Música

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

umas linhas e umas picadelas no profundo do ser algo se agita palavras mais belas

uma criança cria cria
que o tempo e saudade não se desfazia
apenas que sendo uma só coisa uma só cor
na mente que divagava
no tempo no que se jogava
e se atirava qual pintor
na parede vivente
dessa via de vida
qual gente a saber bem pintar
os retratos mais não baratos
da via de vida que nos foi dado a celebrar
e nesses festejares e nesses andares
também a criança via
o que depois não via
mais ninguém a celebrar
e nessas poesias
nessas brincadeiras
na areia
do tempo
que se  esvai

desenhou bem e a mão cheia
pinturas de luz
e de sobra
que derradeira
dessa que descai
dessa sombra que se vai
soerguendo com relevo
e sempre por dentro
e por fora ao crescer
a criança ao se elevar
e viver e ser já quase
adulta voltou a lembrar
ora a esquecer
essa sua grande
multa com muita desculpa
pois seguia a desafiar os limites das linhas das picadelinhas ou dos muros e do chão a semear
de palavras belas de quão grandes fossem as vias das vidas para enaltecêlas
quanto o que equivale a elevar o olhar
em tres fases pequenas capazes
ver o botão olhar a florescer
e sentir quando esteja já em flor
não a vontade
menos no poder
e sim no amor
assim ao acontecer
e precatasse-se a criança nossa este nosso ser
que seguia a fazer obras de amor a aspirar
pelo ar em palavras sielenciadas

e em prosas que mais pareciam poemas e obras inacabadas

de letras sem sentido a montes belos a se verem de cor

dizendo verdade e vereda e verde a vereda se  pintou sem flor

que se nascesse de novo e se se esbatesse para dar uma cor mais suave

e a sua vida
a sua suavidade
em silenciosos matizes clarejando
a verdade  pintou sem querer bem rever entretanto

num balão que se eleva e lá em cima rebentando
mil e  uma letras de cor nas  suas reticências de novo esvoaçando
o ser que a vira ora bem a viajar

a esperava quando ao passar passava pela via´
nem a via assim  tão bem  e tão iluminada

uma face num balão distorcida
tão grande que pareceria errada e quando a visse
entre mais de mil germinando
as sementes da cor da vida as centenas se alegrando

nem se precatou do  ruído nem do clarão
desse ser qual relâmpago que passa pela imaginação
e viu mil e uma pisadas poisadas no chão...
pintadas ora marcadas na areia dos sonhos
que teriam sido de alguém a criação
que o tempo assim deixou no coração...

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