A Rosa e o Madeiro – como reencaminhar caminho para o teu
Ser Primeiro….
A Rosa decai.. entre o tempo que já não é tempo e mundo que
se esvai…
Entre as linhas e entrelinhas de um dia a dia mandado para
ser igual…
A Rosa espera… e decai …em túmulo de pedra…de dias-…as horas
sempre iguais
Agora a pergunta meu
irmão…minha irmã…
Que “algo” em teu peito se veio pousar, qual a luz que por dentro de nós vai…
Qual o Sol interior, o louvor, o primor, o sonho de um mundo
melhor…
Esse que na nossa responsabilidade recai…
A “Rosa” é em todos por igual… em todos diferente se assim
se deixa estar…. Murchar…. Simplesmente por não haver ainda quem tente –
procurar a Sua Rosa encontrar
E dar-lhe espaço e lugar – entre o mundo silente e o tempo
ausente e os espaços de mundo ainda por cultivar…
A Rosa habita nos sonhos – mais profundos – mais não
medonhos –que nos foi dado a conhecer e trazer – e um dia – transparecer –
entre o ocaso e a sua nova manhã…
A rosa está dentro de ti – já!... esperando – suspirando –
que o seu odor te desperte de entre o pranto de ser sempre igual a tanto o que
consegues ao fim de um dia de andar…
Que a sua fragrância – te eleve no ar – te permita voar –
entre sonhos loucos e os mais que puderes fazer brilhar…
A Rosa chora em túmulo de pedra… se suas raízes não medra, -
se não rachar o que a sustém com seu caule… e se faça além do que a contém e se
mostre a sua forma e a sua beleza mais além do que se possa dizer, ou contar ou
suster ou ter ou a assim aspirar…
A rosa é – sem mais –a rosa vai mais além do que tu, ou eu –
possamos um dia imaginar
É a força da vida que no teu peito se veio pousar
É a força que anima o
teu e o meu vagar
A seguir
A perseverar
E trazer um sonho novo ou um momento novo inventar…
Essa Rosa – és tu, sou eu – sem mais… além do fino véu que
nos parece separar… és o que algo te deu
Para aqui dizer, viver, vibrar e transformar… sejam os
rebentos mágicos de mundos além dos sobressaltos…
Sejam os sons baços – em cantos e encantos – a palavras que
outrora não te atrevias a desfiar – como um fio de ouro que assim possas –
entre outros – entrançar…
Seja o próprio espaço que te foi dado a a ocupar – poderá ser
a linha do dia, a de todos os dias – ou um canto novo, uma nova dança a encetar
– uma nova forma de ver e olhar – um mundo novo a dealbar… e seja assim este –
esse o lugar – no que te atrevas a dar azo a passos novos a e a uma nova dança
começar… a tua nova dança… na grande dança a entrelaçar…
Postes de Maios – noivas do lugar – seres livres –
guirnaldas de flores – algo a mais não
ocultar– todos Reis, num dia –sem se saber bem quem…
sem o saber… festejar
a valer… o que outrora fomos e que ainda
podemos – por dentro – lembrar… para vir a chegar a ser…
Revolucionar um lugar – um e ser em particular- seja assim
lembrar, evocar – renovar – que revoluções trazem os mesmos grilhões do que nos
pensávamos libertar…
Reinventar uma forma de Ser e Estar… encontrar o teu próprio
tom em particular – a tua própria voz – o teu canto a somar – à melodia que se
ouvia – que desde sempre nos alumia –e que desde dentro mais não se pode
ocultar, abafar ou pretender não ouvir por ter outra coisa que fazer ou lembrar
– ser e esquecer – seja esta a escolha deste tempo em particular – para que se faça
Presente para todo e toda aquela que
assim quiser abraçar…
Sejam estas as flores de Maio e os Junhos anunciados – e os
fogos em nós consagrados – de novo por dentro a brilhar – sejam estes os novos
fados – durante tanto tempo abafados –q eu a rosa nos vem lembrar – que por
dentro – algo vivo e veraz – se esconde – esperando a fonte para assim poder
beber e vingar…
Simples – garridos – dançando em roda floridos – de todos os
dons que nos foram dados a entregar, de todo o poder que não se impõe e nos foi
dado a partilhar…
De todo o Ser que já o é… ainda que – sem o saber – ainda espera
algo ou alguém para assim Ser…. Enquanto outros possam pretender esquecer – o
que os trouxe – Que os trouxe – a este jardim vernal – para que os seus
rebentos sagrados, os cantos iluminados, as suas formas de gestos consagrados –
fossem palavras – notas de encontros velados – na melodia universal lacrados –
rio que corre para o mar – para o eterno Amar – enquanto se vai e se esvai…
cantando… se chega – ao que mais não decai…
E duvidar é de todos – como crer e pode r o é… saber para
onde e para quem… e encontrar na sintonia o “algo” que nos sustém – é o passo
ao que somos convidados, caminho ao que somos hoje chamados – entre quem assim
é, quem assim crê, quem assim sabe e pode fazer suceder… num momento qualquer…
um sorriso de fundo onde quase tudo parecia esmorecer… um canto profundo – que ponha
de novo a arder – aqueles e aqueles que já se esquecendo – se preparavam – para
partir ou desaparecer…
O nome da Rosa ninguém o sabe, ninguém o vê, ninguém o quer…
é o nome que te foi dado – para quando chegue o dia do teu (re) nascer…
Por ora velado… será o teu canto sagrado – no dia e no que
começares – de verdade – a viver…
Por ora fica descansado(a)… é tempo de se deixar adormecer…
é tempo de canto velado, de confusão por todo o lado – de nevoeiro esperado –
pois entre a névoa – vem a água de um encanto sagrado – que nos foi dado a
todos a beber…
Se alguns quiserem – poderão ver
Se alguns puderem
Poderão assim o viver
Se alguns perseverarem – poderão – indo além da idade –
chegar a ser e apresentar – a outras assim transmitir, despertar – e imbuir –
esse algo que – por dentro – todos temos em nós – bem profundo – a latir
Rio profundo – que não se pode ver ou ouvir
Quente…. Jucundo – que nos fará – esse dia – nesse dia –
VERDADEIRAMENTE FLORIR…
Preferir ver a rosa e a sua prosa – encantar – cantar e
sorrir
Vendo nos espinhos uma forma de ser – pequeninos – até o
nosso ser verdadeiro assistir
Ao canto que vai além do medo, do duvidar – do desistir – e perseverar
nesse sonho mágico – que transforma madeiro em barco – e nos faz vogar – por sobre
as águas do céu navegar.. e chegar ao lugar – a onda – todos – podemos chegar…
P.S
(ENTRE OS HINOS E OS DESÍGNIOS, ENTRE OS CANTOS E OS ENCANTOS DE NOVOS TEMPOS - UMA LUZ FAZ UM CHAMAMENTO - DESDE SEMPRE - E POR TODO O TEMPO...)
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