Música

terça-feira, 8 de julho de 2014

Destino Em verde - abraço além do nada


fica tão fácil
entregar a alma
a quem nos traga - um sopro
do deserto

se nenhum de nós
se sentisse nunca sozinho

se a tua luz fosse o meu caminho
se nenhum de nós se visse 
mais não estaria...




E se os Postes de Maio fossem as árvores Sagradas - retidas em frente do novo Proprietário?



o abraço
que não se mede
que se sente
desde dentro
quente
e se demonstra
em reflexo
num fluxo inverso
dois seres
que se fazem
na noite
um só...

pois nos toca por dentro
sem nos ter tocado

e se as fitas a entrançar - fossem as verdades vivas - que outrora - nas noites esquecidas - paravam por entre o ar... e se as gentes destas lidas, destas terras - quentes e mais não esquecidas - se estivessem de novo a recordar - das tradições, das linhas, da terra - dos dias - que estão - pouco a pouco -a voltar...

como uma pureza viva - em nos contida - como um novo pulsar - um coração trino - uno - entre quem assim o souber velar...

Sendo essências de cadências - notas da melodia a se entrelaçar- além do que diz a ciência do Homem ou da Mulher a se encontrar - está a luz que reluz por detrás de cada olhar... essa que depois traduz - a luz pura que te estou aqui a comentar...

como vasos tocantes que vibram quando tocados - quando preenchidos dessa água e sendo feitos de cristais sagrados - como os novos templos vivos reencontrados e- entre os amigos guardados - em cantos esquecidos e banidos e em novas letras reinventados... ouve a voz que por dentro te conta o que nenhum livro tem em si traçado...









Sentir que as mãos são pequenas para fazer esta força fluir… deixar que saia pura como pura me toca… e deixar algo de espaço para que cada ser veja, sinta e medite aquilo que nos é dado – a ouvir, partilhar e sentir – ou recordar e evocar desde esse lugar de onde nos animamos a vir….

Encontrar um ser irmão, um cento talvez – em congregação – em reunião – talvez alguns a distância, outros em plena união – que se façam luzes vivas neste tempo de escuridão… que sejam assim lâmpadas frias por irradiar o que antes se não via e que agora rodeia as nossas vidas nas almas de nossas mãos erguidas – asas brancas ao luar…
….seres de vida pura que se encontram a regressar… que despertam por dentro e rebentam o seu confinamento – e vêm o que aconteceu ao seu lar… e saber que hão de voltara dançar- baixo as árvores antigas, as Rochas vivas e o Luar… e que o Sol mais não há de imperar – como única estrela viva que assim se mostre entre a gente que diga que tantas e tantas caminham – ainda – entre nós – sem ninguém as notar…






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