(depois da tempestade - a bonança - ler depois do que é dito com queixa de ser humano criança)
E começa comigo – contigo
Irmã
Irmão
Que existe outra via
Outro caminho
Que não implica revolução
Que não "lhes" dês tua força
Nem tua dedicação
Que lhes vires costas
e ignores a sua antiga
e corrroída organização;
Que lembras
a outra antiga
tradição
que te fala da tua terra
Das tuas gentes
Das cantigas que não mentem
Das gentes que sabem
( e ainda omitem – por medo e por opção);
Que as dignas mentes latentes
– se juntem nesse eterno presente
– para ver mais além:
Do que nos está a conter
E assim saber bem;
O potencial que por dentro nos vai
E que o tal império tolo
Estava continuamente sugar
Com apalavra “tripálio” - trabalho
“que era forma de torturar”
Que existem os tais meios
Que nos vieram tirar
Lê a história ao contrário
Retira réis, tiranos,
estátuas de deuses vários
E começa a dar a tenção ao essencial
Ao teu coração ao meu
e ao quanto ainda tem por nos ajudar
a ver e a concretizar
Que juntos temos o potencial
Para descobrir novas vias
Para abrir vias antigas
Para desbravar veredas vivas
Onde veredas houver a encontrar
Para resguardar o tesouro vivo
Que se estende
Nesta nossa área do "graal"
E que assim
Pouco a pouco
Devagar
Se erga de novo
Um estandarte
Sem simbolo
Sem outra arte
Que não a de amar
A terra
A gente o lugar
e o sopro do vento
da maresia
Entre o monte que se alumia
Nas noites de festival
Entre os jovens
Que se encontram
Para assim descobrir o portal
Entre quem assim já de si brilha
Por ter passado além da linha
Que a força lhe queria vincar
E esses que ajudem filho e filha
Irmãos de tempo imemorial
Partilhando beijos puros
Beijos que vão além do que é duro
Beijos que se tocam
De coração em coração
Se evocam além da opção
nos ajudando lentamente a erguer
Lentamente
Por nós mesmos a crer
Lentamente a saber,
Sem saber
A ouvir e sentir
as vozes do vento
o eco das pedras lavradas
o seu lamento:
As destruídas
As reerguidas
E as protegidas ou veladas
Nas águas do próprio mar a ecoar
Quanta dessa vida
Esse império se esqueceu de apagar
E quanta mais
Está para chegar
Quando sol e luar
Sejam um só
se unifiquem já mais sem cessar
Como era intenção primordial
E mais não se critiquem
Como é a intenção actual
Dividir e vencer ou unificar
desde dentro
e assim poder
Existir e Ser…
Esta na tua mão
Está na minha mão…
No silêncio do teu "quarto":
– entra e ouve com atenção
Uma voz viva e plena
Late ao ritmo do teu coração
o que diga e contenha
É a tua própria oração
o resto são ecos vários:
de outros mundos
De outras forças
De outras quimeras…
De outras "cousas"
para "nós" não
A tua está tão peito
Tão simplesmente
de peito aberto…
Encontrar esse lugar
reunir quem assim
quiser estar
Deixar-se ouvir
Deixar-se iluminar
E por dentro
Ir renascendo
Pouco a pouco
E devagar
Até de dois
serem um cento
Num lugar certo
Sem relógio
Ou pauta a invocar
O momento
De se encontrar
De partilhar
a vida e o fundamento
Sem cerimónia ou padrão a marcar
Simplesmente libertando,
vivenciando
Sendo e estando...
"algo" que a todos
nos pode unificar
Cada qual o seu elemento,
cada qual semente a se dar
Cada qual uma flor viva,
de semente garrida
Ainda apor germinar
O tempo de qualidade
Que te é dado
Vai mais além da idade:
– tem cuidado
(se por cuidado entendes - cuidar... dar atenção, estar atenta, atento - ao fermento, à planta no teu jardim acrescer... à água que o oleiro verte no barro que esta pelas suas mãos a se refazer...)
Há seres que já o são
Sem terem a aparência
Daquilo que te cabe na mão
Há seres que vêm
Desde além
Para orientar
Sem se impor, sem sequer
os "outros" se precatar
Há seres que se erguem de novo
Para os espelhar
Esses que tragam mentira
Será sua sombra reflectida
E devolvida,
O círculo protegido estará
Por ser o que porta a sombra devolvido
se não estiver disposto
disposta
a se deixar tocar
E por dentro - lavada
lavado
assim de novo se unificar
nessa força "estranha"
que abraça
desde dentro
sem te prender ou comandar
que te convida em cada momento
a cresceres
ao ritmo que tens partilhar
e assim entrar na roda
e na roda de novo "dançar"
E há outros "fortes"
Que vem para colocar
pilares de ouro forte
Valores da semente a proliferar..
E tantos, tantos outros
Uns que vêm para sarar
Pelo seu toque
Pela presença
Por aprenderem as elevar
E outros a orientar
No caminhoa seguir
E nas reviravoltas que o mesmo caminho
poderá comportar
E assim se divertir
enquanto seguem a ir
Até passar...
a ponte que leva
A outra verdadeira fonte
Da vida original…
Fica a charada
Mais ou menos lacrada
De certo descifrada:
Por quem – por dentro – não tem mal:
Nada teme
Em si concebe
Esse mundo novo
Renascendo afinal
Entre tanta tortura fria
De informação que o desdiga
Alguns crerão de forma mais firme
que o próprio betão
Esses percorrendo os mundos
entre mundos anunciarão
observando
resguardando
as sementes a despontar
sabendo onde crescem
e quando irão
de sua luz se mostrar
Alguns fixem o eco
que do outro lado
a essência nos dá
Sem forma
Que se descreva
Sem essência
que assim se empodera
Sem se impor
Sem se “manifestar”
Contando plenamente
Contigo
Comigo
Para se dar
Sem ordens a desenvolver
Sem comandos a gerir
Sem escalões de poder
Passíveis de se perverter
Ou ruir
A essência pura
Que assim se assegura
De unicamente libertar
Estando sempre presente
Impregne
Entre nós
Desde já
Assim sendo aceite
por dentro
um carteiro
certeiro
nos vai vislumbrar
e em carta personalizada
única
e bem lacrada
nos assim vai convidar
Alguns de nós já o são…
Quem e como
Sem saber...
Através da intuição;
Alguns transcrevem
Outros descrevem
Outros guiam os "pequenos irmãos";
Quando nascidos
Nesta realidade reunidos
Quando tudo em redor ainda diz “não”...
Os que ouvem e sentem e aprendem
Como essas vivas sementes
Ainda em negação
E os jardineiro pacientes
Que assim cuidam com devoção
Até verem
esse conteúdo latente
estar entre nós
em plena comunhão...
Seres semente
De gérmen presente
Desse algo que desmente
Muito do que nos está afazer definhar…
E há os que fazem
a verdade latente regressar
Devolvendo a harmonia evidente
A que era em nós - de repente
De novo alegria a se notar
E as rimas falam
De forma célere
Transcrevem
De repente
Transcendem a parede
E a vida nova que terá lugar
Recorda:
Onde houver ignorância
Iluminar
Onde houver falta de esperança
Brilhar
Onde houver lugar – perseverar
E esse lugar apontar
Aquém do lugar – em verdade perseverar
Onde houver quem aguarde – aguardar
Onde houver quem não fizer parte – respeitar
Onde houver quem persiga – esquivar
Deixar vazia a linha
Que te pretendia de encontrar
Onde houver tempo
E espaço
Para divulgar
Falar pouco do denso e baço
E muito da promessa que está
– por dentro a nos tocar…
E deixar os estados de animo
Que nos possam ofuscar
Transformados em ritmos em vida, e
Em formas criativas
De Convidar a celebrar
Dançando nós de vida
Entrelaçando-a em palavras
Para que as palavras se possam soltar
Por dentro de quem as sente
possam assim despertar
No coraçao de quem as leia
Ou de quem assim as possa lembrar
Pois as palavras ecoam
e não têm pertença ou lugar
Estão em sintonia
com a Harmonia
Da quee stamos aqui a falar
essa que tu
na tua própria ousadia
uma certa noite
um certo
dia
