de
perspectiva e não – obviamente – no meio… entre nós…
Assim sendo - seria louco instrumento… o pensar seriamente –
numa humanidade vazia – demente – apenas com coração que fale das coisas
correntes – como as ciências e as certezas de toda a gente… e não se encontre esse
tal vazio... preenchido... de sonhos garridos, de mágicos destinos e das múltiplas
divagações – que são – na sua origem – verdadeiras verdades ignotas – simples
notas – da desconhecida cartografia... melodia universal... marcas... tons... sinais… orientações… para os puros
e verdadeiros corações… também para outros que ainda não… e que assim – quem sabe
– um dia – serão…
Ou seja – quem ama – almeja… perspectivas novas – que fazem
deste nosso mundo – velho espelho – algo que merece a pena viver - e assim rever:
no sentir… no agir... ao se imbuir de verdades vivas que assim o fazem valer... sonhos prenhes... canções solenes... vidas a apreender e de VIDA preencher – tudo o que nos é dado a ouvir – desde dentro sentir… e assim fazer valer…
são passos dessa vida:
essa que nesses ecos se faz garrida... em nós... contida… por nós assim
reconhecida – por quem a sonha, por quem a faz assim REVIVER… ecos do oculto –
nos sonhos mais profundos – faces que se mostram… espelhos… transparentes…
novos… ou velhos… em gotas… caindo… fluindo… sorrindo, chorando… tantas vezes
carpindo e depois cantando… arcos de iris… para além o céu rumando… para esse eterno
abrigo cantando – ESSE sempre escondido – em ti e em mim se mostrando: AMIGO – sempre… se assim se
quiser… sempre… que por ti… eu me der… sejas homem… ou assim te penses... sejas mulher…quando assim o sentes... indo assim – além de ti... e de mim mim - mais longe do que o
“eu”… encontrando qual a “Voz”… fonte ecoando em todos nós… simplesmente por assim
ser… assim fazer… ver… e crer…
Chamamos a isto – O PODER – da VIDA que tem de ser... a que nos transforma... e nos renova... baixo a
simples e viva prova... de estar aqui .. tu e eu.. sendo aquilo que mais do que o medo pode conter.. sendo amigos daquele que é vivo quando passa além do motivo que o levava a se esconder...
Perspectiva de se ver... desde o sopé se reerguer… cume:
desse monte... farol vivente que se prende em cada momento que ousaste elevar teu canto entre o tumulto bizarro do dia que se fazia Inverno frio e deste abrigo à semente que te viunascer.. Primavera que se espera entra cada segundo... virando o mundo do avesso transformando-o em novo começo.. para todo o que assim quiser VER... esse facho... gentes vivas em vivos cachos... fonte da vida que se
desprende... na luz do ribeiro corrente.. jorrando da eterna fonte ao subirmos esse estranho monte... dormentes no dia... despertos na noite...
e depois mergulhar –
entre o ruído da torrente - a que se desfaz em rio potente - arrastando a traves que cegam os olhares e levando consigo o estrume eo lixo vazio... deles fazendo adubo que serve de novo substrat... ao antigo pacto... transformando as areias deste deserto: cheias...
Quem... qual o desconhecido... o das cores meias… em cristais biselados... pela luz atravessados… feitos tons e sintonias mil… essa é a Uma e mesma Luz.. essa a Água que
nos conduz.. a que se desfaz... audaz... diferente... em cada ser latente... pungente em ti e em mim…
E – mesmo assim – agua pura
que jorra para além da alvura… transparência dando origem a tudo o que a nossa
digna ciência... ainda nem sabe, nem ouve... nem pode ver... todo o potencial daquilo que está para ser... eis a matriz... a que se faz em cada passo... ecoando no Grande Abraço... esse que nos envolve... que ecoa e lateja na fronte... que brilha como labareda na noite escura... e desfaz o que nela se esconde... fortaleza no cimo do monte... a que guia entre a sombra... para o lugar onde tudo volta... caminho a encontrar...
É esse, esse algo conciso... artista se mostrando na forma... na obra... no brio... nos ecos da memória... destino... transparentes e diferentes …
Está em ti – homem que crês…
está em tí mulher que assim o vês… está em vós: nessa abraço que parecia atroz... e no germinar da rosa oculta no coração que triunfa... e assim se transforma...
Plena alvura... estrela que a noite escura mais não pode conter... a que se faz em ti e em mim... neste nosso antigo querer... renasce assim como novo ser...
Eis aquela que se estende desde a nossa fonte... eis o rio corrente... quem inundando e alagando vales... faz dos campos eidos verdejantes... novas colheitas de vida... que pensam... que sentem... projectando e esperando a próxima partida...
Assim se elevando... árvores de frutos vivos se erguendo... ramos aos céus floridos frutificando... é assim em ti e em mim... e em todos os que se fazem novos ramos... olhamos os céus sendo nós suas novas flores... diamantes vivos desabrochando..
Onde outrora houve escravos... onde houvera seres bizarros... há novos seres: livres viveres... eis os que esperam:
- sem maior preocupação... sem maior confusão...
- os que não desesperam...
sorrindo... festejando... crianças no jardim dos tempos... entre as vagas convivendo...
e - os castelos das areias antigas... que o mar - de novo fez vivas... até serem de novo crianças...
transformem em sonhos as estruturas baças... as que outrora o tempo apagava... e que a vida - imensa- ilumina e inflama...
eis oassim a que se transforma … como
a gota que se forma do vazio da imensidão…
caindo... sem medo.... subindo… sendo assim a água de um novo rio - a que se faz mar bravio… e de novo inunda os céus… azul imenso que se faz
firmamento… o que entre os tempos... ecoa: