Num mundo feito de ferro,
feito de aço,
feito de medo baço
Um grito ecoando
A tua luz revelando…
Movimento
Intenso
Numa cadência
Interna
Lento…
Saltando
Subindo
Seguindo
Entre veredas e estradas
Existindo
Entre quem te apoia
E quem não te vê
É em ti
Que esse verso vivo
Crê…
Danças entre o destino
Desafio
Frio
Perdido
E o outro
Transcrito
Servido
Desde o ponto de vista
Vivido
Pelo coração transmitido
Segredo
Segredado
Entre noites
De luar
Revelado
Quendo te vi
Quando te esqueci
Entre os ferros
E os braços
Férreos
Que nunca senti
Quando me viste
Tu a mim
Entre o enlevo e o suspiro
De frio
De uma brisa
Na que mais ninguém crê…?
Qual a donzela triste
Que
De semblante em riste
Se mantém
Ao pé
Do vento
Norte
Ao pé da triste sorte
E a triste sorte contém?...
Quando as vagas
Do nada
Do que nada importe
Do que nada lhe falta
Chegam
E nos apagam
A nossa chama antiga
Que por nos clama…
Que – por muito que eu diga
A nós
Não nos diz nada…
Por muito que o diga
Em ti
Amiga
Existe
Uma cantiga
Antiga
Que nunca se cala
Que se ouve
Noite e dia
E por dentro
Nos afaga…
Crer que é possível
Poder
Refazer
O impossível
Acontecer
Neste tempo
Neste momento
Nesta
Nova
forma
de querer…
Sem querer
Ver
Vagas de estio
Do antigo
Frio
Da amiga
Ao amigo
Se perderam no estio
Que nunca mais se entrevê…
Feitas rebentos vivos
Entre os romances
Escritos
Entre os cânticos
Perdidos
Entre as linhas de hinos
Reunidos
Entre olhares
Perdidos
Em linhas
De limite
Esquecidos
Ou renascidos
E as fronteiras
Antigas
Se façam
Primeiras
Metas vivas
Suspirando
E caminhando
Quando tu assim o digas
Quando eu oiça
Por dentro
O teu viver…
Entre quem
Ignora
Não mais chega
A hora…
Assim tanto
Do que temos
A dizer
Se pode fundar
Renovar
Ou perder…
Um povo
de Honra
Uma donzela
de uma nação
de cavalo
Branco
sobre Verde
Campo
estrelado...
Uma donzela
fria
pela noite investida
pelo dia
perdida...
UMA NAÇÃO
E
UMA MELODIA
esquecida...
Um certo dia
para ser dia
e uma
estirpe
perdida
sendo reforjada
ou para sempre
deixada
entre a estrada
do tempo...
Banida
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