É seguir – como um nómada –
em busca do seu lugar
–
como despertar
uma certa e única manhã
aquela que mais não volta
e procurar
o tesouro
desse nosso dia
desde sempre
por dentro a palpitar
além do ouro
que se prometia
e do poder
que se entrevia
ir além
e achar
o reflexo
que em si
mesmo traduzia
o valor da própria vida
e voltar
desde esse estranho tempo
desde esse estranho lugar
que palpita desde sempre
por dentro
e que por fora
poderemos
de novo encontrar…
para partilhar
o que se desconhecia
se trouxe
de novo
em vida
para assim mostrar
para quem tiver olhar
para quem ouvir
sem se deixar esvair…
Para quem puder levar
Transportar
E partilhar
Sem mais nada dizer
Ou fazer
Do que ser e estar…
E deixar discorrer o tempo
Nesse
Neste
Naquele lugar
Até que
Quem pergunta
Atenta
Atento
Assim também
Possam achar…
para quem sentir
e assim transmitir
sem mais
nada fazer
Nada dizer
Entrelaçar ser no Ser
E Saber Ser sem mais
Dia pleno
De Viver
Dia pleno
A esquecer
E distribuir
E plantar
E partilhar
entre as sementes vivas
Que assim saibam ouvir
Entre os rebentos de vida
Que assim saibam sentir
Entre quem assim anuncia
E se deixa… à espera o dealbar
Entre a linha obscura e fria
E a manha nova e pristina
Do seu despertar…
Horizontes
E linhas
Sonhos a refazer devagar
De entre o mundo no que
Entrelaçados
Entre pratas
E ouros marcados
Ousamos
Os recuperar
E assim se anunciam
E contam
Em melodias
Partilhadas
Ditas
Rezadas
Consagradas
E seladas
Assim neste
E naquele outro lugar…
Esse
Que tu
E eu
Ainda
Poderemos
Um dia
Nesse dia
Encontrar
E nos
Ver
E saber
“Quem” estivéramos
Desde sempre
A procurar…
Seja esse
O Presente
A se Festejar
Numa forma
Discreta
Silente
De se oferecer
Sem nada
Se dar
tres estrelas,
um canto
tres luzes no céu
em esperanto...
uma criança
que procura
salvaguardar
um
mundo novo
sobre o velho
que o "nada"
pretende olvidar...
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