Um dia - numa certa reunião em Londres, em processo de
determinação de lugares para voluntariado internacional - calhando de estar
numa sala - com múltiplas informações a partilhar - dei por mim encerrado, num
quarto selado, com observadores nos quatro cantos da sala - por detrás de nós a
nos avaliar...
Chegávamos a um certo lugar - inventado -
e nesse lugar - abandonados - tínhamos de nos "desenrascar"...
havia gentes nos lugares ausentes - que
poderíamos contactar...
era uma "certa noite” a passar... escolher
bem marcaria a pauta de como nos iria a manha - pela manhã - saudar...
havia quem era do lugar - pobre e sem
mais... sem lugar para pernoitar - dormir num chão entre sete ou mais...
havia quem era maioral - dono do lugar...
e que não era respeitado por sobre todos mandar...
havia quem era da “eclesia” - e estava
para ajudar -e as gentes do lugar tinham outra camisola - de religião
para religar...
e assim seguia a litania - de informação a
partilhar - todos de capa oficial investida, todos em roda viva - todos a falar
o nosso inglês particular...
e assim seguia a nota - cada vez mais alta
- cada vez mais guerra e discussão a se manifestar
pois cada qual tinha opinião própria, sua
e defender o seu lugar era nota geral....
esquecidos dos observadores
que por detrás nos estavam a observar... e
avaliar - seguia e seguia a determinação de perfil psicotécnico a avaliar...
até que um certo louco, sábio, criança,
parvo ou simplesmente alguém naïve - para falar outro falar
comentou o que lhe ia na alma e que ia
contra tudo o que se pudesse imaginar
(o rei vai nu)
que as informações que nos deram
eram todas
em si
diferentes
nenhuma igual
e que - por muita cacetada
que se desse
por muito que se provasse
por muito que se argumentasse
a “charada" não tinha solução - nem
princípio - desde o seu princípio até ao final...
assim terminou a avaliação...
e todos ficaram outra vez juntos - como na
sala de reunião - na que faláramos e mais não notávamos quem era quem... quem
poderia estar a avaliar, quem tinha que lutar - quanto haveria a perder ou
ganhar...
entendem agora o tal "jornal" -
que - casa onde não há pão - todos ralham e ninguém tem razão?"...
assim entendem a dos observadores, dos
cantos, dos cânticos e dos senhores?...
e - qual a solução que tens a presentar
sejas são, louco
criança um pouco
ou maioral
de que forma podes salvaguardar
essa tal vida
que agora mal se pode recordar
essa que era - viva - faz pouco tempo
sentida
e que agora - quase nem há tempo para -
"RECORDAAAAAR"...
Fica a pergunta em forma de charada real – passada em 2003 antes
de ir para terreno internacional;
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