Música

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Al El lUzia




Caminhar
Por entre  o vazio vagar
Desenvolvendo 
O que temos dentro

Esse algo
Que é brio
Que é calor
Que é sustento

Que é chama
Que clama

Que é  Luz maior
Que em nós mora
E se planta
Com raízes profundas
Que o tempo não espanta…

Além do frio
E do tempo perdido
É tempo com significado
É tempo – real - vivido

Entre  a noite velada
Entre as palavras
E as vozes
De quem não nos diz nada

Entre esse dia que não finda
E essa noite que não acaba…

Deixar-se levar e ir
Além do medo
– partir –

Elevar o teu ser
Sentir o meu
 Assim a se proteger
Entre asas
De vida
Entre momentos de horas escassas
Que se fazem mundos
De vidas
Onde as luzes fugidias
Dos olhares que abraças
Se transformem em luzes vivas
Como tições em brasa
Pequenas estrelas vivas
Que manifestem
a ilusão que nos anima
Muito mais além
De tudo aquilo nos desmotiva
Que nos faz cair – na letargia

De se deixar ir…
Nesse dia a dia
Que passa -.s em manis nada
Se embaça
Se deixa levar
Como barca que voga
Entre a neblina
E se perde
Por onde não se sabia
Que houvesse
Sequer via
Para seguir…

E mais passa
Para esse mundo
Além da lembrança
Enquanto este
Ainda nos chama
E a tua presença
O teu calor ainda abraça
Enquanto se desprendem

Lentamente
O ser humano
Menino adulto
Criança
A mulher viva
Mais não vazia
A que abraça
todo os nossos dias
Com a força que
Incontida
Vá além da despedida

De ser parte
de uma peça
mais não garrida
Apenas ditada

Por outras vozes
Perdidas, marcadas
Convidando quem duvida
Assim, à sua própria desgraça…

Sabemos que não nos podem ferir
Nem tangir
Tocar ou interferir
A não ser que nos deixemos ir
No pântano da tristeza sumir
Deixar de sonhar
Deixar de querer
Amar
Deixar-… se
Simplesmente
Levar…
E – sendo mais
Do que espectros
Entre dias secos
Iluminamos momentos

Com tudo aquilo que em nós
Ainda temos a encontrar, a doar

Essa a chama de vida a surgir
Por entre mão em mão que não se vê
E que
Mantém
A sua própria opção

Além de quem diga
Além de quem espiga
O que era para ser
a cultura mais antiga
Pedra de fundação

Aquela que sustente
A vida e que vida lhe diga
Para além de toda a perspectiva
Que a contradiga
“aqui, assim, ali…mais não!”

Esse o gelo do estio
A rasgar, a debelar… a enviar de volta
Para o abismo para onde há de voltar

Para que ressurja a chama
Do fogo amigo
Do fogo vivo
Que em nós
De novo
Há de britar
E de novo
Entre nós
Através de nós
Se há de dançar

Unir
E assim correr
A terra
E o mundo
De par em par
Abrir os da Alma

Que se erga desde esse abismo profundo
Que por dentro nos pretende estagnar

E Voltara ser Rio vivo
Que flui além de todo castigo
Além de qualquer postigo

De volta… para o seu grande
e eterno Amar
E ascender para além
Do mar de lágrimas secas
Choradas por ninguém…

E encontrar a face viva
Entre as faces que se esvaíam
As que nos pretendiam apagar…
Essa que nos mostre
Essa Vida
Em nós

Ainda plena
Ainda esperando
Além da pena
A alegria da Vida
A se manifestar
Incontida
Como abrisa
Que se faz vento a vibrar
Como o mar
Que bramindo
Nos conta o tempo
Além do tempo… sentindo
O que é bom de se viver e evocar

Esse algo – NOSSO
Indo além da pele,
da carne e do osso
E mais não se há de apagar…


Essa a viva voz
A Vida entre nós
A que nos diga,

Sem margem de erro
Consiga, Sem alegoria…
De aparentar Ser
De parecer Estar…

Em viva voz,
 em VOZ VIVA
Assim demonstrar
Assim fazer, assim trazer
 O que se pode devolver
A vida que há em nós

Ainda por mostrar

Sem comentários:

Enviar um comentário