Música

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

leda e segura vais qual augoa pura que flui e não embarra - a consciência e a flor de viver o amor despontando no peito de quem tem o ser

qual dom Quixote e a sua dama
que à fonte discorria
qual leda que avança pela verdura
leda e não segura a agua à agua a mais pura
e sempre que  te vejo... teus olhos a olhar
nesses locais simples e singelos espelhos de se verem por igual, nesses locais para  bem  abrigar
mundos inteiros mundos mistérios a se poder partilhar, que neste são os mesmos - a sério!...
- são os mesmos para se poderem assim entre-olhar
e quando se vejam sem sequer inventar o invadir
e quando se abraçam mesmo ainda se poderem estar e rir
e quando sorriem no silêncio esperando sua ocasião
e quando estabelecem em pleno beijo sem haver sequer haver ainda a intenção
essa que se perpassa por aonde se sabe ler
e que beija de relance mesmo sem se juntar
o ser com o outro ser e a intenção que une
e mais escassa se multiplica com seu bem querer
e estando querendo subindo até ao mais alto de si

esse beijar de viagens
que tu ainda não fizeste
(através de ti em direcção a mim)
as que clamam por dentro de mim
e essas que eu ainda não fiz a través deste ser semelhante
essas que apenas tu poderas descobrir ao se chegar ao nosso destino errante
sem se perder
apenas por ser livres
e em liberdade
nos reconhecer (mos)

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