fica tão fácil
entregar a alma
a quem nos traga - um sopro
do deserto
se nenhum de nós
se sentisse nunca sozinho
se a tua luz fosse o meu caminho
se nenhum de nós se visse
mais não estaria...
E se os Postes de Maio fossem as árvores Sagradas - retidas em frente do novo Proprietário?
o abraço
que não se mede
que se sente
desde dentro
quente
e se demonstra
em reflexo
num fluxo inverso
dois seres
que se fazem
na noite
um só...
pois nos toca por dentro
sem nos ter tocado
e se as fitas a entrançar - fossem as verdades vivas - que outrora - nas noites esquecidas - paravam por entre o ar... e se as gentes destas lidas, destas terras - quentes e mais não esquecidas - se estivessem de novo a recordar - das tradições, das linhas, da terra - dos dias - que estão - pouco a pouco -a voltar...
como uma pureza viva - em nos contida - como um novo pulsar - um coração trino - uno - entre quem assim o souber velar...
Sendo essências de cadências - notas da melodia a se entrelaçar- além do que diz a ciência do Homem ou da Mulher a se encontrar - está a luz que reluz por detrás de cada olhar... essa que depois traduz - a luz pura que te estou aqui a comentar...
como vasos tocantes que vibram quando tocados - quando preenchidos dessa água e sendo feitos de cristais sagrados - como os novos templos vivos reencontrados e- entre os amigos guardados - em cantos esquecidos e banidos e em novas letras reinventados... ouve a voz que por dentro te conta o que nenhum livro tem em si traçado...
Sentir que as mãos são pequenas para fazer esta força fluir…
deixar que saia pura como pura me toca… e deixar algo de espaço para que cada
ser veja, sinta e medite aquilo que nos é dado – a ouvir, partilhar e sentir –
ou recordar e evocar desde esse lugar de onde nos animamos a vir….
Encontrar um ser irmão, um cento talvez – em congregação –
em reunião – talvez alguns a distância, outros em plena união – que se façam
luzes vivas neste tempo de escuridão… que sejam assim lâmpadas frias por irradiar
o que antes se não via e que agora rodeia as nossas vidas nas almas de nossas
mãos erguidas – asas brancas ao luar…
….seres de vida pura que se encontram a regressar… que
despertam por dentro e rebentam o seu confinamento – e vêm o que aconteceu ao
seu lar… e saber que hão de voltara dançar- baixo as árvores antigas, as Rochas
vivas e o Luar… e que o Sol mais não há de imperar – como única estrela viva
que assim se mostre entre a gente que diga que tantas e tantas caminham – ainda
– entre nós – sem ninguém as notar…
Sem comentários:
Enviar um comentário