verás desde dentro para fora
assim se manifestar
suave e sem se ver
com a força de unificar além do querer
o Ser e o Estar
Esta (harmonia) é ser peculiar
Cada um de nós um mundo
Um universo:
Entre universos q
que não param de se tocar
De reforçar
De espiralar
De gerar novos mundos
De sonhos - que em si mesmos – são olhos
Vivos e iluminados pela luz do amanhã
E onde houver cinza ou cinzento
de dourado ou prateado o pintar
Lembrar que aprata é só
Que o dourado dá fruto
E que é no silencio
que nos vamos harmonizar
Nem se sabe quem começa, nem quem vai terminar
nem qual o tema da peça
nem qual o seu palco nem qual o seu lugar
E se ainda se achas que podes fazer pouco
Que nada há que possas tu inventar
Seja uma forma de história apara com outros partilhar
Seja uma forma de memória, para trazer de novo ao lugar
Sejam as razies e as pedras
e árvores velhas
que marcam outeiros a erguer devagar
Sejam as outras – tantas – veladas
Esperando a festa gerada
´pelo nosso comum bem-estar
Quando se terminem os intermediários
E olho no olho
Coração em coração
nos possamos tocar
Por amor e devoção
Fé dos simples
A nos guiar
Não necessitas saber muito
Para a pureza poder achar
Um olhar de virtude
É sempre esse mesmo olhar
Reflectido em quem assim alude
Dois reflexos – virtude a espalhar
Eis o dom de curar
De entre a duvida
O medo
E a falta de perspectiva
Do como
Do quando
De que forma encontrar
Basta teres encontrado uma vez
de a alimentar
de a cuidar como semente que és
para poderes assim germinar
Que seriamos nós cegos
Se nunca tivéssemos visto
Sentido
Vivido
Essa roda viva que te digo:
Dança em círculo
De amiga
De amigo
Sem mais desejar
Simplememnte o estar
Como crianças
Voar
Deixar atrás o mundo
E estando nesse/ neste mesmo mundo
O mundo assim iluminar…
Desse algo que se recorda e se evoca
Ao recém nascido pegar
Desse algo que nos expande
Nesse monte
Em nós a suspirar
Quando nos toca a brisa
Somos nós na brisa a tocar
Quando a luz do Sol nos trespassa
Luz somos nós também a se manifestar
E é também nosso o brilhar
é quando estamos entre o Luar
De floresta consagrada
E dançamos
Sem notar
E pairamos
E assim nos deixamos levar
Sem medo, sem degredo
que da harmonia
nos possa assim separar
Somos também esse algo
Que nenhum ecrã virtual
Poderá algum dia imitar
Somos a vida em essência
Somos vida em geral
Somos dons e frutos
E consciência
Em corpo Humano
A crescer devagar
Expandindo a vida que prezas
Para esta nova era a vivenciar
Do medo
Da dúvida
Que gera
A qualidade do tempo
a se fragmentar
Dedicar-se
Com devoção
Ao caminho
Ao caminhar
Encontrar em ti o dom
E vivê-lo pleno
sem duvidar:
para outros
Que são como tu
Assim promover
Assim potenciar
Assim reviver
E reverberar
E expandidndo
Perseverando
Subindo
Esse monte
Que leva ao teu centro
primordial
Encontrarás
Na subida
Amigos
amigas
E será o teu próprio passo a pautar
Como um coração vivo
Que vai segredando o que te digo
Na tua própria linguagem original…
E ao chegar – já lá estás
E o caminho de espiral
Que fizeste
Que subiste
E que deste
E descobriste
Foi o que deixaste antes atrás
Ao vir e te manifestar
Como pequenas pedrinhas
Brancas
Ou de cores finas
Para te lembrar
o caminho de regresso
puro e vivo
Que trilharias
Junto de amiga
Ou amigo
Se juntos regressamos
Ao nosso grande lugar
As portas abertas estarão
Por se notar:
Que não abdicamos de dar a mão
De ser coração em coração
Além do que a aparencia poderia pautar…
Um abraço de irmão
De irmã
Desde a “curiosidade do despertar”
Até ir descobrindo que a essência
transcende essas questões da ciência
E é como a água e o ar
Que sendo una
É múltipla
E é água – a mesma essência afinal…
Daquilo que papita la no fundo
além da definição que se lhe dá
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