As coisas da vida que se entrelaça
As palavras que a mente alcançam
E que o coração vivo ajuda a recordar…
A sua essência esquecida
A sua intenção vencida
De novo erguida
Pela força em nós contida
Pela presença
Que em nós respira
E aspira
A se elevar
Seja dia a dia
Seja num mesmo dia
E se conjugar
Com o verbo maior
Que nos ajudou a despertar
Com esse algo de dor
Que se faz eco ao levantar
Como esse algo de louvor
– ajudando
De novo
Entre tanto povo
A assim recordar
Que as palavras
Escritas
Que as melodias
Entre linhas
Ditas
São as poesias
Que evitas
Em ti
E em mim
Conjugar
Recordar
Voltar a ser
E assim
Despertar
Latentes
presentes
Ausentes
Agora de novo
Podentes
Para assim
Se poder manifestar…
Quem entrelaça
O ar
Quem o faz soar
Em notas e novos acordes
Seja a tua boca nobre
A se ligar
Ao coração que descobre
A sua própria forma
De ser
E estar
De traduzir
O eco pobre
Como o fino e luzidio
Raio de sol ou luar
Se transforme o teu brio
No mar a encantar
Sejam as vagas que se erguem
Sejam
As humildes ondas
Na praia a sibilar…
Coisas que a tua vida respira
Coisas que a nossa vida convida
E entrelaçar
A entretecer
Devagar
Para que quem assim
Se ilumina
Assim possa
Também celebrar
E festejar
Na distância
Sem apenas se tocar
Sem se ver
Conhecer
Ou pertencer
Inicia a idade do Ser
Pouco a pouco
Ou de vagar
Ou da forma
Como te foi dado
Nos foi dado
A mostrar
O teu dom
é o tesouro
A tua vida
O tal ouro
E o ar que partilhas
Uma forma de contar
O que por dentro nos
unia
De novo a despertar
E algo que parecia
Numa palavra
Separar…
Sibilas
Sem Sibilar
O que outras gentes
Souberam outrora contar…
Estar presente
Estar lá
Ser
e
Assim crer
Plenamente
Que entre nós
Há vínculos
De vida
A festejar
E assim
Em silêncio
De pois evocar
Seja no sono
De sonho
Que te traz
Mensagens
De algum outro lugar
Seja ao recordar
O que aconteceu
Devagar
Nesse lugar
Nem teu nem meu
Onde acordamos estar…
Nesse lugar
Nesse tempo
A partilhar
Sem mais nada
Sem uma pauta marcada
Simplesmente
Por que
Quem lá estava
Se uniu
E celebrou
E se levantou
E foi
Porta fora
Crendo
Ou assim ainda não sendo
E sustento
A vida
De novo
Os chamando
Para uma forma nova
De ser e estar
A despertar
Entre quem assim crer
E assim possa
Em si
Manifestar…
Sem mais pregar
Sem mais convencer
Transformar
Simplesmente
por convergir
Devagar
Neste ou naquele lugar
E assim entrelaçar
Além do medo
O que a própria vida
Se encarregou de te outorgar…
Instituídos
Instituídas
Como poetas
Poetisas esquecidos
Melodias de sempre
Que entrelaçam além da mente
O que nos foi dado a manifestar….
Que entrelaçam
Em si
Novas vidas
E que vão
De mão em mão
Um milhão
Um abraço
Directo
Desde o coração
que trespassa
A couraça
Da mente ilusão
E por dentro
Abraça
E assim tresvasa
Em palavras de vida
Em lágrimas de alegria
Em segredos contados
Sustidos e prezados
Em coisas tãosimples
Como a palma da tua mão…
E assim ofertados
Como presentes
De momentos sagrados
Assim partilhados
Como rimas entrelaçados
Por teus olhos nivelados
Por teu ser lidos
E em ti feitos novos fados..
E assim desenvolvidos…
Assim de novo cridos
Assim levados
Para todos os lados
Por quem assim comungou
Sem sequer se ter recordado
Tão simples
Mente
Presente
Tão suave
E tão sublime
Mente ausente
Assim se faz rio corrente
Contando
Cantando
Celebrando
A vida
Em todos nós
Presente
Sem mais intenção
Partilhar
Ser
E estar
E – pouco a pouco
Subindo ou baixando
O tal “tom”
Da melodia
Da vida
Que cantava esquecida
De novo ouvida
De novo revivida
De novo surgida
De entre as águas
E elevada
Pelas águas que cantam
E encantam
E se abraçam
Sem se ver
Sem tocar
Sem querer…
Simplesmente por o ser
Entre quem assim ouviu
com atenção…
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