Música

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quandoa imagem do espelho - revela a criança




As forças que nos travam – para beneficio de uma força que nos esmaga – as forças que nos impelem e motivam e nos ajudam e dizem – segue! – essa é a nossa força antiga – que nos alerta e afaga…

Hoje entre a romagem, entre a aragem da tempestade – entre o caminho enviesado que leva à cidade – como labirinto feito de novo, como uma galinha mais sem ovo – como algo fechado- por dentro lacrado – que em si mesmo tem a resposta do que esteve – desde sempre – assim oculto ou velado…

São essas forças amigas  - bem antigas –que marcam o ponto do dia a dia – essas que – ponto a ponto – por mais que se diga – nos mostram o caminho à casa e ao lugar da vida mais antiga:

 – essa que se convergia, a que se vivia; que se celebrava e nos alimentava – além do que tudo o que o resto mandava – essa não mais escrita – velada – nas pedras vivas - ainda alimentada…

Para quem a sinta, para a gente convidada – a entrar na roda espiralada, na flores guardada, na noite mais escura – por dentro assim iluminada – para que seja dia entre quem caminha na noite mais luzia e não assim pela luz cegada…



Consagrada em excursões apagadas – de gentes que +assam, cabeça baixa – por orgulho desmembrado ou memória de povo velado – dão as voltas não dizem nada
Desde os calvários antigos – debaixo da igreja escondidos – seguem e seguem na sua romagem
E perseguem o que alma pede – aquilo que mais não se escreve e que por dentro nos é revelado…




uma voz de criança, num meio qualquer
uma voz deforma de ser de mulher
que renasce
quando é grande
e se deita
quando se desfaz
uma voz que que se mostra
 quanto tempo é capaz...

e a voz que ouvezsem velho
se faz o que eras em espr'ança




Algo em nós é sagrado
Consagrado à nascença
Depois esquecido
Apagado

Por mais do que a crença
Se mantenha
Quase igual
Em todo o lado

Uma obrigada
A ferro e fogo marcada
A outra escrita

Sem que ninguém
Tenha em si a dita
De a ter ditado

Uma a força da vida
Sem brida
A outra a força de vida lacrada

Uma escrita e repetida
Ladainha assim expedita
em jeito de verso
transformada

Outra a força da linha
Que se faz curva de
jeito espiralado

Que canta e grita e brinca
Em ti
E um pouco por todo o lado

Se estiveres
Atenta
Atento – sentirás e ouvirás
Essa força viva
De que te estou afalar
Como danças com os elementos
Sendo o elemento por eles alimentado

Estando assim no centro
Por eles
Todos eles
Assim centrado


Como pairar
Estando assim parado

Como estar sem estar centrado
Diluindo de olhos abertos
Como o fazes quando
o fazes de olhos fechados…

Esse caminho livre
Lentamente revelado
Vai com os puros
E humildes

Os que o encontram
Por mero acaso
Guardado
Nos seus tesouros escondidos
Não mais vendidos
Não mais tidos
como o tesouro maior
a ser apontado

Com avida toda
Do que nos foi dada
Por senhor ou senhora
Além de qualquer fado
Ou obra completa ou inacabada

Seja a verdade prometida
No teu coração
No meu contida

Esperando um certo canto sagrado
Um certo momento
Um certo tempo

Nunca dantes levantado
Para ser assim rezado
Para ser assim celebrado

Para ser e estar assim solto
Como canto de luz desconsolado

Evocando o tempo antigo
O livre e belo passado

Além das redomas e das cúpulas
Que nos mostram
A pequenos
De antes
A  quem a vê

A tua própria essência que ecoa
Além de qualquer ciência
gerando pontes maiores
Para quem realmente o É….

Verdadeiros primores
Que nos orientam
Até Aquele
Sere(s) maior

Os que por dentro
Ainda
Nos sustentam

E que – encontrando-se
Lado a lado
Reverberam
Como vasos cristalinos
Regenerando
A força viva 
Do mundo anterior
Evocando

O canto vivo
Por louvor
A força anterga
Por Amor Maior

Que se mostra…
Que se esconde
Entre quem assim desmente
E quem assim planta
A devida semente
No seu jardim interior

Esse que desde sempre
Se mais não se nega
Como em certas caminhos
ocos velados escondidos
Como numa certa trégua

Se apostas, se te mostras
Além do que a visão mostra
teu verdadeiro mundo anterior…

Tua visão maior

O ver o monte e subir,
desde a perspectiva
Que pensavas, Mais não existir

Sem querer
 Deixar atrás
o que te fez
num princípio
partir

Para no regresso
Poderes assim despertar

Cantando
Uma mesma melodia
Aumentando

Crescendo de luz e vida
Entre quem assim afina

Fundamental que nos anima
Assim
Um dia
Uma noite prometida

Desde a Origem
Desde a Vida

Num qualquer lugar
Desencontrado

Pelos escolhidos
De novo
Assim achado



Numa qualquer via
Numa qualquer estrada
Aparentemente sem saída
Aparentemente vedada

Quando juntos
Irmanados

Nos vejamos
Além as vestes
Que nos mantenham

Velados
Ou afastados

Tu que sentes

E que vês
E mais não mentes
A aquilo que és

Que não repetes palavras
Usadas
E gastas e marcadas

E sentes as novas
Desde ti jorrar

Como um rio
De vida
Noutros  rios
a se ligar

Essas mãos amigas
Com calor interior
além do que o tempo diga

Que se dão de mão em mão
Abraço antigo e puro
De coração vero
A coração sincero

Esses que se escreviam
Se se descrever
Esses que ainda valem
E existem
Mais não para aqueles
Que trazem as luzes que bebes
Quando olhas em ti
E em mim…

Mesmo sem se deixar
Ver

Mesmo sem se saberem
Se reencontrando
Mesmo sem se perderem
De novo se achando…

Nos lugares
que nos foram dados
aguardando

Entre obeliscos e os monumentos parcos
Monumentos erigidos
E assim redigidos

Para visitantes de outros confins
Tantos para quem vem aqui
Ver
Visitar
E seguir
E talvez partilhar
Algo do que aqui
Se deixou para lembrar


Entre os paramentos
E as rápidas coisas
Entre os mais rápidos
E os caminhos lentos

Há esse O CAMINHO
Esse O LUGAR
Onde tu e eu
Um dia, Uma noite
Num tempo certo,
Sem se combinar

Nos encontraremos
Além da raiva, da ira, do medo
Além da dúvida
ou de qualquer segredo

E nos veremos
de forma original…
Saberemos
O que detrás do espelho
Nos escondia o verdadeiro olhar…


Esperemos que chegue a mensagem a tempo
Além do que te estou aqui a contar
Por as teclas são pequeno instrumento
Para de tanto – de tanata essência
Poder evocar

Lembra
O rio profundo
Que regressa
Ao seu verdadeiro lugar

Enquanto o resto do mundo
Divaga
E segue na estrada
Para qualquer ou nenhum lugar…

Passar a ponte marcada
E esperara hora lacrada

Que quem encontre o sentido
Vá estabelecendo pontes de vidro
De brio
Invisíveis assim para qualquer outro olhar
 para o que outros pretendam
como sempre,
procurar dominar e fechar

Sem terem sido previamente
Desde dentro
Desde sempre
convidados assim
A despertar
Germinar
E florir

E nesse jardim
De novo entrar…



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